sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Surfista Profissional receberá indenização dos Correios

Sempre me lembro de tristes histórias lidas na mídia especializada de surf, de pranchas que foram parar em outras praias, que não as dos seus donos.
O extravio de bagagem sempre foi um pesadelo na vida dos surfistas, profissionais ou não, mas no caso de quem vive do esporte envolve alguns pontos de stress como; tensão psicológica, diminuição da performace, perda de imagem dos patrocinadores, entre outros.

Em 2011 o surfista profissional do Ceará, Dunga Neto enfrentou uma roubada parecida em Fernando de Noronha local da disputa da 25a. edição do Hang Loose Pro Contest e do Hang Loose Nordestino Pro, vencidos por Alejo Muniz (BR) e Pablo Paulino (CE) respectivamente, quando o serviço dos Correios, o Sedex, não entregou suas pranchas a tempo.

O caso foi parar no STJ e foi favorável ao surfista profissional, agora as companhias aéreas que se cuidem.


Dunga Neto - Hawaii Foto: Henrique Pinguim

Dunga Neto com sua prancha de luz led Foto: Se Liga VM


Dunga Neto - Hawaii Foto: Henrique Pinguim



Correios devem indenizar surfista que ficou fora de competições por atraso na entrega das pranchas

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que condenou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ao pagamento de indenização no valor de R$ 20 mil a surfista que não pôde participar de duas competições porque as suas pranchas foram entregues fora do prazo.

O surfista profissional Estevão Célio Moura Neto enviou cinco pranchas de surf, via Sedex, de Fortaleza para Fernando de Noronha (PE).

A postagem foi feita no dia 25 de janeiro de 2011, mas as pranchas chegaram ao destino somente em 15 de fevereiro de 2011, o que inviabilizou sua participação em duas competições: na II etapa do Circuito Nordestino e na Hang Loose Pro Contest.

Os Correios recorreram ao STJ contra decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) que manteve a sentença condenatória.

Segundo o tribunal, a pessoa jurídica de direito público responde pelos danos que seus agentes causam a terceiro, assegurado o direito de regresso contra o responsável.


“É patente o atraso na entrega dos bens, tanto que a própria apelante (ECT) não o nega, procurando eximir-se pela demora, o que não afasta sua responsabilidade. Quanto às dificuldades de logística, não podem ser imputadas ao demandante (surfista)”, afirmou o TRF5, acrescentando que não foi feita nenhuma advertência sobre a possibilidade de entrega fora do prazo.

fonte: www.juristas.com.br

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

McLuhan

Um dia escrevi no Twitter uma resposta a um tweet de uma pessoa que falava que a internet é o 4° poder. 
Respondi que ainda não, que o 4° poder, em discussão, é a mídia, pois multidões de pessoas vêm às redes sociais vomitarem o que comeram na grande mídia.

Um dia aprendi também que a mídia vai além de um 4° poder: "Antes diziam que a mídia era o 4° poder, porém isso é coisa do passado. Hoje a mídia é um segundo Estado, que não é eleito, mas se coloca em disputa com o poder constituído." Altamiro Borges. 

Dia após dia observo isso e é muito simples, basta entrar no perfil de uma pessoa que odeia Dilma, Lula, o PT, o Brasil...
Ligue sua tevê no Jornal anti-Nacional e assista (desculpe), depois do martírio volte ao perfil supracitado, e o que verá? Simplesmente vômito.

Aumente a dose estando a par do Estadão, Folha de S. Paulo e Veja da semana (desculpe-me novamente, você não merece isso), o tal perfil terá deixado golfadas ilegíveis, pura repetição.

McLuhan vislumbrou muitas coisas, o que segue nas próxima linhas é somente um raso mergulho em seu universo.
Do meu quintal, o que observo, me puxa para um imenso abismo nessa ligação entre o Meio e a Sociedade nos dias de hoje.
















