sábado, 25 de outubro de 2014

Neymar + Aécio, Esbarra na Nike Defensora do TPP

O ídolo nacional Neymar declarou apoio ao candidato neoliberal Aécio Neves na última semana da corrida presidencial no Brasil.

Neymar só tinha 10 anos de idade quando acabou o ciclo de oito anos do presidente Fernando Henrique Cardoso do PSDB, então guru político do candidato Aécio. Teve a acensão de sua carreira dentro do Governo Lula e Dilma do PT, mas como a maior parte dos pobres que alcançam a classe média ou rica, sintetiza-os, não atribuindo nada ao Governo.

Como já postado aqui (Leia sobre o TPP) (Assista o vídeo onde Aécio fala sobre o TPP) o sombrio Acordo de Parceria Trans-Pacífico TPP, dá total liberdade às Trasacionais e mordaça ao Estado e seus cidadãos.
A Nike, empresa patrocinadora do jogador Neymar Jr. é uma das Transacionais que estão nessa jogada, é sabido também que a mesma empresa dá patrocínio vitalício ao ex-jogador Ronaldo, cabo eleitoral do tucano Aécio Neves e cogitado para disputa com o também ex-jogador e agora Senador Romário a uma possível pasta no Ministério do Esporte, caso Aécio Neves seja eleito.


Seguem os cruzamentos:






Nike, indústria do calçado assisti de perto as negociações comerciais
Fonte: http://www.oregonlive.com

Indústria de calçados do Oregon, liderado por Nike, estará observando de perto as negociações comerciais que retornam na próxima semana entre os EUA e 10 parceiros comerciais.

A indústria calçadista espera que as negociações da Parceria Trans-Pacífico, levem à eliminação de tarifas incidentes sobre o calçado importado dos 10 outras nações.

Este é especialmente o caso para o Vietnã, a fonte para 8 por cento das importações de calçados dos Estados Unidos. A nação do sudeste asiático tem emergido como uma importante fonte de calçados contratado para marcas americanas; é a principal fonte de Nike calçados, seguido de perto pela China.

A China não é um dos 11 países em negociações TPP, que começou há três anos e que se prevê concluir já no final deste ano. Abrindo Palestras na próxima semana em Kota Kinabalu, na Malásia.

O senador Ron Wyden, D-Oregon, enviou uma carta no início desta semana a representante comercial dos EUA, Michael Froman, salientando a importância das funções avaliadas em calçados de entrar os EUA de 10 países recrafting. Uma dúzia de outros senadores, incluindo Jeff Merkley de Oregon e Patty Murray e Maria Cantwell de Washington também assinaram a carta.

"Mais de 99 por cento do calçado - em volume - vendidos em os EUA são importados", diz a carta. "E, embora haja pouca fabricação nacional de calçados, estas importações enfrentam algumas das tarifas de importação mais elevados no âmbito do direito."

Uma carta similar foi enviada por 47 membros da Casa, incluindo Oregon Reps. Earl Blumenauer, Suzanne Bonamici, Kurt Schrader e Greg Walden.

As tarifas para os calçados importados para os EUA, e não apenas do Vietnã, são complicadas e arcanas, formulada na década de 1930, e tendo em conta o tipo de material e o método de construção, disse Matt Priest, presidente dos Distribuidores e Varejistas de Calçados da América.

O média que os EUA colocam em todos os bens de consumo é de 1,3 por cento, disse o padre. Para calçado, é cerca de 20 por cento.

"Os fatos estão do nosso lado", disse ele.

Nike, um membro da associação de calçados, emitiu uma declaração apoiando as letras do Congresso para Froman, representante do comércio.

"Um acordo no TPP para a modernização da estrutura tarifária do calçado atual permitiria à Nike reinvestir mais em inovação e manter a nossa competitividade global, resultando em mais empregos com altos salários nos EUA", disse o comunicado, atribuído a Sean O'Hollaren, vice-presidente, no governo e assuntos públicos.

