sexta-feira, 24 de julho de 2015

Golpistas dão falsa voz a Maçonaria com falsa carta


Há alguns dias reencontrei no Grupo Repúdio a Ignorância política no facebook a golpista-mor Dani Schwery, e tive a oportunidade de lembrá-la desse convite.

É corrente o número de golpistas que dentre outras coisas vêm colocando a Maçonaria no embate contra a presidenta Dilma e o Governo Federal, dizendo que os maçons são a favor do impeachment, quando na verdade isso não representa a posição da Maçonaria.

Conforme essa denúncia o movimento intitulado como maçons.br, o qual vem dando suporte aos memes de ataque ao Governo na internet, não é reconhecido por essa Sociedade.


Segue aqui um dos memes falsários pró-impeachment que vem circulando nas redes sociais e o link do maçons.br com a tal da "Carta Aberta dos Maçons a Dilma Rousseff".

É muito interessante acompanhar os comentários dentro dos links supracitados, pois eles revelam o teor de tanta loucura!

E ainda reforçam como nunca a máxima:
"O melhor são os comentários".




quinta-feira, 23 de julho de 2015

Ocultar a crise hídrica é ignorar o direito humano à água em São Paulo

A cada semana deste ano surge um novo enfrentamento, seja relacionado à terceirização, à redução da maioridade penal ou ao financiamento empresarial de campanha eleitoral. É nesta conjuntura que os movimentos têm como desafio incorporarem às suas lutas a defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, como a água. E, ao mesmo tempo, desmascararem que a crise hídrica paulista tem como responsável o governador Geraldo Alckmin. A afirmação é da secretária de Imprensa da CUT São Paulo, Adriana Magalhães, na abertura do 1º Curso de Formação de Formadores do Coletivo de Luta pela Água, realizado neste sábado (18), na zona sul da capital paulista.

Para a dirigente, há um conservadorismo que faz tentativas constantes de desmontar o estado democrático de direito e, por isso, pontua Adriana, o Coletivo de Luta pela Água tem como tarefa a construção de lutas unitárias. “O direito humano à água deve ser respeitado e a nossa tarefa é fazer o enfrentamento”.

Pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Gabriel Gonçalves explicou que, desde a década de 1970, o Planasa (Plano Nacional de Saneamento) começou a dar subsídios para que os estados fortalecessem suas pequenas empresas e regulamentassem a tarifação. “Mas o processo de construção do saneamento foi vinculado ao fundo financeiro, que era acionado por causa de questões como o aumento da população, o que gerava déficits permanentes e, nos anos de 1980, vem a crise”.

Nesse período, o representante da Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo, Antônio Pedro, o Tonhão, lembrou que a disputa da década de 1980 se deu junto a outras bandeiras como o acesso a creche e o saneamento básico de qualidade. “Depois da aprovação da Constituição Federal, fomos ocupando espaços de conselhos para fazer este debate e construindo espaços nas periferias”, relembra ao citar a disputa relacionada à mercantilização da água”.

Foto: DCM


No Planasa, completa Gonçalves, constava que só as empresas da construção civil eram privadas. E, no momento de crise, nasce a questão de como que as empresas estaduais poderiam fazer a autogestão do recurso, sem quebra. “Foi daí que abriram a Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo], em 1997, para a Bovespa [Bolsa de Valores de São Paulo] e, em 2002, para a Bolsa de Nova York”.

Segundo ele, essa medida abriu um mercado maior para os capitalistas financeiros acessarem fundos públicos e valorizarem cada vez mais as suas ações.

No site do MAB, reportagem do jornalista Bruno Ferrari aponta que estimativas feitas a partir de um relatório divulgado ano passado pela Sabesp, entre 2003 e 2013, mostra que cerca de um terço do lucro líquido total da companhia foi repassado aos acionistas. Isso representa R$ 4,3 bilhões, “o dobro do que a Sabesp investe anualmente em saneamento básico”, aponta o texto. 
Riscos à vida

A engenheira sanitarista, Erika Martins, garante que “o governo de São Paulo já culpou São Pedro pela crise hídrica, a população pelo desperdício, a irrigação e a falta de tecnologia”. Para ela, a escassez hídrica está relacionada à falta de investimentos e a falhas de gestão não assumidas pelo governo do PSDB em São Paulo.

