sábado, 30 de maio de 2015

Se Eduardo Cunha fosse da F1


Ilustração do Facebook


Em 2014, a equipe de Eduardo Cunha declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter gasto R$ 6,4 milhões de reais, cerca de 50% a mais do que na disputa de 2010. A receita foi da ordem de R$ 6,8 milhões. Desse total, R$ 4,6 milhões foram doados principalmente pela indústria da bebidas, bancos, mineradoras e a Telemont. O restante do caixa foi composto por transações feitas pelo Comitê Estadual/Distrital do PMDB do Rio de Janeiro.

Os doadores de Cunha em 2014:


Jornal GGN


Algumas contribuições chamam atenção por partirem dos setores que Cunha defendeu no Congresso. Caso da Telemont, que opera sistemas de internet banda larga. O deputado deu muita dor de cabeça ao governo Dilma Rousseff (PT) na tramitação do Marco Civil da Internet. A lei foi aprovada com dispositivos que contrariam os interesses do setor de telecomunicações, como o que impede a cobrança de um pedágio para facilitar ou dificultar o acesso a certos conteúdos web.

Código de Mineração

Edição da revista CartaCapital sobre a “rica campanha” de Eduardo Cunha destacou que o peemedebista “escalou o relator da proposta de um novo Código da Mineração, enviada pelo governo ao Congresso com o objetivo de cobrar mais impostos do setor e condicionar a exploração do solo brasileiro a licitações prévias. Não é uma lei dos sonhos da Vale e da Rima”, doadora da campanha de Cunha. “O texto está parado há mais de um ano na Câmara, graças ao relator indicado por Cunha, Leonardo Quintão, do PMDB de Minas, ele mesmo financiado por diversas mineradores na eleição.”

Em 2014, o comitê estadual do PMDB afirmou ter arrecadado pouco mais de R$ 55 milhões. Entre os doadores estão construtoras como OAS, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez; bancos, grupos hospitalares, operadoras de planos de saúde e do ramo de bebidas e mobiliário. Boa parte dos fundos das empreiteiras foram transferidos pelo comitê nacional.

MP dos Portos

Entre os empresários figura Richard Klien, que doou ao PMDB um cheque de R$ 100 mil. Klien protagonizou, há dois anos, uma crise na Santos Brasil, a dona do maior terminal de contêineres da América do Sul. À época, o governo Dilma (que também foi financiado por Klien) acreditava que a Santos Brasil atuava nos bastidores do Congresso na tentativa de barrar a MP 595.

Cunha, ao longo de 2013, atuou contra a chamada MP dos Portos, na tentativa de impedir o governo de realizar novos leilões para concessão dos terminais portuários. Segundo reportagem da revista Isto É, mais de R$ 240 mil doados foram destinados à campanha do deputado em 2010, por meio do PMDB do Rio. A AMC Holding, do grupo Libra, foi a signatária. A empresa é responsável pelo Porto de Santos.

A empresária Celina Borges Torrealba Carpi, neta de Wilfred Penha Borges, fundador do grupo Libra, entrou com R$ 250 mil na campanha do PMDB do Rio em 2014. Ela transferiu mesmo valor à campanha presidencial de Marina Silva (PSB). Outro neto de Wilfred, Gonçalo Borges Torrealba, repetiu os passos de Celina: doou R$ 250 mil para o PMDB e R$ 250 mil para o PSB nacional.

JBS e planos de saúde

As doações dos herdeiros do grupo Libra foram feitas ao Comitê Financeiro Único do PMDB no Rio, que declarou ao TSE receita de R$ 72,1 milhões. Desse total, R$ 22 milhões foram doações únicas do JBS. O grupo, segundo reportagem do Estadão, foi beneficiado pelo Ministério da Agricultura diversas vezes, por intermédio da Secretaria de Defesa Agropecuária, sob comando de Rodrigo Figueiredo, um "apadrinhado de Cunha".

Ainda entre as doações ao Comitê Financeira Único do Rio consta o montante de R$ 180 mil, injetado pelo bilionário do setor energético Antonio José Almeida Carneiro. A empresa Almeida e Filho Terraplanagens Ltda. doou mais de R$ 1 milhão. Empresas de mineração aparecem com mais de meio milhão. A Amil investiu o dobro disso, após Cunha ter atuado também contra a MP 627, com o objetivo de aliviar a barra das operadoras de planos de saúde em relação às multas aplicadas por abusos contra o consumidor.

Evolução

Na eleição de 2010, o Comitê Financeiro Único do PMDB no Rio arrecadou R$ 32,4 milhões - quase 58% do que foi arrecadado na última eleição. Já a campanha de Eduardo Cunha arrecadou, em 2010, R$ 4,7 milhões - 69% da arrecadação de 2014. 


Com tantos recursos, o PMDB no Rio elegeu, além de Cunha, mais sete deputados para a nova legislatura. Minas Gerais, o segundo estado com melhor desempenho do PMDB, elegeu 6. A bancada peemedebista hoje no Congresso soma, ao todo, 66 deputados. Está atrás apenas do PT, que tem 70, e à frente do PSDB, com 54.



Ilustração @1lxndr



Fonte:jornalggn.com.br

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Seguro Desemprego do Serra (Versão Globo)

Ficou célebre a frase "Uma mentira repetida mil vezes se torna-se verdade" ─ Joseph Goebbels.
Tantos fatos vividos no Brasil dá-me condições de parafraseá-lo, "Mas quando passa pela tela da Globo basta uma vez".

Assistindo um vídeo antigo, daquele jornal que pega o trabalhador brasileiro cansado depois de um abençoado dia de trabalho, jantado e já amortecido com uma ou duas novelinhas, pude até me comover com o então deputado federal apresentando o seu Projeto de Lei...

Serra é do bem, Serra é do bem...

Dentre as mentiras de José Serra; Luta contra a Ditadura, pai dos genéricos, a aqui tratada é a da criação do Seguro Desemprego.
Passados 26 anos, o vídeo abaixo é mais letal do que em 1989 quando foi produzido pela Central Globo de Notícias.

À época, sem internet e sem o devido respaldo do desfecho negativo do PL de Serra na Câmara, muitos foram enganados. Nos dias de hoje essa imagem solta na rede também engana e serve de combustível para as paródias do então senador.




Mentira tem perna curta, repare como mais essa do Serra é desmascarada no Amigos do Presidente Lula  


(...)
Fomos então pesquisar a data exata da criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) já que Serra diz que foi uma emenda sua que propiciou a criação do fundo. Está lá nos anais da Câmara. O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). O projeto diz textualmente: “DISCIPLINA A CONCESSÃO DO SEGURO DESEMPREGO, NA FORMA QUE ESPECIFICA, E DETERMINA OUTRAS PROVIDÊNCIAS. NOVA EMENTA: REGULA O PROGRAMA DO SEGURO DESEMPREGO, O ABONO SALARIAL, INSTITUI O FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR - FAT, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS”.

Como José Serra seguia insistindo em afirmar que foi ele o autor da lei que criou o FAT, fizemos então uma extensa pesquisa nos arquivos da Câmara dos Deputados da década de 80 e 90. Lá confirmamos que José Serra não está falando a verdade. Ele apresentou o projeto de lei nº 2.250, de 1989, com o objetivo de criar o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Foi apresentado em 1989. Portanto, não foi na Constituinte, como ele diz. O seu projeto tramitou na casa e foi considerado PREJUDICADO pelo plenário da Câmara dos Deputados na sessão do dia 13 de dezembro de 1989. O resultado da tramitação pode ser visto no link abaixo, da Câmara Federal: (www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=201454). Os deputados consideraram o projeto prejudicado pelo fato de já ter sido apresentado o PL 991/1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB). Ou seja, um ano antes de Serra já havia a proposta de criação do FAT.

Nem o FAT foi criado por Serra e nem o Seguro Desemprego “saiu do papel” por suas mãos, como afirma a sua propaganda. A campanha tucana sobre Serra ter criado o FAT e “vestir a camisa do trabalhador” está, portanto, toda ela baseada numa farsa e numa mentira. Escrito por Sérgio Cruz/Hora do Povo

sábado, 9 de maio de 2015

Mujica desmente Globo



Mais uma vez, a mídia decadente que ainda não decidiu se está no terceiro turno das eleições de 2014 ou no 1° turno de 2018, sai a campo em ataque sórdido ao PT e à pessoa do ex-presidente Lula.

Depois de O Globo destilar a mentira, em cadeia a "Declaração de Lula sobre o 'mensalão' à Mujica" correu solta, e de tão, foi tomando corpo de verdade.

Aquele velho ditado "Uma mentira repetida mil vezes..." 

Pessoalmente acompanhei raivosos jogando fora uma preciosa noite e madrugada de sono postando e atacando Lula, porque "Deu na Globo".

Coitados.


Mujica desmente reportagem do jornal ‘O Globo’
Publicação com suposta "confissão" de Lula sobre o "mensalão" também foi negada pelo autor do livro sobre Mujica


Por: Agência PT, em 9 de maio de 2015

O ex-presidente do Uruguai José Mujica negou, em entrevista publicada pelo jornal “Estado de S. Paulo“, neste sábado (9), ter tido uma suposta conversa sobre o “mensalão” com o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.

“Ele me falou das pressões e das chantagens. Mas nada de dinheiro ou de corrupção”, contou Mujica.

Em matéria publicada também na sexta, o jornal “O Globo” citava uma conversa entre os ex-presidentes. No entanto, o assunto já havia sido negado por um dos autores do livro “Una oveja negra al poder”, sobre Mujica, em entrevista ao portal “G1”.

“Aparece o amigo Lula ali conversando comigo sobre o ‘mensalão’, mas nunca falei com um brasileiro sobre o ‘mensalão’, por questões minhas”, explicou Mujica, em entrevista publicada pela agência “France Presse” na noite de sexta-feira.

“Lula não é corrupto como foi (o ex-presidente Fernando) Collor de Mello e outros presidentes brasileiros”, avaliou Mujica, segundo a a biografia.

Além disso, Mujica classificou o ex-presidente petista como “o maior presidente que o Brasil já teve” e manifestou solidariedade à presidenta Dilma Rousseff.

“Pelo passado de Dilma, a essa altura da vida, ela não tem o perfil de uma pessoa corruptível”, avaliou Mujica ao “Estado de S. Paulo”.

Em nota, o Instituto Lula disse lamentar que “mais uma vez mais a imprensa brasileira se utilize de imprecisões para gerar interpretações equivocadas e divulgar mentiras”.

Da Redação da Agência PT de Notícias