"O alto valor do trabalho necessário para inovar e criar nossos sapatos é baseada principalmente nos EUA, incluindo design de produto, marketing, vendas, manufatura e distribuição. O calçado Nike é produzido globalmente e a empresa emprega diretamente mais de 25.000 pessoas em os EUA, com uma presença significativa empregada em Oregon, Tennessee, Missouri, Califórnia, Nova York, Flórida, Maine, Massachusetts e Texas ".

Columbia Sportswear Co., no condado de Washington, apóia uma revisão tarifária por razões de concorrência semelhantes como a Nike, disse Peter Bragdon, a empresa do vice-presidente e conselheiro geral.

Para a baseada em Portland LaCrosse Footwear Inc., a questão é complicada.

Enquanto LaCrosse é um membro dos Distribuidores e Varejistas de Calçados da América, a empresa conta com Danner Inc. como uma subsidiária. E Danner tem construído uma reputação de fazer cerca de um terço de suas botas artesanais em os EUA - especificamente em uma fábrica perto do Aeroporto Internacional de Portland. Os funcionários LaCrosse não podem ser contatados para comentar sobre TPP.

Outra complicação geopolítica para LaCrosse/Danner: Eles estão de propriedade da ABC-Mart, que é baseada no Japão, um país que está prestes a juntar-se ao TPP.


- Allan Brettman




Patrocinador dá um motivo extra para Neymar perseguir a artilharia da Copa
Fonte: http://www.paraiba.com.br

Passar pelo Chile neste sábado, em Belo Horizonte, pelas oitavas de final do Mundial, vale para Neymar seguir na briga pela artilharia da Copa do Mundo, além de manter vivo o sonho de ser campeão. E, caso termine a competição como goleador, o atacante brasileiro vai engordar sua conta bancária. Isso porque o contrato com a Nike prevê um bônus pela conquista da artilharia.

Com quatro gols em três partidas, o brasileiro está empatado com o argentino Messi e o alemão Müller. Cinco pessoas que conhecem a cláusula contratual confirmaram ao UOL Esporte que o atacante receberá um prêmio em dinheiro se for artilheiro da Copa. O valor, porém, não foi revelado. Ele corresponde a aproximadamente 10% do total do contrato.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Nike informou que "não divulga informações de contrato respeitadas por cláusulas de confidencialidade".

Neymar é a principal aposta da empresa americana para o futebol nos próximos anos. Ao lado de Rooney, 28 anos, e Cristiano Ronaldo, 29, o brasileiro é estrela da campanha mundial da fabricante de material esportivo lançada antes da Copa do Mundo. O brasileiro foi único do trio que segue no torneio.

O acordo com a Nike também prevê uma variação na quantia paga ao atacante, dependendo do time em que ele joga e de ser titular em 70% das partidas, o que vale também para a seleção brasileira. Hoje, Neymar recebe o máximo que poderia ganhar no quesito clube, pois o Barcelona está no grupo das equipes com maior visibilidade no mercado, segundo o ranking da empresa.

Neymar é patrocinado pela Nike desde 2007. Há dois anos, teve seu contrato renovado. Em abril, o presidente da multinacional no Brasil afirmou que ideia da empresa é repetir com o atacante o modelo de parceria que tem até hoje com Ronaldo.

"Esse seria o sonho (um contrato vitalício). A Nike quer o Neymar para a vida toda", afirmou Cristian Corsi, presidente da multinacional no Brasil.

Quando era jogador, o "Fênomeno" tinha um contrato renovado automaticamente a cada dez anos, caso não houvesse desacordo entre as partes, o que nunca ocorreu. No auge, o ex-atacante só perdia para jogador de basquete Michael Jordan como contrato mais caro de atleta. Até hoje ele ainda tem sua imagem ligada à empresa. Participa de campanhas publicitárias e eventos da marca. Uma das salas do escritório da Nike em São Paulo leva seu nome.

Assim como ocorreu com Ronaldo, a relação entre a empresa e Neymar começou cedo, quando ele tinha 15 anos. O contrato atual é valido pelo menos até depois da Copa de 2018, na Rússia.


