sábado, 28 de fevereiro de 2015

Escândalos de FHC





A história da corrupção no Brasil é conhecida desde mil e quinhentos, sempre presente em todos os governos, mas foi no governo de FHC que parece ter extrapolado os limites. Indícios graves como casos do Sivam, privatizações, compra de votos, pasta rosa e outros de tanta gravidade que fizeram tudo e de tudo para que nada fosse apurado.

O governo Lula, pela primeira vez no Brasil, intensificou o combate a corrupção, criando uma força tarefa junto ao Ministério da Justiça que já levou milhares de pessoas à prisão. Mas contra ele parece que montaram uma central de boatos e mentiras como na Alemanha nazista, apoiada por uma mídia comprometida com os interesses de uma minoria, enquanto que pessoas desinformadas assistem e acreditam em tudo como se fosse verdade absoluta.

Mas a verdade não depende de manipulação, de ingenuidade ou má fé, mas sim de conteúdo científico.

Dentro desse ambiente de obscurantismo e trevas se comete coisas que parecem verdadeiras cenas de um teatro macabro: julga-se e condena-se sem uma única prova.

Um exemplo é caso de José Dirceu, uma das mais importantes e sérias lideranças desse país, com mais de 40 anos de história e luta em defesa do Brasil e do povo brasileiro. Mas chegará enfim o dia da besta, dia em que todas as bestas se juntarão, enfileiradas, e marcharão rumo a um tribunal.

É o tribunal da história, onde todos serão julgados e condenados com veemência.

Francisco das Chagas Machado - São Paulo (SP)
Seção de cartas hp@webcable.com.br, horadopovo@horadopovo.com.br
15/01/2006

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Algumas lições da crise petrolífera

Por Wladmir Coelho 


Foto: Revista Fórum



"A principal tarefa do setor petrolífero dos Estados Unidos consiste em reduzir os custos da produção para manter a sua posição de liderança no mundo". Alan Greenspan



Política de preços: A origem geopolítica

A queda no preço do petróleo apresenta em suas origens – veja que não afirmo como única causa – a política de segurança energética dos Estados Unidos. Esta política tem em seu fundamento a independência do país em relação ao petróleo importado do Oriente Médio.


Os EUA abandonaram os príncipes da Arábia?

Ao contrário. Este corte nos valores do petróleo não parece preocupar muito os príncipes proprietários da ARAMCO que participam alegremente, vejam o exemplo da refinaria Motiva Port Arthur, dos investimentos necessários à concretização da política de segurança energética dos EUA.

A refinaria Motiva Port Arthur é a maior e a mais moderna dos Estados Unidos está apta para refinar, inclusive, o óleo de xisto e metade desta empresa pertence aos príncipes.

O envolvimento da nobreza árabe em negócios nos Estados Unidos é amplamente conhecida e inclui a participação da oligarquia dos Bush e a família real "proprietária" do petróleo árabe.

Recordando: Durante o fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos em decorrência dos ataques de 11 de setembro somente um avião comercial recebeu autorização para decolar. Esta aeronave transportava dezenas de príncipes e princesas em direção aos seus respectivos palácios. Oligarquia e monarquia tudo a ver.


A segurança energética dos EUA inclui todo o continente americano

A política de segurança energética dos Estados Unidos não encontra limites territoriais. Vejamos:

a) No Canadá a produção de areia betuminosa foi dirigida para atender este objetivo embora desorganize a economia canadense atualmente voltada para a exportação de óleo aos EUA;

b) O governo mexicano, apesar da oposição popular, avança em seu intuito de privatizar a PEMEX garantindo novas áreas produtivas aos interesses de segurança e mercadológico dos EUA;

c) O controle das Ilhas Malvinas também surge como obstáculo à plena execução do projeto de segurança dos EUA. Um governo nacionalista não convém quando o assunto é petróleo.

d) A Venezuela, importante fornecedor dos Estados Unidos, enfrenta problemas para manter a política econômica do petróleo independente. Ao dirigir os recursos decorrentes da exploração ao projeto nacional de desenvolvimento.