A expressão "o meio é a mensagem", foi criada pelo sociólogo canadense Marshall McLuhan. Tal expressão surgiu a partir do momento em que McLuhan se propôs a analisar e explicar os fenômenos dos meios de comunicação e sua relação com a sociedade.

McLuhan, em sua obra Os Meios de Comunicação como Extensão do Homem, preocupou-se em mostrar que o meio é um elemento importante da comunicação e não somente um canal de passagem ou um veículo de transmissão. Este foi o ponto que gerou maior controvérsia em sua obra, pois até então era comum se estudar o efeito do meio quanto ao conteúdo, sem que se atentasse para as diferenças evidenciadas por cada suporte midiático (jornal, rádio, televisão, cinema, etc.). Cada meio de difusão tem as suas características próprias, e por conseguinte, os seus efeitos específicos. Qualquer transformação do meio é mais determinante do que uma alteração no conteúdo. Para McLuhan, portanto, o mais importante não é o conteúdo da mensagem, mas o veículo através do qual a mensagem é transmitida, isto é, o meio.










Herbert Marshall McLuhan (Edmonton, 21 de julho de 1911 — Toronto, 31 de dezembro de 1980) foi um filósofo e educador canadense e obteve os títulos de mestre e doutor em Filosofia pela Universidade de Cambridge. Seu trabalho é visto como um dos pilares do estudo da teoria da mídia, além de ter aplicações práticas nas indústrias de publicidade e televisão. Publicou aproximadamente 15 obras, dentre as quais: O meio é a massagem, Guerra e Paz na Aldeia Global e Os meios de comunicação como extensões do homem.

Em uma tentativa de analisar e explicar os fenômenos dos meios de comunicação e o seu papel na sociedade, Marshall McLuhan, em uma das suas principais obras, Understanding Media: the extensions of man (1964), criou a expressão "o meio é a mensagem", como metáfora para a sociedade contemporânea. Ele defendia que "a mensagem é o próprio meio", e o conteúdo que ela carrega são as mudanças comportamentais e sociais que provocam nos indivíduos. O seu foco de estudo eram os veículos de comunicação, qual o meio utilizado para difundir determinada mensagem, qual a capacidade de disseminação desses meios e qual o efeito causado na vida das pessoas.


Tomemos como exemplo a estrada de ferro, segundo a qual, de acordo com o pesquisador, mudanças significativas ocorreram na vida das pessoas e nas comunidades localizadas ao seu redor. Para McLuhan, o conteúdo de qualquer meio ou veículo é sempre outro meio ou veículo. Ele afirma ainda que independentemente do "conteúdo" que os meios veiculam, a preocupação deve ser com as suas consequências, que esses conteúdos vem para somar ao que já somos e pensamos.

Assim, os meios é que carregam a própria mensagem e isso é o que deve ser analisado, e não a "mensagem" por eles veiculadas. Para McLuhan, o conteúdo da mensagem é o que menos importa.









O conceito de determinismo tecnológico foi criado pelo sociólogo americano Thorstein Veblen (1857-1929) e aperfeiçoado por Robert Ezra Park, da Universidade de Chicago. Em 1940, Park declarou que os dispositivos tecnológicos estavam modificando a estrutura e as funções da sociedade, noção que serviu como ponto de partida para uma corrente teórica.

Atualmente, determinismo tecnológico é a corrente mais popular entre aquelas que procuram explicar as relações entre a tecnologia e a sociedade. Ele tenta explicar fenômenos sociais e históricos de acordo com um fator principal, que neste caso é a tecnologia.

De acordo com deterministas tecnológicos como Marshall McLuhan, Harold Innis, Neil Postman, Jacques Ellul, Sigfried Giedion, Lynn White Jr e Alvin Toffler, as tecnologias são consideradas como a causa principal das mudanças na sociedade. Eles interpretam a tecnologia, como sendo a base da sociedade no passado, no presente e até mesmo no futuro. Defendem ainda, que novas tecnologias transformam a sociedade em todos os níveis, inclusive institucional, social e individualmente.