  

sábado, 18 de outubro de 2014

Ligações Extremas

Aécio Neves da Cunha nasceu quatro anos antes do Golpe Civil Militar, em 1987 cumpriu seu primeiro dos 4 mandatos como deputado federal por Minas Gerais alcançando a Presidência da Câmara entre 2001-2002.





Passaram-se 15 anos e o então jovem Deputado Federal resolve-se pelo governo de Minas Gerais. Esse período de Câmara já tinha lhe rendido agilidade e expertise, ao ponto de se desligar do PMDB e filiar-se ao então preambular PSDB.
Todo esse expertise fez com que trouxesse na chapa Clésio Andrade, mineiro, homem de negócios, empresário no ramo do transporte público urbano, filiado ao PFL como Vice.

Clésio Andrade, anos antes em 1996, entra como sócio na SMP&B Comunicações, incorporando capital no valor de R$ 1,5 milhão na qual exigiu a entrada de Marcos Valério para gerir financeiramente a sociedade, de acordo com a restituição e associa-se com a DNA Propaganda (hoje maior agencia publicitária de Minas, detendo as contas de publicidade do Banco do Brasil, Eletronorte e Ministério do Trabalho).

No futuro essas empresas seriam peças-chave no Mensalão Mineiro (confira aqui Mensalão Mineiro).
  
Aécio foi eleito governador de Minas Gerais em 2002 e reeleito na eleição de 2006, tendo desta vez como Vice Antônio Anastasia. Renunciou ao cargo de governador em março de 2010, a fim de concorrer ao senado federal, sendo substituído pelo seu Vice.

Anastasia por sua vez teve seu nome e o de Aécio envolvidos em acusações no desvio de 4,3 Bilhões no Estado de Minas (Confira aqui a informação).

Em 13 de Junho de 2014, Aécio Neves é oficializado por 99% dos delegados do PSDB e pelo apoiador FHC, como o homem escolhido à derrubar a sequência de dose anos de PT, aonde firma o compromisso de aproximar os tucanos do povo, atacar os 6% de inflação do governo Dilma e erradicar a corrupção, sem esconder como em 2010 a bandeira FHC. 

Tudo isso numa convenção em São Paulo. 
E então, mais uma vez, uma ligação extrema. É encabeçado Aloisyo Nunes "ex-Mateus" para seu Vice, mesmo tendo o nome citado no Trensalão Paulista, escândalo que pode chegar a 11,3 Bilhões (Confira aqui o Trensalão) (E aqui também).


Confira o nível democrático do Vice de Aécio




sábado, 11 de outubro de 2014

Aécio e sua Falsa Aprovação

Imagem BLOG DO SARAIVA


Causou-me estranheza o fato de que em Minas Gerais desde 2002 o PSDB vem perdendo para  
PT nas Eleições Presidenciais.

Lula venceu Serra e Alckmin ambos do PSDB, em 2010 a presidenta Dilma Rousseff venceu Serra também e agora venceu o próprio Aécio Neves, prata da casa, no 1o. Turno.

Eis a questão. Aécio bate no peito afirmando ter deixado o governo de Minas com aprovação de seu governo em 92%, mas como os mineiros poderiam  ser tão convictos de Aécio Neves e as urnas tão más com ele próprio e seu partido?

Segue matéria, depois eu volto:

Pesquisa Vox Populi indica que Aécio Neves deixa governo com 92% de aprovação
28/03/2010

A disputa pelo voto dos mineiros nas eleições presidenciais será acirrada. Os maiores cabos eleitorais dos presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, com 14,1 milhões de eleitores ou 10,7% do eleitorado, estão empatados em popularidade. Pesquisa Vox Populi realizada pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) revela que 92% dos entrevistados avaliam como positivo, de uma maneira geral (ótimo/bom/regular) o desempenho dos dois à frente do governo.

