sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

'CONSTRUIR WALLIES, NÃO MUROS' TEM OBJETIVO NAS POLÍTICAS DE IMIGRAÇÃO DO PRESIDENTE TRUMP

Um grupo de skatistas holandeses criaram e dão dicas de como criar um wallie com os bracinhos do Trump que se mexem a cada manobra.
Risadas a parte, mas o projeto é sério e se chama 'Wallies Not Walls'.
Através dos wallies chamam a atenção para a xenofobia, autoritarismo e noeliberalismo desalmado de Donald Trump que culminam na construção de muros, os quais são um problema também em outras partes do mundo, como denunciam no seu site que tem o link no final da matéria.



No THE BERRICS





Direto da Holanda vem um comentário político com um toque de DIY. "Build Wallies, Not Walls" é o primeiro vídeo do projeto "Wallies Not Walls", transmitindo a mensagem de que ricos, pobres, americanos ou quaisquer outros... somos todos da mesma cor por dentro, cara.

Temos que dizer que a criatividade é realmente impressionante. O chyron ao longo do vídeo tem um monte de pequenas piadas de skate com um ângulo totalitário. Muitos LOLs aqui, mas a mensagem fica um pouco confusa (um tempo de execução de 4:20... Trump é um maconheiro, ou talvez ele esteja contra a legalização da maconha?).

Os skatistas holandeses (com quem já trabalhamos no passado para um projeto Bombaklats) Rob Maatman, Robbin de Wit, Remo Stolze e muitos outros, aparecem no vídeo. Aqui está a descrição da página do YouTube "Build Wallies, Not Walls":

"Fronteiras fechadas são discriminação com base na localização. Se você nasceu do lado errado do muro, suas chances de proporcionar um padrão de vida decente para você são menores. Com a crescente quantidade de fronteiras fechadas desde o século passado, a diferença global entre ricos e pobres aumentou exponencialmente. Essa desigualdade levou as pessoas a procurarem melhores oportunidades em outros lugares. Por que não dar a essas pessoas as mesmas chances que recebemos? Estamos todos vermelhos por dentro."

Visite o site Wallies Not Walls para mais informações sobre este projeto.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Noam Chomsky: Chicago Boys, como Paulo Guedes, destroem a economia por onde passam



Imagem baraodeitarare.org.br

















Tratado pelo monopólio midiático como um trunfo de Jair Bolsonaro em relação a setores do mercado receosos com a agressividade e os excessos do candidato da ultradireita, Paulo Guedes, assessor econômico do capitão reformado, carrega consigo a fama de ser expoente dos Chicago Boys. Para o linguista e filósofo estadunidense Noam Chosmky, isso está longe de ser algo positivo, pois sintetiza o que há de pior no neoliberalismo.

Texto e foto por Felipe Bianchi

*Atualizada às 16h22 do dia 18 de setembro de 2018



Em coletiva realizada na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, nesta segunda-feira (17), em São Paulo, o intelectual norte-americano recordou o legado da escola de pensamento econômico da Universidade de Chicago ao continente. "Muitos economistas latino-americanos foram estudar nesta escola. Os Chicago Boys fizeram da América Latina um laboratório de experiências, como na ditadura de Augusto Pinochet, no Chile", disse.

Responsáveis pelo modelo econômico imposto na região durante a onda de sangrentas ditaduras militares das décadas de 1960 e 1970, os Chicago Boys foram o braço econômico do controle exercido por Washington nos regimes autoritários que deixaram milhares de mortos e desaparecidos em países como o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o próprio Chile.

Pior que isso, Chomsky alerta: "Por onde passaram, os Chicago Boys destruíram a economia. E Paulo Guedes, economista de Bolsonaro", acrescenta o intelectual, "é um Chicago Boy". O guru econômico de Bolsonaro chegou a ser convidado para lecionar na Universidade do Chile no auge da ditadura. Para se ter ideia, o próprio jornal O Globo, histórico defensor de pautas liberais na economia, classificou os Chicago Boys como "sinônimo de recessão na América Latina", em artigo publicado no ano de 2015. Vanguarda do pensamento econômico antipopular, os Chicago Boys chilenos anteciparam, sob a tutela de Pinochet, medidas que Margaret Thatcher, "a donzela de ferro", só viria a tomar uma década depois, na Inglaterra.

Citado em decisão judicial como beneficiário de fraude milionária contra um fundo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na bolsa de valores, o guru econômico de Bolsonaro também é fundador do Instituto Millenium. Criado em 2006, o grupo reuniu banqueiros, industriais e barões da mídia para produzir e disseminar, em bloco, uma cartilha retrógrada para a economia e a sociedade.

Chomsky no Brasil

Em sua passagem pelo Brasil, Noam Chomsky participou, na sexta-feira (14), do Seminário Ameaças à Democracia e a Ordem Multipolar, realizado pela Fundação Perseu Abramo. Nesta segunda (17), o intelectual falou sobre o cenário político brasileiro, os rumos da democracia e o papel dos meios de comunicação na disputa política.

Assista na íntegra: