segunda-feira, 11 de abril de 2016

Golpe Suave: como a CIA derruba governos democráticos

A técnica para derrubar governos de forma "suave" foi idealizada pelo cientista político e fundador da Instituição Albert Einstein, Gene Sharp. Baseados na não violência como ação política, a prática é utilizada há cerca de quinze anos pela CIA para derrubar governos considerados indesejáveis pelos Estados Unidos sem provocar indignação internacional. A práxis já foi empregada na Venezuela, em Honduras, no Paraguai e pode ser também observada nas "revoluções coloridas" no Oriente Médio. 






O jornalista e ativista político francês, Thierry Meyssan, em artigo publicado pela Rede Voltaire, aponta que "quando o golpe fomentado pela CIA na Venezuela falhou em abril de 2002, o Departamento de Estado também recorreu à Instituição Albert Einstein. Esta aconselhou os empresários durante a organização do referendo revogatório contra o presidente Hugo Chávez. Gene Sharp e sua equipe guiaram os líderes da Súmate durante manifestações de agosto de 2004. Seguindo a técnica que já se tornou clássica, estes últimos lançaram acusações de fraude eleitoral e exigiram a saída do presidente. Eles conseguiram levar para as ruas a burguesia de Caracas, mas o apoio popular ao governo Chávez foi demasiado forte para permitir que ele fosse derrubado. Assim, os observadores internacionais não puderam deixar de reconhecer a legalidade da vitória de Hugo Chávez".


A ideia central de Sharp se baseia no princípio de que todo governo se deve à obediência das pessoas e se estas não acatarem as ordens, os líderes não terão poder. A não violência que defende é de uma "guerra investida em outros meios" já que para ele, "a natureza da guerra mudou no século 21. (…) Nós combatemos com armas psicológicas, sociais, econômicas e políticas". Em seus livros Da ditadura à democracia e A política da ação não violenta estão descritos 198 métodos para derrubar governos por meio de golpes suaves. Para ele a guerra "corpo a corpo" não é eficaz porque implica enormes gastos econômicos.

1ª Etapa: abrandamento;
2ª Etapa: deslegitimação;
3ª Etapa: esquentamento da rua;
4ª Etapa: combinação de diversas formas de luta;
5ª Etapa: fratura institucional.

Fonte: vermelho.org.br

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