Os números explicam a pressão que vem sendo feita pelo comando nacional tucano para que o governador aceite ser candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, que lança oficialmente sua candidatura no dia 10. Com alto índice de aprovação entre os mineiros, mesmo sem fazer parte da chapa, o apoio do governador é importante como contraponto ao presidente Lula, também muito popular no estado. Nas duas últimas eleições presidenciais, Lula teve a preferência dos mineiros e saiu vitorioso no estado.

Aécio Neves, que deixa o governo na quarta-feira para disputar uma vaga ao Senado, leva uma pequena vantagem sobre Lula nesse levantamento. É que 76% dos ouvidos consideram seu governo ótimo/bom, contra 73% de Lula. Realizada entre 19 e 21 de março, a pesquisa ouviu 800 pessoas, todas maiores de 16 anos, em 45 municípios mineiros. A margem de erro é de 3,5% pontos percentuais.


O governador também mantém índices positivos de aprovação desde que assumiu o cargo, há sete anos. Nesse período, segundo a série histórica que vem sendo feita pela Vox Populi/Fiemg, a avaliação positiva do governador passou de 74% em março de 2003 para 92%, último levantamento, com pico de 95% em dezembro de 2006. Já Lula começou seu governo com desempenho positivo superior ao do governador ( 83%), mas teve uma queda significativa em dezembro de 2006, auge da crise do mensalão. Nesse período, a aprovação do governo Lula chegou a 61%,menor índice desde o início de seu mandato.

Observe o destaque, a pesquisa do Vox Populi em que Aécio Neves se apóia ouviu somente 800 pessoas em, pasmem, 45 municípios.
Minas Gerais, que dispensa comentários de sua grandeza, tem 853 municípios.

Essa aprovação do governo Aécio representa uma parcela imensurável da população mineira e pior ainda em 5% dos seus municípios.

Portanto é FALSA!!!

Fechadas as contas, aí está o motivo de tantas perdas tucanas no cenário das Eleições Presidenciais nos últimos 12 anos.

Abaixo segue o link dessa matéria e o link da fonte, o qual, pela ansiedade desse aspirante à blogueiro sujo em ter postado anteriormente no Twitter tal informação, já não linka mais, confira.


sábado, 4 de outubro de 2014

Entreguismo de Marina

Foto perfil Sérgio de Araujo Torres


Se você acha que Marina é representada pela mulher de espada na mão precisa rever imediatamente seu conhecimento sobre política externa e subserviência ao império.

Jamais um líder de Estado terá o clamor positivo do seu povo, digo povo não elites, quando ajoelhado dá todo o aval às Transacionais rebaixando esse mesmo Estado.

Nessa situação como sempre só um Estado ganha. Marina foi aos EUA na última Sexta, 26 de Setembro, seguir o caminho de todos os mortais, mortais neoliberais, à entregar nas mãos dos controladores do mundo o continente chamado ‪#‎Brasil‬.

Tire suas conclusões

Candidatura de Marina aposta na aproximação com os Estados Unidos
http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=7&id_noticia=13444

Candidatura de Marina aposta na aproximação com os Estados Unidos
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/27/politica/1411769182_291627.html

Moniz Bandeira: Carta aberta ao presidente do PSB
https://www.pt.org.br/moniz-bandeira-carta-aberta-ao-presidente-do-psb/

#‎Eleições2014‬ 
‪#‎Dilma13‬
‪#‎Dilma‬

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa

Foto do Blog Glaucocortez.com



Uma das histórias mais tristes e patéticas da história da imprensa brasileira está sendo protagonizada neste momento pela revista semanal "Veja", carro-chefe da  Editora Abril, que já foi uma das maiores publicações semanais do mundo.

Criada e comandada nos primeiros dos seus 47 anos de vida, pelo grande jornalista Mino Carta, hoje ela agoniza nas mãos de dois herdeiros de Victor Civita, que não são do ramo, e de um banqueiro incompetente, que vão acabar quebrando a "Veja" e a Editora Abril inteira do alto de sua onipotência, que é do tamanho de sua incompetência.

