terça-feira, 31 de maio de 2011

Cicatrizes

Não me lembro em qual revista especializada de surf e quem escreveu há uns 2 ou 3 anos sobre a alma da prancha. A matéria falava que a prancha tem alma, concordo e acrescento, cicatriz também.

Reencontrar a minha primeira prancha, uma Lightning Bolt biquilha rabeta swallow 6'1'' vermelha e amarela com dois raios azuis no botton shapeada pelo Roberto Ribeiro com um surfista na Praia Grande foi de mais, conhecia cada porradinha da prancha e ainda pude dar alguns conselhos ao atual dono. Mas não eram dessas "cicatrizes" que ia falar.

No final dos anos 80 Pottz era o cara, seus aéreos, rasgadas e snaps não agradavam aos juízes e inconformavam a galera que não entendia como tanta radicalidade não valia nada. Ainda bem que isso mudou e em 89 ele foi campeão mundial. A prancha dessa lenda, acreditem veio parar na minha praia. Foi um frisson, era aquele model que lembrava umas rodelas de abacaxi fatiado e colorido. Por incrível que pareça não consegui uma sequer foto dessas pranchas do Martin Potter na internet, mas em visita ao FestivAlma'11 quando olhei para exposição de livros de surf pensei comigo, aí tem. E tinha.



Na época essa prancha foi comprada pelo Cebola do Guarujá das mãos do Potter, depois veio para o Centro de Itanhaém, aí um moleque do Balneário S. Fernando comprou e aí ele foi pegar onda em Gaivota. A exemplo da prancha do Tom Carrol com a qual ele venceu um dos Pipe Masters que eu pude ver em uma das edições da Mostra de Arte e Cultura Surf, quando você se depara com um foguete de uma fera dessas é como se o visse em espelho ou parte dele.



Na borda esquerda da prancha próximo do bico tinham marcas de dedos "cicatrizes" das decolagens com a mão na borda, que ficávamos pensando será que foi naquela foto que ví que isso aconteceu?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Deeper Shade of Blue

No Festival Internacional RVCA de Cinema Surf dentro do FestivAlma'11 curti muito o filme "A Deeper Shade of Blue". O que mais poderia se esperar de um gênio da Sétima Arte?
No filme Jack McCoy trás uma dinâmica história das pranchas, digo dinâmica história porque não se trata somente da evolução dos foguetes, dos quais ficou bem claro que vira e mexe estão sempre buscando inspiração nas origens. O filme é muito bom e consegue cumprir a sua missão sem aquela monotonia passando por cada época, é um tremendo vai e vem com alguns "breaks" relacionando o power de uma onda ou de um surfista ao equipamento prancha.




Tudo nesse filme muito me impressionou, mas destaco mais ainda a performace de Derek Hynd com suas pranchas sem quilhas e as monstruosas e emburacadas ondas na Tasmânia. Aloha.



Quer ir mais fundo: http://www.adeepershadeofblue.com/trailers
                              http://www.festivalma.com.br/