Harold Innis, historiador e economista canadense, foi um dos pioneiros nesta corrente e influenciou profundamente a obra de McLuhan.









Seguidor das ideias de Innis, McLuhan diz que "Os efeitos das máquinas tecnológicas foi reestruturar o trabalho humano e associação pela técnica da fragmentação." McLuhan chama ainda de "sonâmbulos" os que dizem que é o uso que se faz das tecnologias que determina seu valor. Para ele, o poder transformador da mídia é a própria mídia. "A mensagem de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, ritmo ou padrão que introduz na vida humana.".

Portanto, para Marshall McLuhan, a evolução das culturas seria ditada pelos meios de comunicação sob a forma de novas tecnologias; isto é, seriam eles (os meios) os principais responsáveis pelas transformações que nossa sociedade passa. Sendo assim, a tecnologia seria a determinante em nossa sociedade, o que nos move e o que nos impulsiona para a mudança.

Marshall McLuhan afirma que o meio influencia significativamente a mensagem que iremos receber, sendo assim, uma mesma mensagem é percebida por um mesmo indivíduo de formas diferentes caso ele as receba em diferentes meios.


A expressão “o meio é a mensagem” quer dizer que nós recebemos mensagens de formas diferentes dependendo de como elas nos são apresentadas, pois somos nós que influenciamos esse meio e a forma com que a mensagem será transmitida para um determinado receptor. Nós que determinamos o meio em que a mensagem será transmitida, é a sociedade que é responsável tanto pela transmissão como a recepção de mensagens. A tecnologia não determina, mas sim, proporciona mais uma forma de nos expressarmos. Se hoje a tecnologia está cada vez mais presente na forma como lidamos com nossas inter-relações é porque a sociedade foi se transformando durante anos até evoluir para esse período.









Muitos se perguntam o motivo de um dos livros mais conhecidos de Marshall McLuhan “The Medium Is The Massage” (O meio é a massagem) possuir esse título ao invés de “The Medium Is The Message” (O meio é a mensagem). O filho mais velho de McLuhan, Eric McLuhan, conta que na verdade o título foi um erro tipográfico. Quando McLuhan viu o erro exclamou:"Deixe-o em paz! É grande e bem no alvo!".


O que McLuhan quis mostrar é como o meio ou o canal em que a mensagem é transmitida interfere muito mais no impacto dela, do que o próprio conteúdo, conforme ele mesmo havia teorizado. Pois, com a mudança desta última palavra, o título teria quatro leituras possíveis: message (mensagem), mess age (era da bagunça), massage (massagem) e mass age (era da massa).









Além da expressão "O meio é a mensagem", Marshall McLuhan, em sua principal obra, Understanding Media: The Extensions of Man (1964), conceituou outros aspectos importantes da mídia que tiveram grande repercussão no estudo dos meios de comunicação e seus impactos na sociedade.










Meios quentes e meios frios

McLuhan classifica os meios de comunicação como quentes e frios.

Os quentes são os meios que prolongam um de nossos sentidos e possuem alta saturação de dados ("alta definição"). Estes meios nos oferecem um excesso de informação sem precisar de intervenção dos demais sentidos humanos. Já os meios frios requerem um maior engajamento do espectador, fazendo-o usar vários sentidos simultaneamente. Menos informação é disponibilizada ("baixa saturação") e é necessário a intervenção dos demais sentidos para preencher os vazios deixados pelo meio.

Os meios de comunicação como extensão do ser humano

O autor defende a ideia de que todos os meios são extensões dos sentidos humanos (chamado por ele de "prótese técnica"). Meio é definido por McLuhan como toda forma de interação social e as formas pelas quais se estabelecem relações de poder, ora por dependência, ora por cooperação e ora por dominação. Essas formas de extensões são simbióticas e nos explicam a transformação da sociedade frente às novas tecnologias que mudou nossa percepção de espaço e de tempo.