Para se ter uma ideia da política editorial que levou a esta derrocada, vou contar uma história que ouvi de Eduardo Campos, em 2012, quando ele foi convidado por Roberto Civita, então dono da Abril, para conhecer a editora.

Os dois nunca tinham se visto. Ao entrar no monumental gabinete de Civita no prédio idem da Marginal Pinheiros, Eduardo ficou perplexo com o que ouviu dele. "Você está vendo estas capas aqui? Esta é a única oposição de verdade que ainda existe ao PT no Brasil. O resto é bobagem. Só nós podemos acabar com esta gente e vamos até o fim".

É bem provável que a Abril acabe antes de se realizar a profecia de Roberto Civita. O certo é que a editora, que já foi a maior e mais importante do país, conseguiu produzir uma "Veja" muito pior e mais irresponsável depois da morte dele, o que parecia impossível.

A edição 2.393 da revista, que foi às bancas neste sábado, é uma prova do que estou dizendo. Sem coragem de dedicar a capa inteira à "bala de prata" que vinham preparando para acabar com a candidatura de Dilma Rousseff, a uma semana das eleições presidenciais, os herdeiros Civita, que não têm nome nem história próprios, e o banqueiro Barbosa, deram no alto apenas uma chamada: " EXCLUSIVO - O NÚCLEO ATÔMICO DA DELAÇÃO _ Paulo Roberto Costa diz à Polícia Federal que em 2010 a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema de corrupção da Petrobras". Parece coisa de boletim de grêmio estudantil.

O pedido teria sido feito pelo ex-ministro Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha da então candidata Dilma Rousseff, ao ex-diretor da Petrobras, para negociar uma ajuda de R$ 2 milhões junto a um doleiro que intermediaria negócios de empreiteiras fornecedoras da empresa.

A reportagem não informa se há provas deste pedido e se a verba foi ou não entregue à campanha de Dilma, mas isso não tem a menor importância para a revista, como se o ex-todo poderoso ministro de Lula e de Dilma precisasse de intermediários para pedir contribuições de grandes empresas. Faz tempo que o negócio da "Veja" não é informar, mas apenas jogar suspeitas contra os líderes e os governos do PT, os grandes inimigos da família.

E se os leitores quiserem saber a causa desta bronca, posso contar, porque fui testemunha: no início do primeiro governo Lula, o presidente resolveu redistribuir verbas de publicidade, antes apenas reservadas a meia dúzia de famílias da grande mídia, e a compra de livros didáticos comprados pelo governo federal para destinar a esc0las públicas.

Ambas as medidas abalaram os cofres da Editora Abril, de tal forma que Roberto Civita saiu dos seus cuidados de grande homem da imprensa para pedir uma audiência ao presidente Lula. Por razões que desconheço,  o presidente se recusava a recebe-lo.

Depois do dono da Abril percorrer os mais altos escalões do poder, em busca de ajuda, certa vez, quando era Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, encontrei Roberto Civita e outros donos da mídia na ante-sala do gabinete de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto."

"Agora vem até você me encher o saco por causa deste cara?", reagiu o presidente, quando lhe transmiti o pedido de Civita para um encontro, que acabou acontecendo, num jantar privado dos dois no Palácio da Alvorada, mesmo contra a vontade de Lula.

No dia seguinte, na reunião das nove, o presidente queria me matar, junto com os outros ministros que tinham lhe feito o mesmo pedido para conversar com Civita. "Pô, o cara ficou o tempo todo me falando que o Brasil estava melhorando. Quando perguntei pra ele porque a "Veja" sempre dizia exatamente o contrário, esculhambando com tudo, ele me falou: `Não sei, presidente, vou ver com os meninos da redação o que está acontecendo´. É muita cara de pau. Nunca mais me peçam pra falar com este cara".

A partir deste momento, como Roberto Civita contou a Eduardo Campos, a Abril passou a liderar a oposição midiática reunida no Instituto Millenium, que ele ajudou a criar junto com outros donos da imprensa familiar que controla os meios de comunicação do país.

