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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Paralelo Brasil-Chile, herança do Golpe

As asas do socialismo cobriam a América Latina, quando recebem ventos e furacões vindos do Norte.
Em cadeia, vários países que aspiraram sonhos de uma verdadeira independência e soberania nacional aliados aos seus anseios de firmamento de identidades também nacionais, sofrem então com grandes investimentos dos Estados Unidos, amparados pelas respectivas mídias e elites locais, afim de que se fossem esquecidos quaisquer planos que não fossem alinhados à cartilha de Washington.

Como uma prostituta que chega numa cidade grande sem dinheiro para alimentação e moradia, e mesmo assim encontra quem a banque, porque esse saberá quem determinará se a sua enxoviada virará na rua à esquerda ou à direita.

Segue excelente análise do que foi o Golpe e o que sobrou de dívida para o Chile, serve tudo para o Brasil é só trocar os nomes.


Ilustração @1lxndr


Foto: Hélio Sassen Paz - Réplica do óculos de Allende



Dívida Externa do Chile 
O novo rosto do colonialismo

Claudio Pérsico


 "Há pessoas que continuam vivendo com o peso brutal das dívidas que nos empurraram para obter 75 bilhões de dólares, com essa dívida países em desenvolvimento jamais poderão cumprir os compromissos decorrentes dos requisitos de capital e juros; pessoas com fome, com desemprego, falta de moradia, com ignorância, as massas tem que passar fome para cumprir os compromissos que pairam acima do nosso potencial."

(Salvador Allende, na terceira reunião da UNCTAD, Santiago do Chile, em abril de 1972.)


Há alguns meses atrás, Luis Escobar Cerda, ex-ministro das Finanças do regime militar chileno, confessou que "o crescimento econômico ao longo dos próximos cinco anos é comprometido com o pagamento da dívida externa." Além disso, os números oficiais indicam que o Produto Geográfico Bruto (PGB) entre 1981 e 1985 caiu 5,1%, o que representa uma diminuição média anual de 1%.1 Em Junho de 1985, a imprensa chilena informou o acordos alcançados na renegociação da dívida externa, destacando o fato de que eles foram produzidos em grande parte, pelo desempenho do governo chileno com os ditames de bancos credores.2 Pode-se perguntar como Pinochet tem funcionários para agradar bancos estrangeiros e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em meio a tão acentuada crise como o Chile tem experimentado nos últimos anos.

Certamente responder a essa pergunta envolve uma revisão da política econômica dos últimos anos e descrever as mudanças que ela teve sobre a economia nacional. Nossas próprias limitações e falta de espaço nos impede de fazer tal análise. O objetivo destas notas é elucidar o abertamente reacionário, anti-nacional e prejudicial para os interesses da política econômica do Chile que tem sido impulsionado pela ditadura em lidar com a própria crise de personalidade gerada. Para fazer isso, vamos nos concentrar em um aspecto que nós acreditamos que expressa o caráter de classe das políticas econômicas dos Pinochet. Acreditamos que a contradição posou  numa economia arruinada, com um terço de sua força de trabalho desempregada e atolada em uma recessão profunda, ter que pagar uma dívida que excede o PGB de um ano, resume a situação trágica que tem sido Chile depois de anos de fascismo dependente.

I. A dívida é o legado de Chicago

A crise da dívida não é apenas no Chile, é também na América Latina. Mas o caso chileno tem algumas peculiaridades que devemos apontar:

a) Entre 1975 e 1983, o Chile quase quintuplicou sua dívida externa.

b) A maior parte desta dívida adicional correspondia ao setor privado.

c) O setor privado, foi privilegiado com recursos externos do setor financeiro.

d) A dívida no final de 1984 chegou a 22.610 bilhões de dólares e o PGB de quase 21 bilhões de dólares.

e) O Chile possui atualmente uma dívida per capita de mais de US$ 2.000, e é uma das mais altas do mundo.

f) Os pagamentos de juros são responsáveis ​​por mais de metade do valor total das suas exportações e exceder a renda de cobre, seu principal produto de exportação.

A lógica que permitiu tal dívida é conhecida: Ao Chile foi alegado não gerar a poupança interna necessária para financiar o seu desenvolvimento. Os dólares que foram inundadas desde 1978 na expansão inesgotável para cimentar um milagre que rumava para um estouro, para chegar a todos e torná-lo possível pagar empréstimos às fontes estrangeiras. Esse foi o argumento que incentivou ainda mais a dívida privada porque "se emprestar privado, privado pago", nas palavras do ex-ministro de Pinochet, Miguel Kast. Claro, a história tem mostrado que a dívida privada foi transferida para todos os chilenos.

A TABELA 1 mostra os valores da dívida e do crescimento que experimentou entre 1977 e 1983. A dívida pública ou privada é gravada separadamente e oficialmente garantido dívida privada; Além disso, este último que se diferenciou foram créditos financeiros contraídos. Não devemos esquecer todas as garantias dadas pelo governo chileno para que tal processo ocorresse. Incluindo a manutenção da taxa de câmbio a partir de junho 1979 como no mesmo mês do ano de 1982, foram particularmente importantes.3

Em relação às causas de endividamento da América Latina, há produções acadêmicas consideráveis onde o tema tem sido amplamente discutido.4 Distinguir as causas das enormes dívidas de países latino-americanos parece importante para refletir o fato de que os mecanismos que operam na acumulação de dívidas, posteriormente, condicionou a crise que aconteceu. Como um exemplo, a capital que entrou na América Latina, principalmente superávits financeiros dos bancos transnacionais e, portanto, o seu movimento operaram sob as regras do capital financeiro essencialmente especulativa. O que está claro é que, com poucas exceções, a dívida não contribuiu para o financiamento do desenvolvimento.

TABELA 1
Chile: Dívida Externa (em bilhões de US$)
1977197819791980198119821983
A dívida pública ou com garantia pública3,54.44.84.74.44.14.3
Corporates1.4213. 4610,813,714,4
Créditos importar fornecedores de crédito. bens PAC. crédito financeiro1.21.93.15.49.512,311,9
A dívida externa total4.96.58.210,715,217,818,7
Fonte: Banco Central do Chile. 


Considere a dívida externa tradicional, ou seja, a dívida da dívida do setor público com o FMI, a dívida do sector privado direto, créditos financeiros para o setor privado (Lei de câmbios, art: 14, 15 e 16) e as linhas de Curto Prazo do sistema monetário.

Há consenso mencionados como causas da dívida externa do terceiro mundo, pelo menos o seguinte:

a) A lacuna causada pela deterioração dos termos de troca.

b) A recessão econômica do capitalismo industrial e da ascensão do protecionismo e

c) de liquidez causada pela subida do preço do petróleo, os petrodólares que moveram uma massa colossal de capital para corporações financeiras transnacionais.

Estas condições foram criadas no âmbito da economia do capitalismo mundial não teria sido suficiente, na ausência de história nacional, no caso do Chile entre 1977 e 1982 permitiu o crescimento da dívida externa a uma taxa anual de 26 por cento. Na manutenção da taxa de câmbio nominal, o que resultou em uma queda na taxa de câmbio real acima mencionado, você deve adicionar:

1. A alteração da Lei Cambial, que forneceu livre entrada de capital por empresas e indivíduos.

2 desenvolvimento e privatização do sistema financeiro nacional.5

3. A determinação da taxa de juros pelo sistema bancário privado. Que já tinha um monopólio distintamente.6

4. Abertura violenta e indiscriminada da economia chilena ao comércio internacional.7

O destino de recursos externos foi basicamente a importação de bens de consumo de luxo para os setores ricos e especulação financeira. Não houve praticamente nenhum aumento do investimento produtivo no período. As taxas de investimentos que eram muito deprimidos, não mostrou nenhum sinal de recuperação (ver TABELA 2). Esta tendência explica por que a poupança externa substituiu a poupança interna.8


                    TABELA 2
Formação bruta de capital fixo em% do PCB
197020,4197814,5
197118,3197915,6
197214,8198017,8
197314,7198118,1
197417,4198214,0
197515,4198312.1
197612,7198412,5
197713,3

Fonte: Banco Central do Chile, Relatório Anual de 1984.


Não existem estatísticas precisas, mas estima-se que entre 1978 e 1984 deixaram o país cerca de 8 bilhões de dólares ilegalmente. Orlando Caputo observa que "grande parte da dívida latino-americana é explicada pela fuga de capitais".9 Nos Estados Unidos, a imprensa especializada diz que o surgimento da crise e da dívida, é pela fuga de capitais e também pelo aumento das taxas de juros e outras condições financeiras.10

Isso deve ser levado em conta na elaboração da crise da dívida a partir de uma perspectiva democrática e nacional, porque então será uma tarefa prioritária para determinar o montante da dívida real e estabelecer o que era pagar adequada e justa.