A opção evidente dos Estados Unidos é promover a derrubada do presidente Maduro. Fato inédito na história?

Neste ponto precisamos observar que: O governo da Venezuela representa um entrave ao projeto de lucro máximo, mesmo com preços reduzidos, considerando as limitações decorrentes do controle estatal da produção petrolífera.

Nos Estados Unidos os petroleiros estão em greve por aumento de salários e garantias sociais. Este fato não ocorria há 30 anos e mostra o aumento na exploração da mão de obra. O menor preço compensado com maior exploração. A Venezuela representa sim uma barreira ao modelo econômico voltado aos interesses das oligarquias dos Estados Unidos.

Quanto ao aumento da exploração da mão de obra vejam a declaração do ex-diretor da Reserva Federal dos EUA Alan Greenspan: "A principal tarefa do setor petrolífero dos Estados Unidos consiste em reduzir os custos da produção para manter a sua posição de liderança no mundo".


A Petrobras na mira

Alguém ainda considera coincidência a campanha contra a Petrobras? Basta uma simples consulta aos grandes jornais para notar a movimentação descarada dos interessados em privatizar a empresa nacional. Perderam totalmente o pudor e assumem a condição de entreguistas oferecendo o patrimônio do povo brasileiro ao deus mercado.

Os jornais brasileiros apresentam a Petrobras como empresa falida ocultando a crise e números negativos das demais petrolíferas. Neste ponto o leitor pergunta: Está bem prof. Wladmir Coelho; Se todas as empresas encontram-se em dificuldades financeiras quem vai comprar a Petrobras?

Respondo: A política de segurança energética dos Estados Unidos apresenta como elemento executor as empresas privadas de petróleo. O Estado atua como entidade em condições de garantir as estratégias de concentração de mercado apoiando a empresa em melhor condição de controlar as demais. Esta operação é simples e funciona através de fórmulas como acordos comerciais, subsídios, empréstimos financeiros em condições especiais e redução dos encargos trabalhistas. Existindo qualquer entrave para execução destas medidas entra em cena o canhão.

Nenhuma relação com práticas de mercado como andam escrevendo, tentando confundir o povo, nos jornais do Brasil.

Recentemente um grande jornal dos Estados Unidos anunciou que a Exxon seria a empresa ideal para iniciar o processo de aprofundamento da concentração no setor petrolífero.

Vejam bem: A EXXON apresentou queda nos valores de suas ações, anunciou cortes elevados de investimentos, fechou projetos e jornal nenhum do mundo cobrou a troca da direção por nomes mais "identificados com o mercado". Ao contrário: Os executivos das grandes petroleiras reuniram-se e elegeram o presidente da empresa o melhor administrador do ano de 2014.


O retorno da múmia ou a Segurança Continental do general Távora

Nos anos de 1950 o general Juarez Távora defendia a mesma política ora desenvolvida pelos Estados Unidos. Acompanhado de entreguistas, fardados e civis, viajou o país afirmando o seguinte: O Brasil deve manter a propriedade do bem mineral, mas a exploração econômica deve ficar a cargo das empresas dos Estados Unidos. A alegação para fundamentar esta opinião era a Segurança Continental.

A doutrina defendida pelo general Távora entendia que os Estados Unidos, ao controlar a produção, teriam garantido o acesso ao combustível necessário a proteção e defesa do continente. Naquela época a ameaça de plantão eram os soviéticos.


O povo brasileiro não aceitou esta balela e foi às ruas exigir a criação de uma empresa nacional para garantir a auto-suficiência. 60 anos passaram-se e continuam os ataques contra a vontade popular.

Fonte: www.diarioliberdade.org

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

EM MANIFESTO, INTELECTUAIS DENUNCIAM GOLPE

Um manifesto em defesa da democracia e da Petrobras foi divulgado nesta sexta-feira por alguns dos principais intelectuais brasileiros. O texto denuncia a tentativa de destruição da Petrobras, de seus fornecedores e de tentativa de mudança do modelo que rege a exploração de petróleo no Brasil.




Documento assinado por nomes de peso da intelectualidade brasileira, como Fabio Konder Comparato, Marilena Chauí, Cândido Mendes, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Luiz Pinguelli Rosa e Maria da Conceição Tavares, entre vários outros, denuncia a tentativa de destruição da Petrobras e de seus fornecedores; "Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas", diz o texto; "Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial"; documento propõe pacto pela democracia.

Leia, abaixo, texto do jornalista Luis Nassif e, também, o manifesto dos intelectuais:


Por Luís Nassif, do jornal GGN

É hora de encarar os fatos: há uma conspiração em marcha para desestabilizar o governo,

ainda que à custa da desorganização da economia. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. É uma conjunção muito grande de fatores:

A cobertura enviesada da mídia em cima de vazamentos seletivos da Operação Lava Jato. Conseguiram transformar até a Swissleaks em operação Lava Jato.

O comportamento do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, tratando o crime de vazamento de informações como se fosse uma ocorrência normal.

As declarações sincronizadas da mídia, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro, procurando manietar o já inerte Ministro da Justiça.

A visita de procuradores ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a pretexto de colaborar com as investigações contra a Petrobras.

Finalmente, a decisão do Ministério Público Federal, de agora há pouco, de dar o golpe final contra as empreiteiras da Lava Jato, inviabilizando-as definitivamente.

Não tem lógica alegar estrito cumprimento da lei para liquidar com as empresas. Nem o mais empedernido burocrata ficaria insensível aos efeitos dessa quebra sobre a economia brasileira, sobre empregos e sobre o crescimento.

Qualquer agente público minimamente responsável trataria de apurar responsabilidades e punir duramente as pessoas físicas responsáveis, evitando afetar as empresas, ainda mais sabendo dos desdobramentos sobre a economia como um todo.

Só intenções políticas obscuras para justificar essa marcha da insensatez.

PS - Alo, presidente Dilma Rousseff. Esqueça essa preocupação sobre se as pessoas vão ou não duvidar da sua honestidade. Ninguém duvida dela. Eles não estão atrás da sua reputação: estão atrás do seu cargo. Acorde!



Abaixo, manifesto de personalidades contra o jogo político em andamento.
Manifesto: O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA

A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.

Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.

Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados.

Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial.

Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.

O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.

20 de fevereiro de 2015


Alberto Passos Guimarães Filho

Aldo Arantes

Ana Maria Costa

Ana Tereza Pereira

Cândido Mendes

Carlos Medeiros

Carlos Moura

Claudius Ceccon

Celso Amorim

Celso Pinto de Melo

D. Demetrio Valentini

Emir Sader

Ennio Candotti

Fabio Konder Comparato

Franklin Martins

Jether Ramalho

José Noronha

Ivone Gebara

João Pedro Stédile

José Jofilly

José Luiz Fiori

José Paulo Sepúlveda Pertence

Ladislau Dowbor

Leonardo Boff

Ligia Bahia

Lucia Ribeiro

Luiz Alberto Gomez de Souza

Luiz Pinguelli Rosa

Magali do Nascimento Cunha

Marcelo Timotheo da Costa

Marco Antonio Raupp

Maria Clara Bingemer

Maria da Conceição Tavares

Maria Helena Arrochelas

Maria José Sousa dos Santos

Marilena Chauí

Marilene Correa

Otavio Alves Velho

Paulo José

Reinaldo Guimarães

Ricardo Bielschowsky

Roberto Amaral

Samuel Pinheiro Guimarães

Sergio Mascarenhas

Sergio Rezende

Silvio Tendler

Sonia Fleury

Waldir Pires