Resolvi escrever este texto, no meio da minha folga de final de semana, sem consultar ninguém, nem a minha mulher, depois de ler um texto absolutamente asqueroso publicado na página 38 da revista que recebi neste final de semana, sob o título "Em busca do templo perdido". Insatisfeitos com o trabalho dos seus pistoleiros de aluguel, os herdeiros e o banqueiro da "Veja" resolveram entregar a encomenda a um pseudônimo nominado "Agamenon Mendes Pedreira".

Como os caros leitores sabem, trabalho faz mais de três anos aqui no portal R7 e no canal de notícias Record News, empresas do grupo Record. Nunca me pediram para escrever nem me proibiram de escrever nada. Tenho aqui plena autonomia editorial, garantida em contrato, e respeitada pelos acionistas da empresa.

Escrevi hoje apenas porque acho que os leitores, internautas e telespectadores, que formam o eleitorado brasileiro, têm o direito de saber neste momento com quem estão lidando quando acessam nossos meios de comunicação.

Fonte: Balaio do Kotscho

sábado, 30 de agosto de 2014

Tenha em mente, que a decisão sobre um voto é sempre histórica e contextual. Já votei, no passado, em candidatos que hoje eu não repetiria o voto. Mas já votei em muitos em que, como a Dilma Rousseff, voto novamente com muito gosto!

E sim, numa democracia, não precisamos concordar com as opiniões alheias. Apenas sugiro que, caso queira ponderar, use argumentos e não adjetivos.

Porque vou votar novamente na Dilma Rousseff para Presidenta do Brasil é para explicitar os sentimentos positivos que motivam meu voto!

Eu reparei que muitos que não votarão na Dilma Rousseff tem sua motivação em sentimentos negativos como o ódio, por exemplo:

“(…)Nossa! Tenho nojo e asco desse partido que não tem competência nem para gerenciar loja de 1,99. Fim de papo… Se quiser continuar a defender seu querido PT, boa sorte. Minhas energias estão todas voltadas para saída desse entrave aqui do Planalto. Nunca me empenharei tanto numa campanha eleitoral!

O asco e o ódio cego a um projeto político tem sido o maior motivo para o meu amigo Carlos......, que diz que não vota por causa do Projeto Bolsa Família, projeto esse que todos os candidatos já afirmaram que se eleitos, manterão o Bolsa família. Assim como uma grande parte da direita no Brasil a votar em outros projetos/candidatos…

… E se você conhece um pouco de História Mundial, sabe como o sentimento de ódio levou muitas pessoas inteligentes e boas, obnubiladas pelo ódio, a tomarem atitudes e fazerem escolhas extremamente lamentáveis…. mas tergiverso….



Enfim, meu motivo 

Essa semana um estagiário de física (Professor de Física realizando prática de ensino) comentou que tem dado aula particular de matemática para um porteiro que faz licenciatura em química na UFRJ… Ele me contava o que seu aluno (porteiro) disse:

“Até 2001 eu só sabia fazer as 4 operações matemáticas… agora, em breve, poderei realizar o sonho de ser Professor“

Ciscos caem nos meus olhos quando imagino a cena!





Nunca antes neste País um Porteiro poderia sonhar e realizar este sonho! Terminou o Ensino Médio e faz faculdade (pública) graças as políticas públicas das administrações PTISTAs! É este sentimento positivo e muitos outros que eu poderia enumerar que faz, inequivocamente, a votar novamente na Dilma Rousseff para Presidenta do Brasil em 2014…







Texto: Sebastião Teixeira facebook.com/sebastiao.teixeira.56

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O Sr. Mercado

Sempre que eu e o Charlie compramos ações para as companhias seguradoras da Berkshire (sem considerar compras de arbitragem, discutidas [no próximo ensaio]), abordamos a transação como se fôssemos comprar uma empresa de capital fechado. Olhamos os aspectos econômicos do negócio, as pessoas encarregadas de dirigi-lo e o preço que temos de pagar. Não temos em mente nenhum tempo ou preço para vendê-la. De fato, estamos dispostos a reter uma ação indefinidamente, contanto que esperemos que o negócio aumente em valor intrínseco a uma taxa satisfatória. Quando investimos, vemo-nos como analistas de negócios - não como analistas de mercado ou analistas macroeconômicos, nem mesmo como analistas de valores mobiliários.