O papel e a caneta são extensões do sentido da memória (que hoje já evoluíram para os palmtops, a roda seria extensão dos nossos pés e da habilidade de locomoção e o telefone seria a ampliação da nossa fala .

Aldeia global

Este espaço nada mais seria que um espaço de convergência, em que toda a evolução tecnológica estivesse caminhando no sentido de formar uma aldeia, em que a qualquer distância seja possível a comunicação direta. As formas de comunicação da aldeia são essencialmente bidirecionais e entre dois indivíduos. Somente com a invenção do telemóvel e da internet é que o conceito se começa a concretizar. O princípio que preside a este conceito é o de um mundo interligado, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais. A ideia de global é verdadeiramente ampla, uma notícia em determinado lugar do mundo pode repercutir para todos os países e ter influências econômicas, culturais e sociais .





Fonte: pt.wikipedia.org/meio_mensagem



sábado, 27 de dezembro de 2014

Retrospectiva do Otário

Mais um ano se vai e conosco fica toda a bagagem de aprendizado. Sempre aprendemos, alguém já disse que quando isso não acontece estamos mortos.

Observando alguns blogueir@s nas redes percebi a sede em trazerem a lembrança fatos que durante o ano de 2014 foram "esquecidos" pela grande mídia, ou ainda assuntos tratados com destaque pela mesma e seus zumbis, mas que devido às perscrutáveis evidências nem de longe são citadas nas suas retrospectivas.

Lê-se fatos, acima, mas tratam-se de mentiras forjadas mesmo. Baseado nesses(as) pessoas que me inspiram trouxe também o que carinhosamente apelidei de Retrospectiva do Otário.
E é claro, em 2015 faço votos que sejam menos os que se sujeitem a isso.


Junto seguem links importantes que desmentem
essas ações:

Janeiro: "Governo Dilma financia porto em Cuba com dinheiro público".
Desmentindo: www.viomundo.com.br/mariel

Março: "Dilma aprovou compra de refinaria em Pasadena muito acima do preço quando ministra".
A verdade: www.brasil247.com/pt/247/Pasadena

Maio: "O PT vai controlar a rede com o Marco Civil da Internet".
Um dos piores e mais burros boatos: www.brasil.gov.br/criador-da-world-wide-web-elogia-marco-civil-da-internet

Junho: "O Governo tirou o dinheiro da saúde, educação e segurança para fazer a Copa".
Poucos fizeram essa conta: youtu.be/7xtXEOLA7RA

Outubro: "Dilma é robô e usa ponto eletrônico em debate".
Canalhas, mentem usando Photoshop de 5a. categoria: www.e-farsas.com/dilma-rousseff-usou-ponto-eletronico

Novembro: "Eles sabiam de tudo".
Já estou espumando!!! Vamos aos fatos: www.cartacapital.com.br/veja-publica-direito-de-resposta-de-coligacao-de-dilma

Dezembro: "Dilma e o PT delapidaram o Petrobras e fraudaram as urnas! Impeachiment já!!!"
Sem provas, os golpistas viram acabar o ano divididos em golpistas hard e golpistas light: congressoemfoco.uol.com.br/camara-rejeita-pedidos-de-impeachment-de-dilma


Sinceramente não é fácil ficar lembrando de tanta palhaçada, mas vamos em frente.
Tenham todos um excelente 2015!!



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Aos antagônicos de Haddad lá fora tudo é lindo

Em terras distantes tudo é lindo e maravilhoso, tudo funciona e é bom.

Razão fixa nas mentes e corações paulistanas, pautadas pela grande mídia, em frentes de ataques diuturnamente contra o prefeito Fernando Haddad.

