sábado, 28 de maio de 2016

MBL foi financiado por partidos que lideraram golpe contra mandato de Dilma

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No RBA

Gravações revelam que grupo que se dizia apartidário recebeu apoio financeiro e material de PSDB, DEM, Solidariedade e PMDB, que bancaram até aluguel de ônibus e lanches para as caravanas 

São Paulo – Reportagem de hoje (27) do jornal Folha de S.Paulo revela que o Movimento Brasil Livre, liderado por Kim Kataguiri, recebeu apoio financeiro e material do PSDB, DEM, Solidariedade e PMDB, os quatro principais partidos que lideraram as mobilizações populares e políticas pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Leia a reportagem original no portal UOL

O texto traz áudios em que se negocia o apoio financeiro a atividades do grupo, como a impressão de folhetos, cartazes, camisetas e a organização de manifestações pelo impeachment. O movimento negociou também com a Juventude do PSDB ajuda financeira a suas caravanas, como pagamento de lanches e aluguel de ônibus, e teria tido apoio da "máquina partidária" do DEM.

Quando fundado, o movimento se definia como apartidário e sem ligações financeiras com siglas políticas. Em suas páginas em redes sociais, fazia campanhas para receber ajuda financeira das pessoas, sem ligação com partidos. O movimento fornecia uma conta bancária pessoal de seu coordenador, Kim Kataguiri.

Em um dos áudios, Renan Santos, um dos líderes do MBL, confirma como o movimento se articulou com os partidos políticos. Questionado sobre o apoio, o MBL não confirmou o custeio dos panfletos, disse apenas que o PMDB fazia parte da comissão pró-impeachment.

Um dos personagens citados é Moreira Franco, braço direito de Michel Temer, que teria ajudado a custear 20 mil panfletos para o MBL por meio da Fundação Ulysses Guimarães, com o lema "esse impeachment é meu" - Moreira negou à reportagem da Folha ter feito pagamentos ao MBL.

A reportagem também traz imagens que comprovam a proximidade entre integrantes do MBL e políticos que hoje simbolizam a corrupção, como Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Com reportagens do UOL e Brasil247

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Carta da Nação Hip Hop à Democracia

No Nação Hip Hop Brasil


Salve Democracia!

Sempre que a Globo, a Veja, a Folha, a polícia e todos esses filhos da ditadura estiverem de um lado. Pode acreditar, nós estaremos do outro lado, do seu lado.
Quando na periferia invadem a casa e sequestram um sindicalista que deu a vida e transformou o seu país, nós o defenderemos.
Quando homens sem caráter, que roubaram durante 500 anos as riquezas da nação e tentam culpar a única mulher presidenta de nossa história, nós não vacilamos, lutaremos e diremos em alto e bom som: É GOLPE!



É justamente em momento difícil como este que a gente sabe quem são os verdadeiros, tá ligado. E se o momento é duro, somos mais duros ainda.
O Hip-Hop é irmão da democracia. Nascemos juntos no Brasil. Já pensou um rapper, sem a Democracia? Não dá nem para imaginar. 
Lutamos muito para conquistar o direito de poder dizer o que pensamos em nossas músicas, nos muros, na dança.
Tornamos um operário presidente da república e Lula criou os Pontos de Cultura, deu condições aos mais pobres viverem em uma moradia digna, ter diploma universitário e viajar de avião. Se tornou o maior político do século XXI e elegeu sua sucessora: Dilma combateu a força bruta a favor da liberdade e venceu, venceu o câncer e venceu as duas eleições que concorreu. Não será um monte de patifaria e mentiras que irá derrota-la.
O salário mínimo longe do ideal, nunca foi tão alto. Vivemos o pleno emprego e descobrimos o pré-sal. Se não bastasse o país ainda recebeu a Copa e receberá as Olimpíadas. 
Isso tudo é muita afronta. Os poderosos decretaram que essas coisas não são pra nós. Feito pato, uma par foi atrás, no embalo.
Destruíram todos os nossos orgulhos, do futebol à Petrobras.

"Enquanto a Klu Klux Klan bate panela na Paulista" (Renegado)

Agora querem acabar com você. Isso mesmo, você Democracia, corre um sério risco e nossa cara é denunciar:
É GOLPE! 