A política econômica dos "Chicago Boys" tornou possível para emprestar a grupos econômicos ilimitados para especularem no mercado interno, transferindo recursos de capital produtivo para o capital financeiro através de altas taxas de juros cobradas, e mais tarde para fora do país em operações enormes somas de dinheiro fraudulentas. Isto levou à falência de muitas indústrias e empresas, que por sua vez se arrastavam numa crise de todo o sistema financeiro nacional. A enorme dívida externa, a falência do sistema financeiro criolo e enfraquecendo a base industrial já magro são heranças que deixaram ao Chile um conluio de monopólio dos economistas de Chicago.

II. Os lucros são privados e perdas são socializadas


Um dos princípais ideias defendidas pelos sucessivos ministros da indústria, elevados a um dogma de fé, foi a de que o Estado não deve intervir no mercado livre. Atividades econômicas devem desenvolver em sintonia com o princípio da subsidiariedade do Estado. O mercado seria responsável pelos recursos através do sistema de preços, em punir ou gratificar os operadores, pelos resultados que eles fossem capazes de obter. Na verdade, argumentou-se no momento re-privatizar o banco, devolvendo terras agrícolas nas mãos do Estado a seus antigos donos e liberalizar a entrada de capital estrangeiro. Todos os inquéritos sobre o enorme concentração de poder econômico que ocorreu no Chile desde precisamente mencionar essas regras e medidas como a sua causa raiz. Fortunas enormes foram acumuladas, enquanto quase um terço da força de trabalho foi empurrada para o desemprego (ver TABELA 3) e diminuição dos salários reais dos trabalhadores.11


TABELA 3
Taxa de desemprego nacional
197019711975197619771978197919801981198219831984
5,73.116,419,918,617,917,717,316,326,934,225,5
Nota: Considerado como desempregados do PEM e POJH.12 Fonte: Ministério das Finanças. INI Departamento de Economia da Universidade do Chile.


Em 1981, o então ministro Sergio de Castro informou ao país o estado das finanças públicas nos seguintes termos: "O ano de 1981 começou com base em uma economia saudável e vibrante que consolida cada vez mais os frutos do trabalho realizado entre 1973 e 1980"13. Mais tarde, ele reafirmou que "... o Chile tornou-se uma das economias mais saudáveis, fortes e vibrantes que podem ser encontrados no mundo"14. Em meados de 1982 veio o colapso da indústria CRAV, saiu Castro das Finanças e o peso foi desvalorizado depois de três anos para manter uma taxa de câmbio a $ 39 por dólar. Em maio desse ano foram dois bancos intervidos pelas autoridades. Que se seguiu final do ano uma série de medidas relacionadas com a taxa de câmbio e em janeiro de 1983, além da liquidação de dois bancos e uma financeira, o resto do sistema financeiro envolvido. Como um todo, o sistema financeiro estava naquele momento realizando empréstimos de três e meia o seu capital e reservas, e uma grande parte eram devedores duvidosos. Isso é quando o governo transferiu para bancos em falência técnica, recursos até à data, totalizando mais de 3 bilhões de  dólares. O mesmo foi feito com os grupos empresariais e empresas endividadas no exterior por meio de dólar preferencial (estima-se que esta transferência significou até agora cerca de 2 bilhões de dólares para o Estado)15. Assim, enquando o setor privado fez grandes lucros, o Estado ficou de lado, mas quando correspondeu ter perdas, ele interveio traspassando a todos os chilenos.

O mercado financeiro internacional refletiu a crise aguda experimentado o capitalismo. Um aumento significativo nas taxas de juros e um aperto dos fluxos monetários para os países do terceiro mundo identificada crise na balança de pagamentos da maioria dos países latino-americanos. Lembre-se que a maior parte da dívida externa do Chile foi contratado entre 1978 e 1981, a preços flexíveis e com prazo de 5-8 anos de idade, muito típico de movimentos especulativos de capital dinheiro. A ditadura foi, assim, forçada a renegociar com seus credores com vencimento da dívida externa e da assinatura de acordos com o FMI. Estes acordos de refinanciamento de compromissos bancos transnacionais, os ministros de Pinochet garantiram o apoio do governo chileno para garantir aos monopólios contratados a dívida que setor privado teve. E como eles não poderiam pagar, o governo prometeu pagar por eles assinaturas de acordos e cláusulas que feriram de forma séria a soberania do Chile.16 Neste caso, também optou-se pela solidariedade ​​pelas dívidas da oligarquia de ajuda financeira criola a todo o povo do Chile. Mais uma vez, os lucros foram privatizados e os custos e perdas foram transferidos para todos os chilenos com a cumplicidade do Estado chileno.

III. A dívida externa do Chile é impagável

Várias obras de economistas e especialistas na área mostraram a impossibilidade técnica de pagar a dívida externa chilena.17 Esta conclusão também atingiu muitos banqueiros estrangeiros e até mesmo funcionários da administração Reagan. Um exemplo disto foi a proposta de tornar secretário do Tesouro americano James Baker em Seul, em Outubro de 1985. Há, na reunião de governadores do Banco Mundial e do FMI, Baker mostrou de pronto o que foi chamado de "Programa de Crescimento Sustentado", a proposta de aumento de empréstimos do Banco Mundial para os principais países devedores. No entanto, os ministros de Pinochet e da indústria se comprometeram a pagar a dívida de monopólios, mesmo ao custo de condenar o povo chileno a miséria.

Na TABELA 4 aparecem as projeções oficiais para 1985 e 1986, a conta corrente do balanço de pagamentos. Até o ano de 1985, o superávit comercial foi superestimada em pouco mais de 100 bilhões.18 Para 1986, os resultados preliminares dos quais sugerindo que o superávit comercial não excederá 1,15 bilhão. Isto significaria que o déficit em conta corrente foram ainda maiores do que os indicados.

     TABELA 4
Projeções da Balança de Pagamentos 1985 1986 (milhões de US $)
19851986
Exportações39494529
(Cobre)(1738)(1974)
(Descansar)(2211)(2555)
Importações29143211
Balança comercial10351319
Serviços financeiros20582222
Serviços não financeiros-458-457
Transferências unilaterais100100
Déficit em conta corrente13811250

Estes déficit em conta corrente deve ser acrescentado correspondente a depreciação anualmente. Em 1985, foi para a amortização de 2.293 bilhões dólares americanos e, em 1986, 2.846.000 antes da renegociação anunciado em junho de 1985. Ou seja, antes da renegociação. Recursos externos Chile necessário para 3.674 e 4.176 bilhões em 1985 e 1986 respectivamente. O Banco Central também tinha projectado reembolsos até 1990. Estes números indicam que entre 1987 e 1990 deve ser amortizado 11.068.000 bilhões de dólares, independentemente da participação. A renegociação que levou o ministro Hernan Buchi permite o equilíbrio das contas externas no curto prazo, ficando basicamente diferimento reembolsos e novos empréstimos financiados através das lacunas causadas por pagamentos de juros. Esta dinâmica continuaria a pedir dinheiro emprestado para pagar juros continuaria por muitos anos, com o agravante de que os novos empréstimos não são para aumentar a capacidade produtiva do país, mas para ajustar as contas externas. Note-se que muitos dos novos empréstimos obtidos são nada mais do que anos financeiros e contábeis, uma vez que nem um daqueles dólares vão para os cofres do Banco Central.

Esta é a realidade do Chile, como a maioria dos países latino-americanos. Eles devem ajustar suas economias para pagar dívidas em que incorreram a burguesia e da oligarquia em seus respectivos países, uma situação que leva a aprofundar a dependência do capital transnacional. Apenas sucesso renegociações é adiar o problema, aumente comissões, raramente uma queda na Spread carregada e aumentar significativamente o volume da dívida externa. Claro que não é o caminho. A gravidade da situação, a abordagem oficial não reconhece, requer uma solução diferente, a avaliar uma a uma as premissas sobre as quais tem vindo a levantar a questão, e, claro, o reconhecimento de que a dívida externa lisa e simplesmente não pode ser paga.

IV. O Câncer da dívida deve ser removido

Os números são categóricos. Não admitindo lugar para equívocos: pagar a dívida e os juros que impõe condena Chile para prestar uma homenagem aos bancos transnacionais que a estrutura econômica nacional frágil não suporta. Para fazer isso, os chilenos terão de continuar a pedir emprestado e cada vez pior. Eles vão ter que parar de comer, muitos daqueles que hoje ainda podem fazer algo para continuar a pagar juros. Cademartori e Palma19 mostram que em quase 50 anos o Chile teria de pagar cerca de 177 bilhões sendo incapaz de pagar um único centavo para a dívida original. Esse é o mecanismo que foi submetido aos chilenos nas renegociações e acordos pelos banqueiros e seu protetor, o FMI. Certamente, essas contas surpreendentes provocariam inveja ao próprio rei Midas.

Os acordos assinados pela ditadura e o FMI e os acordos de reescalonamento da dívida com bancos credores definiram uma política econômica que, na essência inclui:

1. desvalorizações periódicas, a fim de manter uma alta taxa de câmbio real.