Erika exemplifica que a média da vazão afluente (que entra no sistema) ao sistema Cantareira, de 1930 a 2014, foi de 39,1 m³/s e a vazão outorgada para Sabesp é de 31 m³/s e para a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) é de 5 m³/s. “Isso significa que o sistema tem enorme risco. Essa situação culminou com a crise da vazão que, em 2014, chegou a 8,7 m³/s”.

Diante desses e de outros dados, Erika ressalta que o governo não respeitou o princípio da precaução, pela ausência de providências, o que coloca a população em risco. Para ela, a falta de água suficiente no sistema público pode levar a população a procurar alternativas, em locais onde a água não seja potável. “Isso pode desdobrar em riscos de doenças como disenteria, hepatite A, febre tifoide e até mesmo a cólera”, diz. 

No dia 16 de julho, reportagem do El País Brasil divulgou que “casos de diarreia aguda tiveram um aumento importante no Estado de São Paulo em 2014, associado à crise hídrica”. Segundo a matéria, quem faz esta avaliação é o próprio Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão da Secretaria Estadual de Saúde, ligado ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

O coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental e assessor da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Edson Aparecido da Silva, destaca que nos dias 20 e 21 de agosto haverá uma audiência sobre a crise hídrica no estado de São Paulo, convocada pelo Ministério Público Estadual (MPE). “Ali haverá a possibilidade de fortalecimento da unidade entre os vários movimentos e entidades que atuam no tema. Ao mesmo tempo, é importante a abertura que o MPE nos dá de aprofundar a judicialização da escassez hídrica, incorporando à pressão popular”.

Sentindo na pele

Gabriel Gonçalves, do MAB, avalia que o direito da população há muito tempo é vilipendiado. “Na zona leste onde moro, às 19h já não dá para fazer arroz com a água da torneira. Você começa a fazer uma espécie de cisterna na geladeira com garrafas pet”, exemplifica.

O estudante de jornalismo, Bruno Martins, é morador do município de Santa Isabel. Ele relata que a crise hídrica começou a se acentuar na região por volta de agosto de 2013, especialmente nos bairros altos. “Morava no bairro Vila de Guilherme e a água era cortada às 10 horas da manhã, mas só voltava na parte da noite ou de madrugada”, conta.

Bruno, que está no último ano do curso, hoje escreve um livro-reportagem sobre a crise hídrica e a omissão do governo de São Paulo. “Em períodos de crise, a população de Santa Isabel chegou a sair até as bicas do centro da cidade com galões de água para conseguir o mínimo necessário. À noite se formavam até mesmo filas nesses locais”.

Para Erika, a população deve reservar água em caixa d’água, fazer cisternas para água de chuva, utilizar poços e nascentes e fazer o controle social.

Também de Santa Isabel, o presidente Jair Simão, da Associação dos Pescadores Amadores de Santa Isabel África Nilo, apresenta outro problema. “O governo de São Paulo quer fazer a transposição do reservatório Jaguari para a Bacia do PCJ. Se ele fizer isso, sem a construção de uma barragem próxima ao nosso município, ele deixa a cidade sem nenhuma gota d’água”.

Segundo Jair, a associação protocolou, em 11 órgãos, um abaixo-assinado de 6.654 assinaturas contra o projeto de interligação do governo.
Distorção da realidade
A jornalista Fernanda Ortero apresentou de forma analítica manchetes da grande imprensa para explicar a manipulação do fatos no ano passado quando a crise hídrica começou a se acirrar. O contraponto, segundo ela, se deu por meio de reportagens produzidas pela mídia alternativa em espaços como a internet. 

Nos primeiros meses, explicou, as chamadas negavam a crise no estado de São Paulo. Em junho de 2014, a tendência da imprensa tradicional era de generalizar o problema afirmando que a crise era de todo o Brasil, não específica.

Em ano eleitoral, Fernanda demostrou como manchetes de alguns veículos chegaram a tratar o assunto de forma subjetiva para dar o recado ideológico. Um dos jornais mostrou que na Califórnia, nos EUA, a multa para quem desperdiçava água naquela região era de R$1.000. Para a jornalista, tendências como esta tiveram como objetivo reforçar que a culpa da crise era de fato da população paulista, não de gestão do governo de São Paulo.