Nossa abordagem tira proveito de um mercado ativo, já que ele periodicamente nos apresenta oportunidades de dar água na boca. Mas de forma alguma ele é essencial: uma suspensão prolongada das negociações dos valores mobiliários que possuímos não nos incomodaria nem um pouco mais do que nos incomoda a falta de cotações diárias para a World Book ou a Fechheimer. No devido tempo, nosso destino econômico será determinado pelo destino econômico do negócio que possuímos, seja nossa propriedade parcial ou total.

Ben Graham, meu amigo e professor, há muito tempo descreveu uma atitude mental em relação a oscilações de mercado que acredito ser a que melhor conduz ao sucesso em investimentos. Ele disse que você deve imaginar cotações de mercado como vindas de um sujeito excepcionalmente complacente chamado Sr. Mercado, que é seu sócio em uma empresa de capital fechado. O Sr. Mercado aparece sem falta, diariamente, e escolhe um preço pelo qual ele irá comprar a sua participação ou lhe vender a dele.














Mesmo que a empresa que vocês dois possuem tenha aspectos econômicos estáveis, as cotações do Sr. Mercado serão tudo menos isso. Porque, é triste dizer, o pobre sujeito tem problemas emocionais incuráveis. Às vezes, ele se sente eufórico e consegue ver somente os fatores favoráveis que afetam o negócio. Quando está nesse humor, ele escolhe um preço muito alto de compra-venda porque teme que você arrebate a participação dele e embolse assim ganhos iminentes. Outras vezes, fica deprimido e não pode ver nada além de dificuldades pela frente, tanto para o negócio como para o mundo. Nessas ocasiões, ele escolherá um preço muito baixo, já que está aterrorizado pela possibilidade de você se livrar da sua participação vendendo para ele.

O Sr. Mercado tem outra adorável característica: não se importa ao ser ignorado. Se a cotação dele for desinteressante para você hoje, ele voltará com uma nova amanhã. As operações são estritamente opção sua. Sob essas condições, quanto mais maníaco-depressivo o comportamento dele, melhor para você.














Mas, como a Cinderela no baile, você tem de prestar atenção em uma advertência, ou tudo virará abóboras e ratos: o Sr. Mercado está aí para servi-lo, não para guiá-lo. São os recursos financeiros dele, e não a sabedoria, que você achará proveitosos. Se ele aparecer algum dia com um humor particularmente irracional, você tem toda a liberdade para ignorá-lo ou tirar vantagem dele, mas será desastroso se você se submeter à sua influência. De fato, se você não tem certeza se entende e pode avaliar o negócio muito melhor do que o Sr. Mercado, você não se encaixa no jogo. Como dizem no pôquer, "se você está no jogo há 30 minutos e não sabe quem é o trouxa, você é o trouxa".














A parábola do Ben sobre o Sr. Mercado pode parecer obsoleta no mundo dos investimentos de hoje, no qual a maior parte dos profissionais e acadêmicos fala de mercados eficientes, hedge dinâmicos e betas. O interesse em tais assuntos é compreensível, já que técnicas cobertas por mistério logicamente têm valor para o fornecedor do conselho de investimento. Afinal de contas, que curandeiro alguma vez alcançou fama e fortuna simplesmente aconselhando "tome duas aspirinas"?

