domingo, 20 de julho de 2014

Afogando Raízes






Frio ferro detido derretido, fundido. O tempo todo pensando que só queria ajudar desarraigar tirar da prisão fria a já enraizada molar sem dó e nem pudor mecânica prisão já desde a infância colocada.
Com muitas serras nas mãos, foi abatido.










Como Sansão foi traído logo abatido por no sexo nada frágil acreditar.
Duas bandas tocavam dois fundos musicais um deles já fora esquecido devido a tantas pancadas no cárcere, mas era Ben Jor "Zazueira" "ela vem chegando..." do outro Fausto Fawcett e todas as suas vedetes...
Dizia ser russa e pelo menos em seis línguas jurava e conjurava ódio ao FMI, Banco Mundial e a todo Golpe e Capitalismo norteamericano.
Bastaram três minutos e já levara a medíocre senha do banco mais três o nome da avó e do primeiro cachorro, dado por conta horas tinham passado e todos os ferfis, fakes e fotos não eram mais.










Quebrava o pau o pau de arara quebrava. Costas no chão peito na parede repetidas.
- Interprete essas fotos? - Como você acredita que um pobre interpreta isso? - Agora a mesma imagem, como acredita que um abastado e rico formador de opiniões vê a mesma foto quando estampada numa capa dos nossos jornais? 
- Você vai parar com isso ou isso vai te parar, agora?










Agora nas mãos de uma Liga segurando naquelas álgidas barras das quais serviam também de bolsa de gelo para os hematomas só restara a lembrança da infância perdida quando esse mesmo Sistema levara nossos tutores e para aonde nos levaram só havia 1/2 hora de gaiola quando não, menos...
Naquela época as barras já serviam para aliviar as dores dos antebraços que serviam de escudo e as sombras delas como relógio que contava o tempo roubado.










Forçando o pensamento e lutando contra a situação de calamidade da prisão alguém tinha que pegar aquelas barras e usar como refresco também para a mente. Os seguintes dias seriam de tortura mental e psicológica e na hipótese de não haver lembranças de tempos felizes aquelas goteiras, lixo acumulado, sangue espalhado e epilogas petições riscadas na pedra davam a sensação de que antes daquilo não houve vida, mas houve.

Inverno, meados dos anos 80, cercado e cercando amigos pessoas da mais fina capacidade de hipnotizar nos dias sem ondas de Itanhaém províamos de uma outra gaiola, subidas, decidas e voos nos bancos de areia e leques de água no rio em frente a Ilha. O maior trote de todos era ser deixado para trás a 2 quilômetros do pico de onde se saía para o mar.
Não poderia ter melhor lembrança naquela hora que ótimo refresco, deixado para trás.










Já tinham o que queriam queriam o desprezo, mas também a alma.
A Liga queria entender como oferecendo massivamente gaiolas/telegaiolas/midiogaiolas/redegaiolas/ politicogaiolas/eliticovomitogaiolas, enfim todo o tipo de prisão e mentira alguém ainda conseguiria pensar, escapar do isolado mundo das suas mídias. Quiseram o desprezo e foram desprezados, quiseram mais uma alma, mas não tiveram.

O pai de um grade amigo, um daqueles que tinha uma grande capacidade de hipnotizar, num daqueles invernos falara que numa ocasião tinha alguns pássaros e que ao chegar da enxovia abriu tudo o que era gaiola dizendo: 

- Vão voem, é muito ruim estar preso!!!






Mergulharam uma gaiola só então descobriram que não havia ali nenhum pássaro preso.