O ativista do Coletivo de Luta pela Água, Hamilton Rocha, reforçou a blindagem de Alckmin, em aliança com os meios tradicionais, e a luta na comunicação como estratégia central. “Temos que utilizar as mídias alternativas para divulgar as lutas que estamos realizando, produzir conteúdo, mas fazer a distribuição disso em uma ação coordenada entre os movimentos sociais”, propôs.

Fonte: www.dmptsp.org.br

sábado, 18 de julho de 2015

Golpistas unidos contra a Venezuela




Na mesma linha da direita golpista brasileira, encabeçada pelo PSDB, o Partido Popular da Espanha (PP) move o seu braço no Parlamento Europeu dentro do Partido Popular Europeu (PPE), para a candidatura de Leopoldo López, candidato da também direita/coalizão venezuelana, ao Prêmio Sakharov.

Dentro dos blocos de direita e extrema direita europeus há no momento forte indicação para o opositor venezuelano em busca de um máximo apoio, já que antes da decisão do prêmio são escolhidos três finalistas.

Como se já não bastasse a pressão norteamericana contra a Venezuela, é deprimente ver um apoio europeu à um Partido envolvido em golpes pela América Latina e a uma figura banida por seus apelos à violência e declarações em favor do assassinato do presidente Nicolás Maduro.

Fonte: hoyvenezuela.info



terça-feira, 14 de julho de 2015

O PIG da Grécia recebeu o NÃO!

Embora em mares distantes, mais uma vez pôde-se observar o peso da grande mídia na tentativa de decidir a política de um país.

Mais quente do que a costa do Mediterrâneo, a decisão pelo "OXI", NÃO ao entreguismo pela nação grega, foi a atuação do PIG daquele país tentando influenciar negativamente os eleitores do plebiscito.

Golpe no Brasil contra a presidenta Dilma, golpe na Grécia contra o premier Tsípras, sempre os mesmos atores, sempre os mesmos métodos e objetivos.



 Segue a descrição da feição do PIG grego ao NÃO e suas consequências...



Intervenção Ministerial 'para a propaganda dos canais privados e seus "jornalistas" com feições de horror em seus rostos que receberam o maior NÃO'


Está em andamento uma investigação preliminar encomendada pelo Chefe Procurador do Tribunal Primeira Instância de Atenas, Elias Zagoraios para determinar se as estações de televisão privadas e outros meios de comunicação violaram a lei eleitoral na forma como eles trataram a questão do plebiscito.


O arquivo formado após reclamações escritas chegou nas mãos da justiça e do promotor Dimitris Gizis que irá lidar com o caso e investigará se houve crimes de tentativa de influenciar os eleitores e o resultado do plebiscito. O Ministério Público irá analisar.

Não pode-se dispensar a possibilidade da investigação chegar ao Conselho Nacional de Radiodifusão, para investigar se houve má conduta de seus membros.

Segundo autoridades judiciais, não intervir nos últimos dias, apesar das reclamações, foi para que a investigação não seja vista como uma tentativa de amordaçar a imprensa.

Deve-se ter em mente que Newsbomb.gr desmascararou os planos traiçoeiros de Kanalarchon propaganda.

Contra o terrorismo, que tentou impor sobre o povo grego, o Newsbomb.gr foi a voz mais forte de resistência e denúncia da propaganda. A derrota sofrida pelo status quo de ontem [após votação] não tem precedentes.

Os kanalarches do relacionamento, os "jornalistas" do terror e pânico, os entrevistadores... serviços e todos os tipos mnimoniakoi* representantes dos interesses nacionais e estrangeiros, receberam em seus rostos o maior "NÃO" que nunca poderia ser enfrentado por uma pessoa que não fosse terrorista.
[*www.skai.gr]
Veja mais em www.newsbomb.gr

Casa: Verifique se há qualquer violação da legislação eleitoral por parte da mídia!


O Parlamento vai analisar se a mídia violou a legislação eleitoral durante o processo do plebiscito - tanto em plenário como na Comissão das Instituições e Transparência, como também o presidente da Casa, Vida Konstantopoulou que disse que a questão deve ser motivo de preocupação para Casa, dada ordem do procurador de exame preliminar e o processo de análise das imagens.