No último mês do 2° ano do seu mandato o prefeito novamente traz das tais, terras distantes, mecanismos úteis para a vida do cidadão. Dessa vez são as faixas de pedestres transversais de Tóquio.
Já dá até para imaginar os parladores frívolos de eterna oposição;
"Haaaah, mais faixas!!!".



Tóquio



Área Central recebe Projeto Piloto de Faixa de Pedestres Diagonal 
(em “X”) na segunda-feira, dia 08.

Novo modelo é baseado em prática utilizada em Tóquio e visa dar mais segurança aos pedestres. A sinalização é inédita no país.

Do Portal cetsp.com.br

Em continuidade às ações voltadas ao aumento da segurança do sistema viário, a Secretaria Municipal de Transportes, através da Companhia de Engenharia de Tráfego - CET, implanta, a partir de segunda-feira (08/12), travessia de pedestres nas diagonais do cruzamento das ruas Riachuelo e Cristóvão Colombo (que antecede a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio).


Esta faixa de pedestres em "X" visa facilitar a vida dos pedestres que, ao invés de efetuarem a travessia em duas etapas distintas (uma via por vez) para atingir a esquina oposta, poderão fazê-lo em uma única vez, conforme folha informativa anexa.


O referido cruzamento foi escolhido com base em pesquisa de contagem de travessia de pedestres, que acusou média de 189 pessoas/hora no horário de maior movimento. Com base nisto, o cruzamento será contemplado com a implantação das novas faixas de pedestres, novas placas educativas criadas para informar a permissão da travessia na diagonal, sinalização semafórica de pedestres para atender a nova situação e propiciar tempo de travessia segura (5 segundos de verde acrescidos de 18 segundos de vermelho piscante).

O tempo médio de travessia que, em duas etapas, é de 89 segundos; na diagonal, cai para 61 segundos. Um ganho de 28 segundos para os usuários que têm o desejo alcançar as calçadas das diagonais.

Este é um projeto piloto, inspirado nos modelos de Tóquio, a partir do qual poderão ser estabelecidos parâmetros e, feitas as devidas avaliações, ser expandido para outros locais da cidade.

Equipes da CET farão o acompanhamento das intervenções para garantir a segurança e a orientação aos transeuntes e motoristas.

Recomendações ao público

- Respeite a sinalização;
- Dê preferência ao uso de transporte público (Metrô, Ônibus e Táxi);
- Se necessitar pedir informações, proceda de forma a não atrapalhar a fluidez do trânsito;
- Não estacione em locais proibidos, frente a guias rebaixadas, em canteiros centrais, em fila dupla ou onde haja canalizações com cones e cavaletes;
- Não embarque ou desembarque em fila dupla ou afastado da calçada.

A Engenharia de Campo da CET vai acompanhar o desempenho da nova medida e orientar o tráfego na região.

Fale com a CET - Ligue 1188. Atende 24 horas para informações de trânsito, ocorrências, reclamações, remoções e sugestões.

sábado, 29 de novembro de 2014

"Cara, eu nunca vi alguém apanhar tanto no primeiro ano de mandato como você!". 
Dissera Lula ao prefeito em meio a sua calorosa fala durante o 4° BlogProg.
Perseguido pela Folha de S. Paulo, ameaçado pelo herdeiro da Band e pleiteado pela elite paulistana, Fernando Haddad tem recebido chumbo grosso de todos os lados...

A barreira que detém essa artilharia?
A própria inconsistência, confusão e falta de profundidade dos ataques. Após a aprovação do IPTU Progressivo, o IPTU dos Pobres, com certeza Haddad prepara-se ao melhor estilo Matrix. 





Com decisão da justiça de reajuste do IPTU, Haddad vence luta que vinha do século XIX


A decisão judicial de autorizar o prefeito Fernando Haddad (PT) a reajustar o IPTU nos índices programados por ele já no próximo ano constitui um extraordinário passo no caminh0 da justiça social, na medida em que amplia os recursos com que a Prefeitura contará em 2015 para mais e maiores investimentos na linha definida pela administração do PT na capital paulista.