2. A eliminação dos aumentos salariais no setor público e a não interferência nas negociações do setor privado.

3. Eliminação gradual do déficit do setor público não-financeiro, para chegar a 1987 com um orçamento equilibrado.

4. Reduzir o déficit em conta corrente de 10,5% do PGB em 1984 e em 4,5 para 1987. Isto é afirmado no acordo, é necessário manter uma mudança de política realista e flexível e tarifas baixas e uniformemente.

5. Reduzir a inflação chegar a 1987 com uma taxa anual de 15%, através de uma "política monetária de estabilização." Limites à variação do crédito interno e da eliminação de linhas de crédito seletivas também são definidas.

6. Manutenção de estoques que existiam no final de 1983.

É evidente que estas restrições da política econômica são claras recessivo. Eles definem o que são chamadas, no jargão fundo monetarista, programas macroeconômicos de "austeridade" ou "ajustes recessivos". Mas a austeridade é para as pessoas e a recessão vividos por massas de desempregados e os trabalhadores assalariados.20 Para reduzir o déficit do setor público, por exemplo, significou baixar responsabilidades com pensões (que, em um contexto de inflação meios progressivamente diminuir), obrigando os hospitais de auto-financiamento e centros de saúde e os orçamentos de corte de escolas e universidades.

O Chile é obrigado a pagar toda a dívida que contraiu com os clãs econômicos que antes mesmo tinham assumido o aparelho econômico, obtendo enorme riqueza. Para isso, o governo chileno concedeu o apoio público à dívida privada, assumindo por meios diretos ou indiretos os pagamentos. Então ministros de Pinochet e seus capangas se ajoelharam diante de seus pais, o imperialismo e as classes dominantes locais, traindo os interesses do Chile e seu povo.

Na verdade, o interesse do Chile requer este verdadeiro câncer que significa que a dívida seja liquidada com a responsabilidade que a situação exige. O futuro governo democrático para substituir a ditadura do general Pinochet deve primeiro declarar nulos os acordos de reescalonamento e (incluindo garantias governamentais para a dívida privada) com os bancos credores e o FMI. Em seguida, eles devem rever as obrigações do Estado com cuidado e descartar aqueles decorrentes da compra de armas e materiais de repressão contra a população. Ele também deve aproveitar os ativos dos grupos econômicos para recuperar as transferências substanciais ao longo dos anos fez-lhes o estado fascista. Mesmo assim, você não será capaz de continuar a servir a dívida e, simultaneamente, implementar um verdadeiro programa de recuperação econômica. Portanto, acreditamos que o futuro democrático Chile vai decretar uma moratória mundial sobre a dívida externa, organização e negociação com os credores no prazo que atinge as condições para retomar o pagamento. Chile deve procurar a cooperação com outros países da região, a fim de alcançar condições mais vantajosas e evitar centros financeiros com suas represálias. Deve prevalecer generalizada de que os custos da crise deve ser compartilhada entre o devedor e o critério do credor. Assim como juros e amortização ligação às possibilidades de acumulação e da capacidade de exportação da economia nacional. Este é, em última instância para negociar de forma independente e de uma posição de força para as melhores condições possíveis que permitam dar prioridade exigindo problemas agudos da economia nacional.

V. Notas finais

O regime de Pinochet, que tem sido apoiado pelas forças armadas chilenas, levou o país à ruína financeira e condenou centenas de milhares de chilenos à pobreza extrema. Mas ele cometeu na nossa opinião um crime maior: ele entregou a soberania do Chile aos banqueiros internacionais e do Fundo Monetário Internacional para administrar o país como um negócio, extraindo tudo o que puder dele, mesmo à custa da dignidade e a vida de seus habitantes.

O Chile precisa de um novo governo. A política do ministro Buchi é ainda mais reacionário do que o personagem de gabinete Escobar-Jarpa. Isto é destinado a melhorar a capital financeiro nacional e transnacional, exacerbando as contradições do regime de Pinochet com o povo. Os salários reais continuam a cair, os mutuários de hipotecas não têm nenhuma solução para o problema vital, -a taxa de desemprego, apesar de há números oficiais para baixo, as estatais seguir o caminho da privatização e da saúde e da educação continuar o seu declínio dramático. Mesmo a melhoria conjuntural no cenário internacional (baixas taxas de juros, a queda dos preços do petróleo, a estabilização dos preços do cobre e dólar fraco) permitem alívio para ser uma maioria sobrecarregado pela crise. Porque, assim como o ex-ministro Sergio Bitar disse: "O dilema é saber se esses recursos são usados ​​para pagar a dívida, importação idiota, a fuga de capitais ou aquisição de armas, caso em que são inúteis, ou são canalizados para o investimento social, habitação para os mais necessitados, melhorar salários, vencimentos e pensões e entrega de crédito para os setores produtivos, o que obviamente irá resultar em crescimento"21. A venda de bancos internacionais e Concessão e a transferência das Administradoras de Fundos de Pensões (AFP) mais importantes capitais estrangeiros são sinais claros de o caminho escolhido pelo Ministro Buchi: austeridade para o povo e garantias para os banqueiros e do capital estrangeiro .

Em qualquer caso, o saldo atual é precária. Parte do princípio de que o sistema é capaz de conter e acabar com as demandas causadas pela grande dívida interna, a enorme massa de desempregados, trabalhadores por melhores salários reais e da defesa das empresas estatais, estudantes com mensalidades mais baratas e profissionais para as suas más condições de trabalho. Esse é o calcanhar de Aquiles, o flanco mais fraco da subjugação política do povo. A mobilização social conjunta, coordenada e simultânea em defesa das aspirações legítimas do povo pode derrotar esta política e o sistema que o suporta.

O problema da dívida externa continua a ser a contradição principal que determina o regime de reprodução do regime, mas esta contradição manifesta-se mais especificamente internamente. O desemprego foi condenado a quase um milhão de trabalhadores chilenos, a enorme massa de devedores de hipotecas, pequenos comerciantes e empresários arruinados, aposentados empobrecidos pela política econômica de Pinochet exigem solução séria para seus problemas. Tal solução é objetivamente ligada com a necessidade de uma moratória mundial sobre a dívida externa. Para todo o ônus do ajuste que significa pagar os juros e principal da dívida recai sobre os chilenos hoje, especialmente nos setores mais pobres. A moratória global suportada por cada vez mais amplos setores é, portanto, uma demanda concreta que atrai o apoio da maioria esmagadora nacional.

Notas:

Claudio Pérsico é um economista. Ele vive em Santiago

1. Antecedentes Em Banco Central do Chile, citado pelo suplemento "Economia" revista a No. 12 APSI. Julho de 1986. A queda de números do Produto Interno Bruto per capita são ainda mais alarmantes. De acordo com Patricio Meller, o PIB per capita caiu de 14,3% desde 1981, ou seja, média anual superior a 2,7. Revista de notícias CIEPLAN No. 2, Dezembro de 1985.

2. O regime de Pinochet recebeu felicitações dos representantes do governo e do FMI Reagan repetidamente. O próprio FMI em abril de 1985 enviou um telegrama de felicitações ao governo chileno "por seu comportamento exemplar." O subsecretário do Tesouro dos EUA, David Muldorf, falando no encontro anual da Associação de Bancos do Comércio Internacional, fez a ditadura de Pinochet como um exemplo para outras nações endividadas. Mesmo o Plano Baker foi implementado no Chile, em antecipação ao anúncio em Seul pelo secretário do Tesouro dos EUA.

3. Essa fixação da taxa de câmbio nominal era altamente rentável para os bancos a emprestar na taxa de juros internacional (10 ou 12%), entrando em grandes quantidades de moeda estrangeira, e colocá-los no mercado nacional com taxas reais de até 50 por cento ao ano (em 1976 a taxa de colocação atingiu 51,2% em 1981 e 38,8% em 1982 para 35,1%. Coleção "Estudos CIEPLAN" No. 18, as estatísticas de síntese). Além disso, essa mudança favoreceu a fixação importação indiscriminada de bens produzidos no país. com consequente prejuízo para a indústria nacional (ver CEPAL, Estudo Econômico da América Latina e do Caribe, 1983. Tabela No. 20, p. 298, sobre a composição das importações).

4. Ver revista New Society, 68 e 69 de 1983, especialmente dedicado ao assunto. Além disso, a obra publicada pela CEPAL, especialmente relatórios sobre renegociação da dívida externa e do progresso.

5. Ver o artigo de Hugo Fazio "Os mercados de capitais e concentração financeira" em Araucária Revista No. 5, 1979, pp. 43-68.

6. Hugo Fazio. Op. Cit .. p. 53.

7. A partir do segundo semestre de 1977, as tarifas foram fixadas em 10% para a maioria dos produtos, crescimento de Chile, em seguida, uma das estruturas tarifárias mais baixas do mundo. Posteriormente, a entrada e saída de capital foi liberado, assim que a liberalização comercial e financeira era quase absoluta.

8. De acordo com o Escritório Nacional, Escritório de Planejamento, Planejamento para o período 1977-1981 poupança externa substituído 38% da poupança nacional. ODEPLAN "Target Capital Renda", de março de 1983.