Após o pré-anúncio do representante parlamentar do SYRIZA, Thanasis Petrakoy, que exerceu todos os direitos dos membros decorrentes do Regulamento "para encontrar a culpa para a guerra psicológica de orgia e violação da lei eleitoral pelos canais de integração sistêmica", a senhora deputada Konstantopoulou, informou que acompanha o tema. "A questão não é apenas sobre a liberdade de imprensa e o direito do cidadão para acessar informação, mas também diz respeito à direito de votar em um plebiscito importante. Estou certa de que o Ministro verá o clima da casa, a fim de responder à República sobre essa propaganda, desinformação e aterrorizamento do povo grego" disse Konstantopoulou.
"É dever do Parlamento para proteger a República, através de suas instituições, tomar medidas para assegurar que as violações da lei eleitoral não fiquem sem punição," disse sr. Petrakos.
Fonte: ΑΠΕ – ΜΠΕ

Fonte geral: panosloutraki.blogspot.com

domingo, 12 de julho de 2015

Willian Waack e jornalismo global sem rumo no Pan

Não tô entendendo a Globo, tudo bem que por a emissora não ter os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto não estão repercutindo, mas colocar um Willian Waack, numa noite de Sábado, no último jornal, deprimido falando disso...

Ilustração @1lxndr


Como a emissora que puxa a corda o PIG ficou de fora dessa, mais uma vez, quase ninguém ficou sabendo bem da dinâmica dos Jogos e, quem e quais atletas brasileiros foram para o Canadá, veja aqui e aqui.

Mal ficou conhecido o mascote pelos brasileiros...

Imagem da internet


Mas vamos às lamentações globais...


Sem transmissão do Pan, Globo diz que tem "limitações no uso de imagens"

A Globo utilizou somente fotos para informar o telespectador sobre o primeiro dia dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. O evento começou oficialmente nesta sexta-feira (10).

A emissora explicou que “não possui os direitos de transmissão”, e que, por isso, “tem limitações no uso de imagens”. “A TV Globo não tem os direitos de transmissão do Pan de Toronto, e, por isso, tem limitações no uso de imagens. Mas não deixaremos de acompanhar de perto com as nossas equipes no Canadá o desempenho e a conquista de medalhas dos atletas brasileiros e os principais momentos do evento”, narrou William Waack durante o “Jornal Nacional” deste sábado (11).

A Globo optou pelo uso das fotos, sem crédito, mas poderia ter solicitado as imagens que são cedidas pela concorrente Record, a emissora que detém os direitos de transmissão do Pan de Toronto no Brasil, assim como o SBT fez durante a realização dos seus telejornais.

A emissora de Edir Macedo já havia transmitido os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, com exclusividade na TV aberta.

Na época, Honorilton Gonçalves, então vice-presidente artístico e de programação da Record, se queixou da estratégia utilizada pela Globo, que, segundo ele, “escondeu” o Pan com quase nenhum destaque em sua programação.

“Infelizmente, quem saiu prejudicado foi o público que assiste à Globo. A Globo não escondeu o Pan, a Globo escondeu o Brasil. Como uma emissora do tamanho da Globo praticamente ignora o talento e o esforço dos nossos atletas, as conquistas das medalhas de ouro, os recordes pan-americanos, o hino nacional. Tudo foi simplesmente omitido pela Globo por puro orgulho. Foi como me lembraram esta semana. Em 2007, a Globo mobilizou centenas de profissionais para exibir o Pan do Rio. Quer dizer que agora, quatro anos depois, o Pan simplesmente deixou de ter importância? Estranho, né? Acho que a postura da Globo com um dos maiores eventos esportivos do mundo foi um desrespeito aos seus telespectadores. Imagino o que mais ela deve esconder nos seus noticiários”, disse ele, em entrevista a Mauricio Stycer, colunista do UOL.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

De Chateaubriand a Marinho

Até meados do século passado, ainda prevalecia certa privacidade na artesanal mídia impressa do país. Levantamento do Departamento Nacional de Estatísticas, de 1931, registrou a existência de 2.959 jornais e revistas - sendo 524 no Rio de Janeiro e 702 em São Paulo. Não havia veículos de expressão nacional num território de dimensões continentais. Os jornais pertenciam às pequenas empresas.

No início do rádio, nos anos 1920, a pulverização também dominou. Aos poucos aproveitando-se da ausência de normas restritivas à propriedade cruzada, alguns donos de jornais adquiriram rádios e montaram departamentos de publicidade.

"Na proporção e no ritmo em que se desenvolvem as relações capitalistas, desenvolveu-se a empresa jornalística", explica Sodré.

