quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Mártires de Agosto






Hoje acordei e logo vi que o céu estava cinza, embora eu defenda a minha fé, e não aceite coisas como a tristeza mesmo assim o dia mal vem.

Hoje lembrei do presidente Getúlio Vargas morto em 24 de Agosto de 1954, do presidente Juscelino Kubitschek, morto em 22 de Agosto de 1976 e assim da Democracia com Dilma, prestes a morrer neste cinza 31 de Agosto de 2016.

Não tenho dúvidas de que os contemporâneos golpistas lembram muito bem dessas datas e por essas e outras não poderiam deixar passar para o próximo mês a morte, mesmo que o Coração Valente ainda viva, de mais um presidente progressista.

Mas a presidenta Dilma Rousseff entra para a história, ao contrário do que vociferou Augusto Nunes colaborador (em tudo) da Veja, ao enfrentar um Senado pilhado de parlamentares com votos marcados e fazer uma defesa ímpar.

Foi condenada sem provas e sem unanimidade, tanto dos golpistas quanto do Ministério Público Federal e do TCU Tribunal de Contas da União. Suas testemunhas de defesa foram três dias antes desmascaradas pelos incansáveis senadores e senadoras que lutaram contra o Golpe, assim como pelo seu brilhante advogado José Eduardo Cardozo. Já os srs. Júlio Marcelo de Oliveira e Antônio Carlos Costa D'Ávila, procurador e auditor respectivamente entraram também para a história, mas pela vergonha de terem dado corpo de conteúdo casado às contas da presidenta.





Falando em corpo, Vexata Quaestio, como esquecer da Dra. Janaína Paschoal? Essa acompanhada do integralista Miguel Reale Júnior e de Hélio Bicudo deu o tal do corpo jurídico para o Golpe.
A doutora, com os demais, entra também para a história, mas pela porta dos fundos. Pousava de cidadã dominical manifestante da Paulista, mas antes mesmo do embate final com Dilma, onde ao encarar a "tigresa" da então presidenta no Senado amarelou, estado bem diferente do que vimos em suas performances como aquela do Lago São Francisco.
Sua máscara caiu quando assumiu ter recebido 45 mil do PSDB para formar esse corpo e mais ainda quando afirmou que uma legião cortaria as asas da cobra (PT) enquanto essa mesma legião (tomara ter falado em anjos) deixa livre as asas do PSDB, PMDB, DEM e SD.

E a grande mídia nisso tudo? Um trabalho impecável! "O Meio é a Mensagem", faltam palavras para as ações do PIG nessa trama toda.
Fica para a história o fato da mesma Globo que parou a sua programação para transmitir os falsos juramentos na Câmara quando a caravana do impeachment passava por lá, não parou tudo para transmitir as 13 horas de defesa da incansável leoa Dilma frente ao roedores do Senado.

Uma vez, assistindo de corpo presente a uma palestra do Paulo Henrique Amorim, uma coisa que ele falou nunca mais saiu da minha cabeça e é assustador. Dissera que o PIG na época de Getúlio e Jango era pior do que o de hoje.

Dado ao que venho acompanhando do que esse ser tem feito com Lula e Dilma me pergunto: Que monstro é esse?

Bom, está terminando o mês de Agosto, e a eterna presidenta Dilma Rousseff, não por capricho do destino, entra para a história dos mártires desse mês vendo a Democracia ferida de morte, mas viva, ambas e deixando o seu legado #LutarSempre!!



segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Olimpíadas, salvem as baleias

O japão está entre os três países que ainda consideram conveniente a pesca à baleia.

Que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 tragam uma séria reflexão sobre isso.

Aguardemos... 

#SaveTheWhales



segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Duke Kahanamoku



Duke despertou dentro das piscinas olímpicas um dos esportes mais maravilhosos do mundo para todo o mundo.

Waterman nato, saiu da ilha de Oahu para as manchetes de jornais de todo o planeta levando o seu nado vencedor e consequentemente o seu estilo de vida.




Passados 104 anos de sua primeira participação em Olimpíadas, quando ainda as medalhas eram de ouro maciço, o COI - Comitê Olímpico Internacional de passagem pelo Brasil decide por grande maioria que o Surf fará parte de sua próxima edição em Tóquio 2020.

Particularmente acompanho esse desejo por pessoas e empresas ligadas ao esporte por, entre outros benefícios, o maior apoio ao Surf com a contrapartida de isenções em impostos para seus então apoiadores por se tratar agora de um esporte olímpico. Aguardemos.

Valeu Duke, aloha!!



Duke Kahanamoku


Foto: Wikipedia



Duke Kahanamoku (Oahu, 24 de agosto de 1890 — 22 de janeiro de 1968) foi um nadador, ator e surfista norte-americano.

Ele foi um dos idealizadores do surf moderno. Foi nos Jogos Olímpicos de Verão de 1912 em Estocolmo, como nadador, que começou a conquistar suas glórias olímpicas, que continuaram durante a Primeira Guerra Mundial e foram testadas mais uma vez nos Jogos Olímpicos de Verão de 1920 em Antuérpia e 1924 em Paris. No total, foram 5 medalhas conquistadas, sendo três de ouro e duas de prata.

Duke largou a carreira de desportista depois dos Jogos de 1924, mas no Hawaii continuou muito famoso. Ele transformou o arquipélago, até o momento pouco conhecido, no lar mundialmente famoso do surf.

Antes de morrer, em 1968, ainda foi estrela de cinema e lançou uma grife de surfistas. Por sua causa, o surf espalhou-se pelo mundo e tornou-se um desporto muito praticado e famoso.