9. Orlando Caputo Leiva: "moratória da dívida externa e na América Latina" em Araucária Revista nº 30, 1985, pp. 47-61.

10. Referido Caputo. Op. Cit., P 51.

11. A taxa real de salários e vencimentos em 1970 assume um valor de 100, alcançado em 1971 para 122,7, alcançando 62,9 em 1975 e ainda não chegar a atingir o valor de 1970. Em 1984, atingiu 87 1 e no 1.985-80,2. (Fonte: INE).

12. O PEM (Programa Mínimo de Emprego) e POJH (Programa de Emprego para chefes de família) são programas de governo que empregam empregos não produtivos e meio dias para desempregados com salários que não ultrapassam US$ 25 em média mês. No final de 1985 estes dois programas emprega 295 555 trabalhadores em uma força de trabalho de 3.648.827 pessoas. Assim, as estatísticas mostram uma taxa de desemprego subestima pelo menos 8,1% de desemprego eficaz. (Coleção de "Estudos CIEPLAN", No. 18 Estatísticas resumidas. Tabelas 5 e 6.)

13. Boletim do Banco Central do Chile, em agosto de 1981.

14. Boletim do Banco Central do Chile, em agosto de 1981.

15. As estimativas de SOFOFA, transferência ascende a 2.200 bilhões de dólares e Valparaiso Business School coloca a 2.500 bilhões. O subsídio dólar entrou em vigor em agosto de 1982, quando foi desvalorizado e, em seguida, o mercado de câmbio foi liberalizado. Inicialmente, ele começou como um 23% do valor do dólar e terminou oficialmente em Junho de 1985 de 40%.

16. Veja os acordos assinados entre o regime de Pinochet e da comissão de doze bancos credores para renegociar assinado em 1983. Nos termos desse acordo. Chile submetido aos tribunais do Estado de Nova York e toda a sua propriedade ser apreendidos excepto navios de guerra e as sedes das representações diplomáticas. É ilustrativo de submissão e servilismo que foi alcançado em que a renegociação ler as cláusulas assinadas pelos representantes da ditadura.

17. Veja os documentos publicados na Área Instituto Chile Economia Alejandro Lipschutz Ciência, ICAL, sobre a questão. Para uma análise quantitativa do problema, lido em Araucária No. 34 de 1986, a obra de José Patricio Palma Cademartori e "O impagável dívida externa do Chile", p. 17-32. Em relação à dívida externa da América Latina, ver as entrevistas de imprensa e documentos escritos por Fidel Castro desde 1982, que tem mantido a necessidade de uma moratória geral ou o cancelamento da dívida externa dos países em desenvolvimento. Para uma base de uma proposta concreta de moratória global, concertada e negociou, em Araucária ver No. 30 de 1985, o artigo de Orlando Caputo citados acima.

18. Os dados preliminares colocar o superávit comercial em 1985 em pouco mais de $ 900 milhões.

19. Op. cit., p. 27.

20. De acordo com El Mercurio de Santiago, mensal suplemento "Economia e Negócios" No. 6, Junho de 1985; mais de 60 por cento dos empregados recebem renda bruta inferior a 110 dólares (após descontos que se torna $ 87). Tenha em mente que este valor é claramente volumosos, porque se trata de um universo de trabalhadores listados na segurança social e cujas empresas declarar e pagar as contribuições. É seguro supor que, entre aqueles que trabalham sem contrato ou cujas empresas não cumpram as disposições relativas à segurança social, a situação é ainda pior do que o informado pelo porta-voz dos clãs econômicos. O salário mínimo bruto, que foi recentemente redesenhada, equivale a pouco menos de $ 50.


21. jornal Fortin Mapocho, No. 353, p. 06 de março 17., 1986


Editado eletronicamente por C.D.Blest em 30/maio/2003


Fonte: www.blest.eu


sexta-feira, 24 de abril de 2015

FOX COMEÇA A TIRAR EXCLUSIVIDADE DA GLOBO NO FUTEBOL

Gravura de Richard Hodge


Fox acaba com a farra da Rede Globo no futebol Brasileiro, a batalha nos bastidores está começando e agora é pra valer!
Edu Zebini quando trabalhava no Departamento de Esportes da Record, foi quem conquistou direitos de transmissão das Olimpíadas, Jogos Pan-americanos e da Champions League, deixando a Globo na poeira, foi com a cara e a coragem e falou com as pessoas certas, quando a Globo percebeu já tinha levado a bola no meio das pernas… hoje está na Fox, e é quem traça a estratégia da emissora para enfrentar e desbancar a ‘toda poderosa’.

A Fox transmitiu com exclusividade o jogo do Corinthians na Libertadores, às 20h, bem diferente da Globo que insiste em marcar para às 22h, pouco se importando com o torcedor e sua logística.

Tudo estava muito tranquilo para a TV Globo e os canais Sportv até 2011. Desde 1995 no mercado Latino, a empresa do bilionário Australiano Rupert Murdoch, não incomodava, conseguiram comprar os direitos de transmissão dos principais torneios das Américas e do mundo, foi assim que atropelou a Globo e se tornou ‘dona’ da Libertadores e da Sul-Americana, em 2011.

Resolveu impor os seus direitos que agora possui da transmissão dos jogos, na confecção da tabela exigiu, exclusividade em dois jogos do Corinthians, com isso a Globo foi surpreendida, pois, assim como o Flamengo, são os principais carros chefes da emissora nas transmissões do futebol. A ideia é mostrar sempre que possível, as partidas dos dois, sem a concorrência da até então “toda poderosa”.

“A televisão é hoje o principal faturamento, sem o qual os clubes não sobrevivem” é quem dá publicidade e transmite os jogos (se referindo a TV Globo). “Corinthians e Flamengo são times. O resto é merrrrrda”!
As revelações da paixão Global por Corinthians e Flamengo foi divulgada ano passado pelo então vice-presidente do Grêmio, Nestor Hein.

“Estou dando essa entrevista porque tô saindo do Grêmio, se fosse continuar como dirigente do clube, provavelmente não levaria a público tais declarações.” Causando ainda mais polêmica, sem nenhum constrangimento, antes de sua saída.

A Globo ainda tentou se proteger da exigência de exclusividade da agora, sua principal concorrente, tentando colocar também os canais Sportv junto com a Fox Sports nas partidas do Corinthians, não conseguiu, seu Depto. Jurídico teve que admitir e aceitar a derrota da emissora.
Foi assim que Danúbio x Corinthians e Corinthians x San Lorenzo deixaram a quarta-feira, dia reservado às transmissões da Globo e passaram para terça-feira, dia 17 deste mês e para a quinta-feira, 16 de abril.

A expectativa foi grande em relação ao jogo do Corinthians, no Uruguai, a Fox Sports comemorou o êxito, o resultado foi marcante e expressivo, de acordo com o Ibope, foram 7,03 pontos. Entre as ‘tevês’ a cabo ficou em primeiro disparado das 20 às 22 horas, entre as abertas, só ficou atrás da Globo, passou todas as outras, suas imagens chegaram a 1,6 milhão de residências no País, no público A e B, fatia mais disputada pelo mercado publicitário, ficou encostada na Globo, tendo a segunda maior audiência do ano entre todos os canais a cabo, muito mais que os números dos jogos da ‘Champions League’ que no mesmo dia, à tarde, Atlético de Madrid eliminou o Bayer Leverkusen nas oitavas, a transmissão não chegou à metade da audiência do Corinthians.

Em 2015, a partida mostrada pela Fox Sports só ficou atrás do filme Capitão América 2, o Soldado Invernal, mostrado pelo Telecine, isso porque o canal estava em promoção com sinal aberto a todos assinantes, mesmo os que não pagam especificamente para assisti-lo, resultado histórico e muito comemorado.

A Fox Sports promete repetir a dose, usar o Corinthians x San Lorenzo, no Itaquerão, a Globo desejava também mostrar essa partida, não queria Danúbio x São Paulo, no dia anterior, dia 14 de abril, não conseguiu, tendo que se contentar com mais essa vitória da Fox.

A Globo sentiu o baque, não esperava por essa, mas, por enquanto estão aliviados! Pois nesse ano, não há possibilidade de nenhuma partida do Corinthians nos ‘mata-matas’ ter a exclusividade da concorrente o que não é garantido para o próximo ano.

A Fox gostou da experiência, e caso o Corinthians se classifique para a Libertadores de 2016, a situação para a Globo pode até piorar, se a dona dos direitos de transmissão exigirem exclusividade do Corinthians, inclusive nos mata-matas, não haverá o que fazer.

Com o respaldo de centenas de milhões de dólares, a postura da Fox Sports é bem diferente, por exemplo, da Bandeirantes que aceita as imposições e mostra os jogos que a Globo permite, pois paga entre 10% e 20% do que a Globo banca, com isso fica sem direito a exigir nada.

Até a programação diária da nova concorrente tem atrapalhado a emissora, o programa de debates ‘Fox Sports Radio’ forçou o fim do ‘Arena’, depois de 12 anos, o Sportv criou o ‘Seleção’, antecipando seu espaço de conversas sobre futebol também para as 13 horas, assim como o rival. Mas apesar disso perdeu a disputa na estreia. A Fox teve 0,22 de audiência, contra o Bate Bola da ESPN Brasil, que teve 0,17, e o ‘Seleção’, ficou com 0,10.