A decisão tomada pelo pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) constitui uma vitória do prefeito Haddad e, mais que isso, uma conquista para a cidade que poderá agora contar com a cobrança do IPTU progressivo. A autorização judicial coroa uma longa e dura luta, iniciada ainda no século XIX.

Luta difícil, que precisou transpor muitos percalços porque no Brasil os ricos nunca permitiram a progressividade dos impostos. Menos ainda do IPTU, tributo estreitamente ligado e uma das razões da especulação imobiliária. Por isso, enquanto em qualquer país civilizado há progressividade dos impostos e incidência direta deles sobre a riqueza, as doações, as heranças, as grandes fortunas e os lucros extraordinários, no nosso país os que ganham menos pagam mais impostos do que aqueles que têm maior renda.

Elite impede taxação justa em cima de terra que não cumpre função e uso social

Brasil jamais taxou adequadamente. No Brasil jamais se conseguiu agravar com impostos a terra sem função ou uso social, inclusive no solo urbano, desviado de sua função básica  para a especulação imobiliária. Haddad, como as prefeitas paulistanas eleitas pelo PT, Marta Suplicy (2001-2004) e Luiza Erundina (1989-1992), lutou e luta contra essa injustiça e essa elite.

Com seu Plano Diretor da Cidade aprovado na Câmara Municipal, Haddad pode mudar essa história cuja herança maldita está presente no dia a dia dos paulistanos, (presente) nas péssimas condições de vida, aluguel e terrenos caríssimos, distantes, sem transportes adequados. Uma herança que é responsável, e muito, pela situação de milhões vivendo em condições precárias, bairros sem saneamento e espaços públicos, a juventude sem acesso ao lazer, cultura e esportes. Mas, enfim, desenha-se no horizonte um cenário que tende a mudar com as políticas adotadas pelo prefeito do PT, numa das quais, a do IPTU progressivo ele teve agora uma 1ª vitória.

Felizmente agora o TJ-SP julgou legal o reajuste de IPTU estabelecido pelo prefeito e com isso libera a Prefeitura paulistana para aplicá-lo já no próximo ano.  Coma decisão, até que ocorra julgamento de recursos – se apresentados – em instâncias superiores, a Prefeitura poderá aplicar aumento de até 20% sobre imóveis residenciais e 35% sobre os comerciais.

Prefeitura contará com mais R$ 789 milhões para investir em 2015

A sentença do TJ, vejam vocês, garante à prefeitura uma arrecadação de R$ 789 milhões a mais em 2015. Lembrem-se que há um ano, com a concessão de uma liminar, a Justiça impediu a atualização da Planta Genérica de Valores (base para a cobrança do IPTU), em cima da qual são calculados os aumentos.  Com a liminar, o tributo só podia ser corrigido pelo índice da inflação – 5% – e de lá para cá, Haddad não havia conseguido derrubar a medida nas instâncias judiciais superiores, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem o reajuste, Haddad anunciou cortes nos investimentos deste ano em obras importantes, como nas áreas de transporte e infraestrutura urbana da capital. O TJ-SP tomou a decisão no julgamento de ações de inconstitucionalidade apresentadas no ano passado pela FIESP – através de seu presidente, Paulo Skaf – e pelo PSDB, sob a alegação de que o aumento era abusivo.

Como as ações têm o mesmo objeto, a decisão do tribunal vale para as duas. Ela foi tomada por ampla maioria do plenário: dos 25 desembargadores paulistas, 17 votaram contra as ações da FIESP e do PSDB, só 6 a favor e um desembargador se absteve. Agora, pelo menos com a decisão favorável, Haddad poderá reajustar, com os índices propostos por ele, o IPTU de  1,1 milhão de imóveis da cidade de São Paulo, 50% do total de pagantes.