O valor de assuntos esotéricos sobre o mercado para o consumidor de conselhos de investimento é outra história. Em minha opinião, sucesso em investimento não será produzido por fórmulas enigmáticas, programas de computador ou sinais reluzentes em resposta ao comportamento de mercados e dos preços das ações. Em vez disso, um investidor obterá êxito pela união de bom juízo empresarial com a capacidade de isolar seus pensamentos e comportamento das emoções super-contagiosas que rondam o mercado. Em meus próprios esforços para permanecer isolado, achei altamente proveitoso levar firmemente em consideração o conceito de Ben sobre o Sr. Mercado.

Seguindo os ensinamentos de Ben, eu e o Charlie deixamos nossas participações acionárias nos contarem por meio de seus resultados operacionais - não por meio de suas cotações de preço diárias, ou mesmo anuais - se nossos investimentos são bem sucedidos. O mercado pode ignorar sucesso empresarial por algum tempo, mas por fim ele o confirmará. Como disse o Ben: "A curto prazo o mercado é um processo de votação, mas a longo prazo ele é um processo de pesagem". A velocidade com a qual o sucesso empresarial é reconhecido, ademais, não é tão importante enquanto o valor intrínseco da companhia estiver aumentando a uma taxa satisfatória. Para dizer a verdade, o reconhecimento tardio pode ser uma vantagem: pode nos dar a oportunidade de comprar mais de uma coisa boa a um preço de barganha.















Às vezes, é claro, o mercado pode julgar um negócio como sendo mais valioso do que os fatos subjacentes indicam que ele é. Em um caso dessa natureza, nós venderemos nosso investimento. Às vezes, também, venderemos um valor mobiliário que esteja avaliado corretamente ou mesmo subavaliado porque precisamos de fundos para um investimento ainda mais subavaliado ou um que acreditamos compreender melhor.

Nós precisamos enfatizar, contudo, que não vendemos investimentos apenas porque valorizaram ou porque nós os possuímos por um longo tempo. (Das máximas de Wall Street, talvez a mais tola seja: "Não se pode quebrar obtendo lucro".) Ficamos bem contentes em reter qualquer valor mobiliário indefinidamente, contanto que a perspectiva de retorno sobre o capital acionário do negócio subjacente seja satisfatória, a administração se mostre competente e honesta e o mercado não sobre-avalie o negócio.

Nossas companhias seguradoras, contudo, possuem três grupos de ações ordinárias que não venderíamos mesmo que elas tivessem um preço muito elevado no mercado. Efetivamente, nós enxergamos esses investimentos exatamente como as nossas bem-sucedidas empresas controladas - uma parte permanente da Berkshire, em vez de uma mercadoria para ser descartada uma vez que o Sr. Mercado nos ofereça um preço suficientemente alto. A isso eu acrescento uma ressalva: esses grupos de ações são retidos por nossas companhias seguradoras, e nós iríamos, se absolutamente necessário, vender parcelas das participações para pagar perdas extraordinárias com seguros. Pretendemos, contudo, gerenciar nossos negócios de modo que essas vendas nunca sejam exigidas.

A determinação de reter, que eu e o Charlie compartilhamos, obviamente envolve uma mistura de considerações financeiras e pessoais. Para alguns, nossa posição pode parecer altamente excêntrica. (Eu e o Charlie há muito tempo seguimos o conselho de David Ogilvy: "Desenvolva suas excentricidades enquanto você é jovem. Dessa forma, quando ficar velho, as pessoas não acharão que você está ficando gagá".) Certamente, na Wall Street dos últimos anos, fixada em operações, nossa postura deve parecer estranha: para muitos nessa arena, tanto companhias como grupos de ações são vistos somente como matéria-prima para negociações.














Nossa postura, contudo, é compatível com nossas personalidades e a forma como queremos viver nossas vidas. Churchill disse uma vez: "Você forma sua casa e então ela forma você". Sabemos a maneira como desejamos ser formados. Por essa razão, preferimos alcançar um retorno de X enquanto nos associamos com pessoas pelas quais sentimos forte apreço e admiração a atingir 110% de X pela troca desses relacionamentos por outros desinteressantes ou desagradáveis.


















Fonte: fundamentus.com.br