Revoltada com o tradicional domínio “caseiro” sobre o Corinthians, a Globo reagiu como pôde, sacrificando o time, não aceitando a antecipação do jogo contra o Capivariano, tendo que jogar no domingo, porque a partida tinha transmissão da emissora, assim, o time fará quatro partidas em oito dias: Capivariano, Portuguesa, Penapolense (quinta, 26) e Bragantino (domingo, 29), maratona absurda que pode prejudicar o clube, na Libertadores (Lembrando que a FPF forçou a inscrição de apenas 28 atletas para que nenhuma equipe escalasse só ‘reservas’ para seus jogos).

A “Toda Poderosa” sentiu o golpe, e mais do que honra, é dinheiro que está em jogo: Ambev, Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo e Volkswagen juntas representam R$ 1,3 bilhão pelo futebol da emissora. Além da audiência, a Fox Sports está de olho no capital que o principal esporte do país atrai.
A guerra entre Fox Sport e Globo mal começou, pela primeira vez, a emissora que tem o monopólio do futebol neste país desde a Ditadura Militar tem concorrência de “verdade”.

Fonte: intervalodoesporte.com.br

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Algumas lições da crise petrolífera

Por Wladmir Coelho 


Foto: Revista Fórum



"A principal tarefa do setor petrolífero dos Estados Unidos consiste em reduzir os custos da produção para manter a sua posição de liderança no mundo". Alan Greenspan



Política de preços: A origem geopolítica

A queda no preço do petróleo apresenta em suas origens – veja que não afirmo como única causa – a política de segurança energética dos Estados Unidos. Esta política tem em seu fundamento a independência do país em relação ao petróleo importado do Oriente Médio.


Os EUA abandonaram os príncipes da Arábia?

Ao contrário. Este corte nos valores do petróleo não parece preocupar muito os príncipes proprietários da ARAMCO que participam alegremente, vejam o exemplo da refinaria Motiva Port Arthur, dos investimentos necessários à concretização da política de segurança energética dos EUA.

A refinaria Motiva Port Arthur é a maior e a mais moderna dos Estados Unidos está apta para refinar, inclusive, o óleo de xisto e metade desta empresa pertence aos príncipes.

O envolvimento da nobreza árabe em negócios nos Estados Unidos é amplamente conhecida e inclui a participação da oligarquia dos Bush e a família real "proprietária" do petróleo árabe.

Recordando: Durante o fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos em decorrência dos ataques de 11 de setembro somente um avião comercial recebeu autorização para decolar. Esta aeronave transportava dezenas de príncipes e princesas em direção aos seus respectivos palácios. Oligarquia e monarquia tudo a ver.


A segurança energética dos EUA inclui todo o continente americano

A política de segurança energética dos Estados Unidos não encontra limites territoriais. Vejamos:

a) No Canadá a produção de areia betuminosa foi dirigida para atender este objetivo embora desorganize a economia canadense atualmente voltada para a exportação de óleo aos EUA;

b) O governo mexicano, apesar da oposição popular, avança em seu intuito de privatizar a PEMEX garantindo novas áreas produtivas aos interesses de segurança e mercadológico dos EUA;

c) O controle das Ilhas Malvinas também surge como obstáculo à plena execução do projeto de segurança dos EUA. Um governo nacionalista não convém quando o assunto é petróleo.

d) A Venezuela, importante fornecedor dos Estados Unidos, enfrenta problemas para manter a política econômica do petróleo independente. Ao dirigir os recursos decorrentes da exploração ao projeto nacional de desenvolvimento.

A opção evidente dos Estados Unidos é promover a derrubada do presidente Maduro. Fato inédito na história?

Neste ponto precisamos observar que: O governo da Venezuela representa um entrave ao projeto de lucro máximo, mesmo com preços reduzidos, considerando as limitações decorrentes do controle estatal da produção petrolífera.

Nos Estados Unidos os petroleiros estão em greve por aumento de salários e garantias sociais. Este fato não ocorria há 30 anos e mostra o aumento na exploração da mão de obra. O menor preço compensado com maior exploração. A Venezuela representa sim uma barreira ao modelo econômico voltado aos interesses das oligarquias dos Estados Unidos.

Quanto ao aumento da exploração da mão de obra vejam a declaração do ex-diretor da Reserva Federal dos EUA Alan Greenspan: "A principal tarefa do setor petrolífero dos Estados Unidos consiste em reduzir os custos da produção para manter a sua posição de liderança no mundo".


A Petrobras na mira

Alguém ainda considera coincidência a campanha contra a Petrobras? Basta uma simples consulta aos grandes jornais para notar a movimentação descarada dos interessados em privatizar a empresa nacional. Perderam totalmente o pudor e assumem a condição de entreguistas oferecendo o patrimônio do povo brasileiro ao deus mercado.

Os jornais brasileiros apresentam a Petrobras como empresa falida ocultando a crise e números negativos das demais petrolíferas. Neste ponto o leitor pergunta: Está bem prof. Wladmir Coelho; Se todas as empresas encontram-se em dificuldades financeiras quem vai comprar a Petrobras?

Respondo: A política de segurança energética dos Estados Unidos apresenta como elemento executor as empresas privadas de petróleo. O Estado atua como entidade em condições de garantir as estratégias de concentração de mercado apoiando a empresa em melhor condição de controlar as demais. Esta operação é simples e funciona através de fórmulas como acordos comerciais, subsídios, empréstimos financeiros em condições especiais e redução dos encargos trabalhistas. Existindo qualquer entrave para execução destas medidas entra em cena o canhão.

Nenhuma relação com práticas de mercado como andam escrevendo, tentando confundir o povo, nos jornais do Brasil.

Recentemente um grande jornal dos Estados Unidos anunciou que a Exxon seria a empresa ideal para iniciar o processo de aprofundamento da concentração no setor petrolífero.

Vejam bem: A EXXON apresentou queda nos valores de suas ações, anunciou cortes elevados de investimentos, fechou projetos e jornal nenhum do mundo cobrou a troca da direção por nomes mais "identificados com o mercado". Ao contrário: Os executivos das grandes petroleiras reuniram-se e elegeram o presidente da empresa o melhor administrador do ano de 2014.


O retorno da múmia ou a Segurança Continental do general Távora

Nos anos de 1950 o general Juarez Távora defendia a mesma política ora desenvolvida pelos Estados Unidos. Acompanhado de entreguistas, fardados e civis, viajou o país afirmando o seguinte: O Brasil deve manter a propriedade do bem mineral, mas a exploração econômica deve ficar a cargo das empresas dos Estados Unidos. A alegação para fundamentar esta opinião era a Segurança Continental.

A doutrina defendida pelo general Távora entendia que os Estados Unidos, ao controlar a produção, teriam garantido o acesso ao combustível necessário a proteção e defesa do continente. Naquela época a ameaça de plantão eram os soviéticos.


O povo brasileiro não aceitou esta balela e foi às ruas exigir a criação de uma empresa nacional para garantir a auto-suficiência. 60 anos passaram-se e continuam os ataques contra a vontade popular.

Fonte: www.diarioliberdade.org

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pare "monsantodimencionamento" de alimentos, sementes e animais. Alerta global dos "Não Patentes Sobre As Sementes"! Aliança.




Organizações de agricultores de todo o mundo, criadores, instituições das Nações Unidas, bem como organizações de desenvolvimento e ambientais têm levantado várias vezes maiores preocupações sobre a crescente monopolização de sementes e animais de fazenda via patentes ao longo dos últimos anos. A perda de independência e aumento do endividamento dos agricultores, a redução da diversidade vegetal e animal e as restrições cada vez maiores para as atividades de criação e pesquisa representam alguns dos impactos mais preocupantes desta tendência. Mas, apesar dessas experiências alarmantes até agora as medidas legais não estão à vista para parar esta tendência. Ao contrário, um estudo recente de pedidos apresentados na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), mostra que as grandes corporações internacionais de sementes ainda tentam empurrar com suas reivindicações de monopólio, sem se preocupar com as consequências para a segurança alimentar mundial e os meios de subsistência de agricultores de todo o mundo. Isso está se tornando evidente pela análise dos pedidos de patentes recentes pelas três maiores empresas globais de sementes, a Monsanto, Dupont (EUA) e Syngenta (Suíça).

Os abaixo assinados individuais, organizacionais e institucionais fazem apelo aos governos e escritórios de patentes para impedir esse desenvolvimento preocupante e revisar os regulamentos de patentes existentes. Os regulamentos de patentes na UE, nos EUA e em muitos outros países, bem como o "Acordo TRIPS" da OMC, precisam urgentemente de serem revistos, a fim de impedir a monopolização e controle corporativo dos recursos genéticos do mundo. Esta avaliação deve levar a uma regulamentação que garanta o direito à alimentação e uma proibição das patentes sobre plantas e animais de fazenda.