Nos Jogos Olímpicos da Antuérpia-1920, Kahanamoku, então com 30 anos, tornou-se o nadador mais velho a ganhar uma medalha de ouro olímpica em provas individuais da natação. Este recorde só seria superado 94 anos depois, por Michael Phelps, que conquistou um ouro com 31 anos e 40 dias.


domingo, 14 de agosto de 2016

Elevado Presidente João Goulart

Foto: Perfil João Vicente Goulart



Foto:Perfil João Vicente Goulart


Nesse Domingo (14) aconteceu a CAMINHADA CÍVICA POR JANGO E A DEMOCRACIA em São Paulo.

O Elevado mudou de nome. Sai o general carrancudo da ditadura, entra o presidente popular derrubado pelo Golpe de 1964. 

Assim como proposto na convocação do evento, civicamente foi comemorada essa mudança.




No RBA
por Vitor Nuzzi em 25/07/2016

Mudança de nome de rua é resposta a violência e 'transição do esquecimento'

Dois logradouros da cidade de São Paulo, um dos quais o Minhocão, perdem referência à ditadura. Prefeito cita Brilhante Ustra, critica movimento Escola sem Partido e fala em "fragilidade" democrática


Minhocão: sai o ditador Costa e Silva, que abriu o período mais violento da ditadura em 1968, entra o presidente deposto em 1964
Imagem: RBA


São Paulo – O anúncio de que o Elevado Costa e Silva, a partir daquele momento (11h27), passava a se chamar Elevado João Goulart foi o momento mais comemorado na cerimônia de hoje (25) em que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou dois projetos que mudam nomes de logradouros da cidade e assinou um decreto tornando permanente o programa Ruas de Memória. Mais conhecido como Minhocão, inaugurado há 45 anos para compor a ligação leste-oeste da capital, cortando a região central, a via passa a homenagear o presidente deposto em 1964, em vez do general-presidente do período do AI-5, ato publicado em 13 de dezembro de 1968 que abriu o período mais violento da ditadura. Foram quase dois minutos de palmas, com todos no auditório em pé – o primeiro a se levantar foi o ativista e ex-senador italiano José Luiz Del Roio.

Na sanção, o prefeito disse ter lembrado do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015, chefe do DOI-Codi paulista. "Acho que esta é uma resposta à altura a todas as atrocidades que ele e todos os seus comparsas cometeram contra a liberdade de expressão, a liberdade de opinião e contra a democracia", afirmou Haddad, destacando ainda o momento atual, em que, segundo ele, a democracia "dá sinais de fragilidade".

O projeto que muda o nome do Minhocão, de 2014, foi aprovado há apenas um mês. "Na Câmara, foi dificílimo passar", disse o vereador Eliseu Gabriel (PSB), autor da proposta. "Não passava na Comissão de Constituição e Justiça, o pessoal não deixava votar, falava que era inconstitucional... Muito difícil de votar." Segundo ele, temas como esse, além das comissões da verdade, são "uma questão civilizatória" para o país.

O outro projeto de lei, do vereador Arselino Tatto (PT), mudou a Avenida General Golbery do Couto e Silva, no Jardim Lucélia (Grajaú), na zona sul, para Giuseppe Benito Pegoraro – missionário italiano atuante nas comunidades paulistanas e professor da Faculdade de Teologia da Arquidiocese de São Paulo. Apresentado em junho do ano passado, o PL foi aprovado há pouco mais de um mês.

Impunidade

A prefeitura paulista identificou quase 40 logradouros com nomes de pessoas identificadas com violações de direitos humanos. "Símbolos que reiteram a sensação de impunidade", diz a coordenadora de Direito à Memória e à Verdade da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do município, Carla Borges. Do total, 22 são considerados prioritários para a mudança, com preferência para nomes de mulheres – o decreto assinado hoje fala que "os nomes nomes devem priorizar homenagens a personalidades do gênero feminino, tendo em vista a grande quantidade de homens homenageados em logradouros públicos municipais".

O texto se baseia no relatório da Comissão Nacional da Verdade e no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). O Executivo paulistano tem outros projetos de lei relativos ao tema em tramitação. O PL 411/2015 muda o nome do Viaduto 31 de Março para Therezinha Zerbini, enquanto o 410/2015 veta novas homenagens a violadores de direitos humanos.

"A cidade está se reconciliando com sua memória. Está escolhendo de que lado está", acrescentou o secretário Felipe de Paula.

Haddad citou ainda o movimento Escola sem Partido, que considera um eufemismo para "escola sem história", "como se fosse possível suprimir a história de uma cidade". Segundo ele, a proposta lembra a ditadura e sua política de "formação de cidadãos acríticos". "Queremos que as nossas escolas discutam a vida como ela é. Mais do que nós, acho que a juventude está mobilizada para evitar esse tipo de retrocesso."

Diretor do Instituto Vladimir Herzog, Ivo Herzog também citou o Escola sem Partido como exemplo de avanço conservador, além do "rebaixamento" da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. "É uma resposta objetiva a todo esse movimento de retrocesso", comentou, sobre os projetos sancionados hoje.

"A gente tem de marcar a cidade com símbolos da democracia", afirmou a presidenta de Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, a procuradora da República Eugênia Gonzaga. Para ele, o Brasil tem a peculiaridade de ter feito uma transição – da ditadura para a democracia – "com base no esquecimento".

Codiretora do documentário Verdade 12.528, sobre a Comissão Nacional da Verdade, a jornalista Paula Sacchetta contou ter nascido no ano da Constituição (1988) e citou os casos do deputado Rubens Paiva (desaparecido em 1971) e do pedreiro Amarildo Dias de Souza (desaparecido em 2013) para lembrar que o país "continua cometendo crimes".