quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A roda do capitalismo


Confesso que fiquei por demais impactado com essa engrenagem. Ela com suas idas e vindas representa demais o sistema no qual estamos presos. 

Especialistas dizem que o sistema está em crise e falido no mundo inteiro, mas qual sistema? Não tem nome? Sim tem!

Essa roda que sempre roda na mesma direção é afetada por outras, hora para a direita, hora para a esquerda, mas sempre na mesma direção.

Vem turbulências, crises, quebras com as engrenagens coadjuvantes, mas a roda do capitalismo sempre ganha, nunca perde e gira sempre na mesma direção.

domingo, 13 de novembro de 2016

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Entrevista com Vitor Teixeira



ENTREVISTA COM VITOR TEIXEIRA


Você provavelmente já deve ter compartilhado ou visto uma charge dele espalhada pelo Facebook. O ilustrador do mês de Agosto se chama Vitor Teixeira - ele ficou conhecido por suas diversas charges com críticas políticas, pautando temas polêmicos que grande parte da mídia tradicional não tem ao menos a coragem de debater.
Trocamos uma ideia com ele, saca só o resultado.

1) Como e quando você começou a desenhar e quais foram as suas inspirações e exemplos?

Vitor: Comecei rabiscando caderno de receita que eu pegava na cozinha. Minhas inspirações atuais são pessoas que utilizam seu trabalho como ferramenta social, dentro ou fora das artes visuais. Seja fazendo ilustra pra cartilha de ensino público ou pixando muro de playboy.



2) Boa parte do seu trampo disponível nas redes sociais tem relação com fatos políticos. Trata-se de um foco específico ou o seu trabalho abrange outras temáticas?

Vitor: Meu trabalho atualmente está focado nos cartuns pra internet. Gosto de outras abordagens, mídias e temáticas, mas meu foco agora é incendiar debate político na rede, pegando assuntos que variam conforme os acontecimentos diários, sempre com atenção às injustiças sociais. Além de acompanhar a mídia corporativa e independente, o contato com ativistas, movimentos, organizações e partidos de esquerda é imprescindível para eu ter ideias e colocá-las em prática.

3) As charges, ou “tirinhas”, ganharam um amplo espaço com as redes sociais - Tumblr, Facebook, Twitter… Mas desde Junho do ano passado, tivemos um grande destaque de artistas surgindo, como você e o Adriano (Pirikart). Você acredita que as Jornadas de Junho acabaram dando maior alcance ao trabalho de vocês?

Vitor: As jornadas de junho colaboraram muito para o alcance do meu trabalho. Na época muita gente que não tinha interesse em debater ideias entrou na dança e compartilhou desenho meu. Mas não sou defensor das “causas” dos “sem partido”, muito populares nas ruas naquele período. Junho foi apenas um trampolim para eu ser encontrado por aqueles quem eu realmente represento no meu trabalho.

4) Mesmo como artista, você sempre deixou claro seu posicionamento político de esquerda. Tendo dito isso, você acredita que algum dos candidatos a presidência possui um programa político progressista capaz de compreender as Jornadas de Junho?

Vitor: Não é falsa modéstia, mas não me considero artista. Sou apenas um companheiro que desenha (risos). Não acho que nenhum dos candidatos tem força política, dadas as condições atuais, pra impulsionar uma reforma política partida do planalto. Quem está fazendo isso é a sociedade organizada, apesar do silêncio dos grandes meios de comunicação. Está em curso uma campanha nacional para realização de um plebiscito popular, organizado por dezenas de movimentos sociais, que vai propor uma constituinte exclusiva. Pressão popular, esse é o único caminho.

5) Se puder, conte para nós como foi a elaboração da arte para a capa dessa edição - como foi a escolha dos elementos, a forma de abordar o tema, etc.

Vitor: Quando faço trabalhos para revistas como essa, tenho mais liberdade artística do que preocupação em acertar uma ideia pra viralizar na rede e atingir a massa. Aproveitei pra fazer algumas colagens, brincar com texturas, coisas que não costumo fazer nos cartuns diários. O uso e a atual política contra as drogas são antagonistas, tentei expressar esse paradoxo.