Os exemplos a seguir mostram alguns pedidos de patentes realizados a extremos 1 . Muitas das reivindicações apresentadas nestas aplicações só pode ser descrito como ridícula. Estas patentes demonstram o quão longe nós estamos com os regulamentos de patentes já existentes, que são completamente deficientes. Em apenas quatro anos, entre 2005 e 2009, a Monsanto apresentou cerca de 150 pedidos de patentes no melhoramento de plantas na OMPI. Estas aplicações mostram uma tendência crescente para reivindicar direitos exclusivos de propriedade não só sobre as plantas e animais geneticamente modificados, mas também sobre a biodiversidade existente e melhoramento tradicional. Enquanto nos anos anteriores a 2005 só muito poucos tais patentes foram registradas, mais de 30% dos pedidos de patente da Monsanto, entre 2005 e 2009 incluem cruzamento convencional de plantas. Esta tendência também pode ser observada com outras grandes empresas de sementes. No mesmo período Dupont apresentou cerca de 170 pedidos de patentes no melhoramento de plantas, 25% envolvendo melhoramento genético convencional. Syngenta apresentou cerca de 60 aplicações, com 50% visando melhoramento tradicional. Entre as grandes empresas de sementes, a Monsanto é a única pedidos de patentes de arquivamento em animais também. Desde 2005, cerca de 20 patentes de criação de animais foram arquivados pela empresa dos EUA.

Exemplos:
No pedido de patente da Monsanto WO2008021413 , a patente de "monsantodimencionamento" milho e soja, os métodos são reivindicados que são amplamente utilizados no cultivo convencional. Em mais de mil páginas e 175 reclamações Monsanto reivindica várias sequências de genes e variações genéticas, especialmente em soja e milho. Monsanto ainda vai tão longe como afirmar explicitamente todo o milho relevante e plantas de soja, herdando os elementos genéticos. Além disso, todos os usos em alimentos, alimentos para animais e biomassa são listados. Mediante a apresentação de candidaturas regionais específicas Monsanto mostra especial interesse em candidatar-se esta patentes na Europa, Argentina e Canadá.
No pedido de patente WO 2009011847, a patente de 
"monsantodimencionamento" carne e leite, a Monsanto amplamente reivindica métodos para a criação de gado, os animais, bem como leite, queijo, manteiga e carne.
Outras empresas também estão entrando agressivamente patentes sobre recursos genéticos necessários para alimentação e produção de alimentos. Um exemplo é o pedido de patente WO200808720 8, patente da Syngenta na produção de milho, que tem como alvo as condições genéticas em milho para produção de grãos. Syngenta afirma que as plantas e até mesmo a sua colheita.
Várias patentes semelhantes já são concedidos, como uma patente de criação em grãos de soja, como WO 98/45448, patente da Dupont em tofu, concedido na Austrália, Europa e EUA, que abrange o molho de soja, tofu, leite de soja e fórmula infantil feito a partir destes feijões de soja. Esta patente (ou patentes da mesma família) também foram apresentadas para o Brasil, Canadá, China, Japão, Noruega e Nova Zelândia.

Esses tipos de patentes são a espinha dorsal de uma estratégia para assumir o controle global sobre todos os níveis de produção de alimentos. Essas patentes não reprimem a investigação e inovação, que são destinadas a bloquear o acesso aos recursos genéticos e à tecnologia e para estabelecer novas dependências para agricultores, criadores e produtores de alimentos. Contudo, a resistência está a crescer. Em 2007, a organização agricultor e ONGs de todo o mundo criado o "não patentes de sementes" plataforma global. Em 2008, centenas de cartas foram enviadas para o Instituto Europeu de Patentes (EPO) em 'a patente sobre brócolis' caso, EP 1069819, que foi um precedente. Em 2009, milhares de agricultores e cidadãos, muitas ONGs e até mesmo autoridades governamentais interpôs oposição ao europeu 'patente em suinocultura', EP 1651777, a patente requerida por Monsanto em 2004.

Os abaixo assinados individuais, organizacionais e institucionais servem para exortar os políticos e os escritórios de patentes em todo o mundo para garantir que as patentes, como as acima mencionadas, não podem e não serão concedidas. Uma mudança radical, tanto na legislação de patentes e da prática de escritórios de patentes é necessário para eliminar as patentes sobre plantas e animais de fazenda. As corporações não devem ser autorizadas a continuar apropriação indébita e 
"monsantodimencionamento" de sementes, plantas e animais de fazenda via lei de patentes. Caso contrário, essas patentes se tornarão uma grande ameaça para a segurança alimentar mundial e soberania da comida regional. Este alerta foi entregue aos governos e escritórios de patentes em 26 de março de 2010 - três anos após nenhum patentes sobre as sementes coalizão global foi oficialmente iniciado. 

Apoiadores iniciais do alerta global:
A SEED Europe (Netherlands) - ABL (Deutschland) - BDM (Deutschland) - BKS (India) - COAG (España) - Coldiretti (Italia) - Confederation Paysanne (France) - Equivita (Italia) - FAA (Argentina) - Federation Internationale Nature & Progres (France) - FETRAF-Sul (Brasil) - Genethics Foundation (Netherlands) - Getreidezüchtung Peter Kunz - Verein für Kulturpflanzenentwicklung (Switzerland) - GRAIN (international) - ICPPC (Polska) - IG Saatgut (Deutschland, Schweiz, Österreich) - Research Institute of Organic Agriculture (FiBL) Austria (Austria) - Semillas de Vida (Mexico) - Stiftung Kaiserstühler Garten (Germany) - UNAG (Nicaragua) - Yayasan Sintesa Indonesia (Indonesia) 