A ascensão dos Diários Associados marca o colapso da fase concorrencial. Assis Chateaubriand será o primeiro barão da mídia no país. Ele ingressa no setor com a compra do pequeno O Jornal do Rio de Janeiro, em 1924.

Utilizando-se de brechas legais e com seus métodos agressivos da chantagem e do jornalismo denuncista, ele rapidamente prosperou. Em 1959, Chatô já era dono do maior império jornalístico da América Latina, com 40 jornais e revistas, mais de 20 estações de rádio, uma dezena de emissoras de televisão, uma agência de notícias e outra de publicidade - "além de um castelo na Normandia, nove fazendas espalhadas por quatro estados, de indústrias químicas e laboratórios farmacêuticos", segundo balanço do Atlas da Fundação Getúlio Vargas.

A ausência de "herdeiros legítimos" e, principalmente, o golpe militar de 1964 abalaram o poder dos Diários Associados.

Chatô é desbancado pelas Organizações Globo, que passam a deter a total hegemonia até os dias atuais.

Irineu Marinho também estreou num jornal, A Noite, fundado em 1911. A partir dos anos 20, o grupo estendeu os seus tentáculos às rádios. Mas a sua ascensão ocorre, de fato, com a criação da TV Globo, em 1965.

Ela é beneficiada pela ditadura militar, que ergue toda a estrutura de telecomunicações para garantir a "segurança nacional". O regime militar também foi cúmplice de várias negociatas do grupo, como na obscura associação com a multinacional estadunidense Time-Life, o que era proibido pela legislação em vigor.

A ditadura cristaliza a concentração da mídia. "O projeto de integração nacional, perseguido pelo regime militar, adquiriu maternidade nas redes de televisão e encontrou sua melhor tradução no modelo constituído pela Rede Globo. Ao longo de quase quatro décadas, enquanto expandiam-se país adentro, com a patriótica missão que lhes foi atribuída, as redes de tevê aberta forjaram um mapa do Brasil baseado nos interesses políticos e comerciais privados dos seus proprietários...

O resultado foi a criação de um Brasil refém das grandes empresas da mídia, imunes a qualquer forma de controle público, comandadas de forma vertical e sustentadas em alianças regionais que reproduzem e amplificam ideias, concepções e valores para 170 milhões de habitantes.


Foto: @1lxndr






segunda-feira, 1 de junho de 2015

Se Eduardo Cunha fosse surfista



Foto: Blog Combate Racismo Ambiental


Patrocínio provém do latim 'patrociniu(m)', significava, entre outra coisas, proteção dos patrícios para com os plebeus.

Nos dias de hoje, incisivamente usa-se como; contribuição em dinheiro ou serviços de uma instituição ou pessoa física para determinado projeto, programa, evento, personalidade, artista ou desportista afim de contrapartidas publicitarias.

Trazendo para o campo da política, não há candidato a qualquer cargo político, majoritário ou não, que fique de fora das contribuições vindas de pessoas físicas ou jurídicas.
A pergunta é: Seria isso também uma forma de patrocínio?

O Partido dos trabalhadores lutou com todas as forças no Congresso Nacional para que fosse derrubado o histórico financiamento privado de campanha política (financiamento por empresas), mas com uma manobra também histórica o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha PMDB/RJ, conseguiu (por enquanto) que o patrocínio continue.

Se realmente a grande mídia no Brasil trabalhasse pela informação, separaria extensas grades em sua programação não só para denunciar o fato, mas também para mostrar ao brasileiro como funciona a contrapartida no campo político quando um candidato recebe dinheiro de uma empresa para se eleger e como certos parlamentares estão jogando no lixo a Reforma Política.

Cunha tem a gravata presa. Aqui você pode ver com quem e aqui também!

Se o presidente da Câmara fosse um surfista profissional exibiria em sua prancha invejáveis patrocinadores, deixando até Gabriel Medina, campeão mundial de surf, de boca aberta.
Em seu quarto mandato recebeu valores, dentre esses de pretensiosas empresas, algo na ordem de 6,8 milhões de reais. Nada mal.
Assim fica difícil de largar o osso.


Ilustração @1lxndr


P.S. Quem conhece um pouco do surf profissional sabe que o patrocinador principal ocupa o bico da prancha do surfista, lugar de mais destaque.
Na ilustração acima não aparece. Lembra algo?
Aloha!!