1. ...natürlich pflanzlich! Eco Bio Systems! (Deutschland) 
2. A Cova da Terra (Galicia (España)) 
3. A SEED (Netherlands) 
4. A SEED Europe (Netherlands) 
5. ABL (Deutschland) 
6. ADP (ONG Amics De Palanques) (España) 
7. Agrargruppe von Attac Wuppertal (Deutschland) 
8. AgriBioCert (Croatia) 
9. Agrupacion agroalimentaria do Eume (Galicia - España) 
10. AKT- Aktion Konsequenter Tierschutz gemeinnützige Gesellschaft mbH (Bundesrepublik Deutschland/ Rheinland- Pfalz) 
11. Aktion Kirche und Tiere (AKUT) e. V. (Deutschland) 
12. Aktionsbündnis für gentechnikfreie Landwirtschaft in Sachsen (Deutschland) 
13. ALB-GOLD Teigwaren GmbH (Deutschland) 
14. Albert Schweitzer Stiftung für unsere Mitwelt (Deutschland) 
15. Alianza por una Mejor Calidad de Vida (Chile) 
16. Allianza Family Farming Soy Producers (South America) 
17. Altea te quiero verde (España) 
18. alteatequieroverde (españa) 
19. AMAP du Cérou (France) 
20. AMAP St PIERRE D\'AX (France) 
21. Amigos de la Tierra España - Friends of the Earth Spain (España) 
22. Andaime. Engenharia social e cultural (Galiza) 
23. ANIMAL SPIRIT (Österreich) 
24. AnimalProtectionGroup Arbeitsgruppe für Tierrechte e.V. (Deutschland) 
25. Arbeitsgemeinschaft (ARGE) ZUKUNFT Berg am Laim (Deutschland / Germany) 
26. Arbeitskreis Ökologie / Gentechnik e.V (D) 
27. Arbeitskreis Ökologie / Gentechnik e.V. (D) 
28. ARCHE NOAH (Österreich) 
29. ARGE Schöpfungsverantwortung (Austria) 
30. AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia (Brasil) 
31. AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia (Brasil) 
32. ASAMBLEA DE UNIDAD CANTONAL DE MONTUFAR (ECUADOR) 
33. Asociacion Argentina de Abogados Ambientalistas (Argentina) 
34. Asociación de Permacultura de lsas Islas Pitiusas (Spain) 
35. Asociacion Desarrollo Medio Ambiental Sustentable (Perú) 
36. Asociación Ecoloxista Coto do Frade (España) 
37. Asociacon Amigos De Los Animales (Deutschland) 
38. Associació matola.es (España) 
39. Associaçom Cultural Foucelhas (Galiza) 
40. Association de Developpement Durable (France) 
41. ASSOCIATION des PEPINIERISTES COLLECTIONNEURS (FRANCE) 
42. Association les Mangeurs (Suisse) 
43. Association of Latvina Organic Agriculture (Latvia) 
44. Association Vivre sans Thyroïde (France) 
45. Associazione Malattie d Intossicazione Cronica e/o Ambientale (Italy) 
46. Associazione \"coscienza della Terra\" (Italy) 
47. Ausstellungsfirma (Schweiz) 
48. Austrian Green Farmers Association (Österreich) 
49. ayurveda verein nexenhof (österreich) 
50. Ayusya ass. di protezione della vita (Italie) 
51. BakkerBio vof (the Netherlands) 
52. BASE Investigaciones Sociales (Paraguay) 
53. Basler Appell gegen Gentechnologie (Schweiz) 
54. BDM (Deutschland) 
55. Berne Declaration (Switzerland) 
56. Bio Suisse (Schweiz) 
57. Bio-Verbraucher e.V. (Deutschland) 
58. Bioforum Schweiz (Schweiz) 
59. Biologica (Netherlands) 
60. Biologisch Tuinbouwbedrijf Gebr. Verbeek (Netherlands) 
61. BioReAcToR CR (Costa RicA) 
62. Bioresonans (Netherlands) 
63. Blauen Institut (schweiz) 
64. BUKO-Kampagne gegen Biopiraterie (Deutschland) 
65. Bund Naturschutz in Bayern e.V. (Deutschland) 
66. Bund Naturschutz in Bayern, Kreisgruppe Ebersberg (Bayern) 
67. Bund Naturschutz Ortsgruppe Schrobenhausen (Deutschland/Bayern) 
68. Bundeszentrale der Tierversuchsgegner Österreichs (Österreich) 
69. Bündnis für eine gentechnikfreie Region (um) Ulm (BW 7 Deutschland) 
70. Bureau Ver(?)Antwoord (the Netherlands) 
71. Bürger gegen Tierversuche e.V. Hamburg (Germany) 
72. Bürgerinitiative für Lebensqualität und Umweltschutz (Deutschland) 
73. Capoeira Esporte e Cultura Austria (Austria) 
74. CEDAZO, S.L. (España) 
75. CENAMI Centro Nacional de Apoyo a Misiones Indígenas (México) 
76. Center for Environment (Bosnia and Herzegovina) 
77. Centre d\'Information sur l\'Environnement et d\'Action pour la santé (france) 
78. Centro Ecológico (Brazil) 
79. Centro Humboldt (Nicaragua) 
80. CESTA-AMIGOS DE LA TIERRA (EL SALVADOR) 
81. CETAAR (Argentina) 
82. Christian\'s Group for the Integrate Development, Inc (USA) 
83. CIFAES UNIVERSIDAD RURAL PAULO FREIRE (ESPAÑA) 
84. CLCV (FRANCE) 
85. Clubul Ecologic Transilvania/GRINDA (Romania) 
86. COAG (España) 
87. CODE ANIMAL (France) 
88. coecoceiba-amigos de la tierra costa rica (costa rica) 
89. COKOMAL (Costa Rica) 
90. Coldiretti (Italia) 
91. Colectivo KYBELE (España) 
92. Collectif ACECOMED (France) 
93. Comitato Europeo Difesa Animali onlus (Italia) 
94. Community Technology Development Trust (Zimbabwe) 
95. Confederation Paysanne (France) 
96. Consumo y Comunicaciôn Alternativa, COKOMAL (Costa Rica) 
97. Coop. El Brot SCCL (Spain) 
98. Coordination Rurale Union Nationale (France) 
99. Corporate Europe Observatory (Belgium) 
100. Cronistes (Catalunya) 
101. Cultural Association Echo Pyzdr (Poland) 
102. Cyber @cteurs (FRANCE) 
103. DAS TIER + WIR (CH) 
104. DAS TIER + WIR - Stiftung für Ethik im Unterricht (Switzerland) 
105. DAS TIER + WIR - Stiftung für Ethik im Unterricht (Switzerland) 
106. De Nieuwe Band, wholesaler organic food (Holland) 
107. Deutsche Friedensgesellschaft (DFG-VK) OG Wiesbaden (Deutschland) 
108. Deutsche Gesellschaft für Esskultur (Deutschland) 
109. Deutsche Reform Jugend (deutschland) 
110. Deutscher Staatsbuergerinnen-Verband e.V. (Deutschland) 
111. ecocontact (Austria) 
112. ecological agriculture australia assocation (australia) 
113. Ecologistas en Acción - Valle de Ricote (España) 
114. ecologistas en acción en la provincia deleón (españa) 
115. Ecologistas en Acción-Palencia (España) 
116. Ecologistes en Acción (Spain) 
117. ECOPALMA (Asociación de Productores y Consumidores Biológicos de la isla de La Palma) (España) 
118. Ecoportal.Net (Argentina) 
119. Edmonds Institute (USA) 
120. Eirado (Galiza) 
121. Eko Liburnia (Croatia) 
122. Ekoprodukt Marek Kubara (Poland) 
123. El Guaret (Catalonia (Spain)) 
124. el jardin (Puerto Rico, USA) 
125. Equivita (Italia) 
126. Erna-Graff-Stiftung für Tierschutz (Germany) 
127. Escuela Agroecologica de Santander (COLOMBIA) 
128. Espai Social i de Formació d\'Arquitectura (Espanya) 
129. Estonian Fund for Nature (Estonia) 
130. Estonian Green Movement - FoE Estonia (Estonia) 
131. Estonian Organic Farming Foundation (Estonia) 
132. ethikprojekte.ch (Schweiz) 
133. Evangelische Kirche A.B. Österreich (Österreich) 
134. FAA (Argentina) 
135. Federation Internationale Nature & Progres (France) 
136. FEM CADENA (SPAIN) 
137. FETRAF-Sul (Brasil) 
138. FIAN Deutschland e.V. (Germany) 
139. FIAN Österreich (Österreich) 
140. Filme für die Erde (Switzerland) 
141. For the nature coalition (Bulgaria) 
142. Forschungsinstitut für biologischen Landbau FiBL (Schweiz) 
143. Forum Solidaridad Perú (Perú) 
144. Framtiden i våre hender (Future in our hands) (Norway) 
145. Freie-Saaten.Org.e.V. (Deutschland/Germany) 
146. Fuente de Permacultura (Spain) 
147. fundacion empresa y solidaridad (españa) 
148. FUNDAEXPRESION (Colombia) 
149. GAIA - Grupo Acçao Intervenção Ambiental (Portugal) 
150. Gaia Media Stiftung (Germany) 
151. GAIADEA (SPAIN) 
152. GEA, AC (MEXICO) 
153. gegenge-h-n.de (Germany) 
154. Gen-ethisches Netzwerk/ Gen-ethical Network (Germany) 
155. GENET - European NGO on Genetic Engineering (Europe) 
156. Genethics Foundation (Netherlands) 
157. Getreidezüchtung Peter Kunz - Verein für Kulturpflanzenentwicklung (Switzerland) 
158. GIET (France) 
159. GM Free Consumers Network (Australia) 
160. GM Freeze (UK) 
161. GRAIN (international) 
162. Green Warriors of Norway (Norway) 
163. GroenLinks Waalre (The Netherlands) 
164. grüneUni - unabhängige Hochschulgruppe (Berlin) 
165. Grupo de consumo consumaconciencia (españa) 
166. Grupo de Solidaridad-Arenal (GRUDESA) (Nicaragua) 
167. GRUPO SEMILLAS (COLOMBIA) 
168. Haus der Baubiologie (Österreich) 
169. Hecho en Bs. As. (Argentina) 
170. HOLON-Netzwerk für integrale Entwicklung (Europa) 
171. I un rave! (Espana) 
172. I un Rave! (España) 
173. ICPPC (Polska) 
174. IG Saatgut (Deutschland, Schweiz, Österreich) 
175. IG-Saatgut (Deutschland) 
176. institut für ökologische wirtschaftsfoschung (österreich) 
177. Institut Psychosophia (Schweiz) 
178. Instituto Gastrotur Peru (Peru) 
179. international comitee in Norwegian farmer and small holder union (norway) 
180. Internationaler Bund der Tierversuchsgegner (Österreich) 
181. Jaivik Kheti Abhiyan (India) 
182. Katholische und evangelische Umweltbeauftragte Österreich (AUSTRIA) 
183. keralafarmer\'s Internet Group (India) 
184. Klangspuren Schwaz (Österreich) 
185. Koalicja \"POLSKA WOLNA OD GMO\" (Poland) 
186. Kreis fuer geistige Lebenshilfe (Deutschland und weltweit) 
187. Kritische Massa (Nederland) 
188. Kuratorium Rettet das Vorgebirge (Deutschland) 
189. KwaNzira Urban Farming (South Africa) 
190. Linksjugend [\'solid] Trier/Trier-Saarburg (Bundesrepublik Deutschland) 
191. Living Farms (Orissa / India) 
192. Llavors d\'ací (España) 
193. LocalHarvest, Inc. (USA) 
194. lumiere des champs (suisse) 
195. MADGE (Australia) 
196. Menschen für Tierrechte Tierversuchsgegner Saar (Deutschland) 
197. Menschen für Tierrechte. Tierversuchsgegner Baden-Württemberg e.V. (Germany) 
198. Milieudefensie/Friends of the Earth Netherlands (Netherlands) 
199. miqcom\'s (España) 
200. Modus Operandi (France) 
201. MPI - Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente (Portugal) 
202. Munlochy Vigil (Scotland) 
203. Nahplan (CH) 
204. Natural-Holistic-Guidance (Deutschland) 
205. navdanya (india) 
206. Nicaragua-Forum Heidelberg (Germany) 
207. Norges Bygdekvinnelag (Norway) 
208. Norwegian Farmers -and Smallholders Union (Norway) 
209. OBA (ESPAÑA) 
210. OEBV-Via Campesina Austria (Austria) 
211. Oikos - Norwegian association for organic food and farming (Norway) 
212. Öko-EZG \"Alb-Leisa\" (Deutschland/ Ba-Wü) 
213. Ökologischer Ärztebund e.V. (Deutschland) 
214. Omslag Werkplaats voor Duurzame Ontwikkeling (Nederland) 
215. ONG Kunturnet (Peru) 
216. Organic Consumers Association (United States) 
217. Partners for the Land & Agricultural Needs of Traditional Peoples (PLANT) (USA) 
218. PEGAH - Iranischer Kunst- und Kulturverein (Wuppertal) (Germany) 
219. Peliti (Alternative community & Seed Exchange Network) (Greece) 
220. Peliti (Alternative community & Seed Exchange Network) (Greece) 
221. Pfarrbereich Groß Möringen bei Stendal (Deutschland) 
222. PLANT (Partners for the Land & Agricultural Needs of Traditional Peoples (USA) 
223. Plataforma Cívica Ciutadans a l´ajuntament (España) 
224. Plattform Gentechnikfreis Österreich (Österreich) 
225. Polarity Center of Salem (USA) 
226. Politischer Arbeitskreis für Tierrechte in Europa e.V. (Deutschland) 
227. Portuguese GM-Free Coalition (Portugal) 
228. PROAECO (Costa Rica) 
229. ProSpecieRara (Schweiz) 
230. PROVIEH Verein gegen tierquälerische Massentierhaltung e.V. (Germany) 
231. RAPAL red de acción en plaguicidas y sus alternativas de america latina (Sede de coordinación Argentina- red de america Latina) 
232. RAPAL Uruguay (Uruguay) 
233. RED ANDALUZA DE SEMILLAS (ESPAÑA) 
234. Red de Acción en Plaguicidas y sus Alternativas en América Latina (América Latina) 
235. RED DE SEMILLAS (ESPAÑA) 
236. REDESOL (Ecuador) 
237. Rescue Group (United States) 
238. Research Institute of Organic Agriculture (FiBL) Austria (Austria) 
239. Saatgutkampagne \"Zukunft säen – Vielfalt ernten\" (DE-A-CH) 
240. Salva la Selva (Alemania) 
241. Sambucus e.V. (Deutschland) 
242. Save Our Seeds (Germany) 
243. Schweizerische Arbeitsgruppe Gentechnologie SAG (Schweiz) 
244. Schweizerische Kommission für die Erhaltung von Kulturpflanzen SKEK (Schweiz) 
245. Schweizerischen Vereinigung für Vegetarismus (SVV) (Schweiz) 
246. Schweizerisches Agrarmuseum Burgrain (Schweiz) 
247. Scientists for Global Responsibility (SGR) (UK) 
248. Semillas de Identidad (Ecuador) 
249. Semillas de Vida (Mexico) 
250. Senterungdommen (Norway) 
251. Shah Foods Limited (India) 
252. Shah Foods limited (India) 
253. SINDICATO LABREGO GALEGO (GALIZA) 
254. Slow Food Deutschland e.V. (Deutschland) 
255. Social Culture Centre t\'Vrijhof (netherlands) 
256. Socrith: Social Critical Thinking Laboratorium (Norway) 
257. Solidarité Sans Frontières (Suisse) 
258. Som Lo Que Sembrem (Catalunya) 
259. Som Lo Que Sembrem (Catalunya) 
260. Sortengarten Erschmatt (Schweiz) 
261. Sos Justice & Droits de l\'Homme (France) 
262. Spire, Youth of the Development Fund (Norway) 
263. statehood hawaii (USA) 
264. Stellar Seeds (Canada) 
265. Stichting Demeter (Netherlands) 
266. Stichting PBS Dutch organic retail association (The Netherlands) 
267. Stiftung GEKKO (Deutschland) 
268. Stiftung Hofgut Oberfeld (Deutschland) 
269. Stiftung Kaiserstühler Garten (Germany) 
270. StopOGM (Suisse) 
271. StopOGM (Suisse) 
272. Sustainable Living Systems (U.S.) 
273. TAKE CARE HOLISTIC HEALTH (NEW ZEALAND) 
274. Tara Foundaion (India) 
275. Tara Foundation (India) 
276. Tara Foundation (India) 
277. Tele Maíz (México) 
278. TestBiotech (Germany) 
279. The Green Association for the Protection of Life (Finland) 
280. Tier & Mensch e.V. (Deutschland) 
281. Tier und Mensch e.V. (Germany) 
282. TIERHILFE LAHN DILL e.V. (Deutschland) 
283. Tra Terra e Cielo (Italy) 
284. TransCommunication (Schweiz und Pakistan) 
285. Umweltforum Münster e.V. (Deutschland) 
286. Umweltnetz München-Ost (UMO) (Germany) 
287. UNAG (Nicaragua) 
288. Union Suisse de l\'Artisanat (Schweiz) 
289. Utviklingsfondet/The Development Fund (Norway) 
290. VBP organic processing and trading association (The Netherlands) 
291. Vegan3000 (Italy) 
292. Vegsunt (Norway) 
293. Verband Katholisches Landvolk (Deutschland) 
294. Verein zur Erhaltung des Bunten Bentheimer Schweines e.V. (Deutschland) 
295. Via Organica (Mexico) 
296. Vielfältige Initiative zur Erhaltung gefährdeter Nutztiere ( VIEH ) (Germany) 
297. villa amatista (Espagñe) 
298. Waldorfschulverein Heidelberg e.V. (Deutschland) 
299. wastgotarna ek. för. (Sweden) 
300. WIDE - Netzwerk Women in Development Europe (Austria) 
301. Women\'s Environmental Network (UK) 
302. WWF Grupo Barcelona (España) 
303. Yayasan Sintesa Indonesia (Indonesia) 
304. Zemes draugi (Latvia) 
305. zivilcourage Vogelsberg (Deutschland) 
306. Zivilcourage.ro (Deutschland) 
307. Zukunftsstiftung Landwirtschaft (Germany) 
1. A.C.Gaia (España) 
2. Action for Integrated Sustainable Development Association (Ethiopia) 
3. Africaconsult (Ethiopia) 
4. Aktionsbündnis Gentechnikfreie Region Main-Tauber e.V. (Deutschland) 
5. Ås tremiljø (Norway) 
6. Association of Latvian Organic Agriculture (Latvia) 
7. Attac Toulouse (France) 
8. Bangladesh Groep Nederland (nederland) 
9. Bionekazaritza.Asoc. Alavesa Agricultura Ecológica (Pais Vasco) 
10. Bizilur-Asociación para la Cooperación y el Desarrollo de los Pueblos (Euskal Herria) 
11. BKS (India) 
12. BUND (Baden-Württemberg) 
13. Bündnis gentechnikfreie Region Bodensee-Allgäu-Oberschwaben (Germany) 
14. confederaton paysanne (france) 
15. ECOLLAVORS (ESPAÑA) 
16. ecologistas en acción en la provincia de león (españa) 
17. Ethio-Organic Seed Action (EOSA) (Ethiopia) 
18. Federación Universitaria Río Cuarto (Argentina) 
19. Förderverein Biosem (Schweiz) 
20. Fundación Opinión Ambiental (Costa Rica) 
21. Future In Our hands Development fund (Srilanka) 
22. Future In Our hands Development Fund (Srilanka) 
23. grupo Tierra Negra (Argentina) 
24. Kandukara development Foundation (Srilanka) 
25. muntsa collado gracia (catalunya) 
26. Organic Farmers Federation of Tamil nadu (India) 
27. Plantation Community development forum (Srilanka) 
28. Primigenius gGmbH - Köthener Naturschutz und Landschaftspflege (Deutschland) 
29. Red Canaria de Semillas (España) 
30. Red de Coordinación en Biodiversidad (Costa Rica) 
31. RED ECOFEMINISTA INTERCULTURAL Y SOLIDARIA (ESPAÑA) 
32. s.c.a. La verde (España) 
33. SEAE (ESPAÑA) 
34. Sedona Community Farmers Market (USA) 
35. Small farmers in Vestcoust (Sweden) 
36. Stowarzyszenie MECENAT (Poland) 
37. Tierversuchsgegner München e. V- (Deutschland) 
38. Tierversuchsgegner München e. V. (Deutschland) 
39. UNAG-MATAGALPA. (NICARAGUA.) 
40. United Small & Medium scale Farmers\' Associations of Nigeria - USMEFAN (NIGERIA) 
41. Verein Longo mai Österreich (Austria) 
42. VIDA ORGANICA (CHILE) 
43. Xarxa horts ecológics (España) 
44. \"Hände fürPfoten\"e.V. - Tierschutz- und Naturerlebnishof (Deutschland) 

  
1: Todos os valores mencionados aqui decorrem de recente pesquisa No patents on life! 

Fonte: http://www.alt.no-patents-on-seeds.org