Convidamos a todas as Manas e Manos que vivem ou desenvolve arte-vismo nas periferias colar com a gente. Sem a Democracia não haverá a roda de rima, de capoeira, os fluxos, os saraus. Não é hora de olhar as diferença, vamos primeiro garantir o que é nosso por direito. 
Aos que pedem a volta do regime militar, convidamos para se mudarem para a periferia, por aqui o cacete e a bala continua ditando o terror.
Temos críticas, muitas críticas, mas não jogamos fora a criança junto com a água suja. Muito menos responsabilizamos uma única pessoa, nem um único partido por questões que por vezes compete ao Vereador, Prefeito ou Governador.
Queremos que toda a corrupção seja investigada, a corrupção da merenda escolar, a corrupção em obras do Metrô, a corrupção da reeleição, a corrupção de furnas, (...) enfim. Queremos que os crimes, depoimentos e personagens tenham os mesmos tratamentos, sem preconceito.
Dessa forma amiga Democracia, sua existência estará assegurada.
Pode contar com a gente.
Tamu junto!
Nação Hip-Hop Brasil

#NãoVaiTerGolpe #NaçãoGolpeNão

Beto Teoria

sábado, 14 de maio de 2016

Manual do perfeito midiota – 23

Por Luciano Martins Costa 
No Brasileiros 

Caro midiota.

Notei que você não compareceu à festa promovida pela Fiesp na Avenida Paulista, em São Paulo, na longa noite de 11 de abril. Poucos dos seus amigos foram.

Sei também que você apenas acompanhou pela televisão a votação da admissibilidade do impeachment da presidente da República no Senado.

Mas acredito que você está feliz, aliviado, com a certeza de que nesta sexta-feira, 13, o Brasil renasceu. E que a partir de segunda-feira estará em campo o governo Tabajara de Michel Temer: todos seus pobrema se acabaram-se.

Só que não.





Como bom midiota que é, você foi ludibriado.

Não, não fique ofendido. Há pessoas que você admira muito e que também acham isso.

Veja, por exemplo, o que diz seu velho herói, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa: "o processo do impeachment de Dilma Rousseff não tem legitimidade".

Ele entende que você e os demais que embarcaram nessa canoa do golpe foram manipulados, como "um bando de boçais".

Você certamente preferia que, por uma mágica, junto com Dilma Rousseff fossem mandados para fora do poder não apenas Eduardo Cunha, mas também Michel Temer e outros políticos nos quais não confia.

Mas isso é uma ilusão. É uma troca impossível, como diria o filósofo francês Jean Baudrillard.





Veja bem: você embarcou nessa porque acreditou naquela enxurrada de manchetes que ocupa a imprensa tradicional desde o final de 2014, e enfiou nessa cabecinha que o Brasil tinha afundado.

Mesmo assim, bombardeada pelo noticiário negativo, a presidente foi reeleita por 54 milhões de brasileiros. Então, o projeto do impeachment foi acelerado, e você saiu por aí de verde e amarelo.

Já neste domingo, você vai notar uma mudança profunda no espírito do tempo. É como alguns chamam a agenda pública proposta pela mídia hegemônica: ela diz se você deve ficar esperançoso ou deprimido, se deve comprar um carro novo ou enfiar o dinheiro embaixo do colchão.

Pois bem: a pauta do fim de semana pode ser retratada como um amanhecer luminoso que deixa para trás uma noite sombria.

A linguagem jornalística é assim primária, explícita, porque seu objetivo é convencer os midiotas, pela manipulação e espetacularização de certos fatos, sempre em favor de determinada ideologia.







Já dizia Baudrillard: "Assim como a economia política é um gigantesco maquinário para fabricação de valor, para fabricação de signos da riqueza mas não da própria riqueza, assim todo o sistema da informação e da mídia é uma gigantesca máquina produtora do acontecimento como signo, como valor permutável no mercado universal da ideologia, do star-system, da catástrofe, etc., em suma, produtora do não-acontecimento" (A troca impossível, Nova Fronteira, 2002, p. 136).

Você é mero espectador, e só se torna protagonista quando interessa a esse maquinário.

Nas próximas semanas, a mídia tradicional vai dizer que as perspectivas da economia estão melhorando, e os indicadores serão manipulados ao contrário do que têm sido nos anos recentes.

Tudo para fazer você engolir o governo Tabajara, enquanto se tenta apressar a votação do pedido de impeachment e, ao mesmo tempo, criar uma jurisprudência para tirar da disputa eleitoral de 2018 aquele ex-presidente que você odeia com todo o seu fígado.

Eles não querem mais você nas ruas. Você já foi usado.



Para ler: A opinião de Joaquim Barbosa sobre o impeachment.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

No VOTO/ No GOLPE

Só no Golpe, só na base do golpe para parar um Governo que nos últimos 13 anos olhou no fundo dos olhos do povo, olhou olho no olho como nunca antes.

Sim tivemos Getúlio, tivemos Jango, mas Lula e Dilma são nossos contemporâneos, vimos tudo; Fies, Pronatec, Sisu, CsF, ENEM, Universidades Federais, Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Brasil Sorridente, Valorização do Salário Mínimo, Registro para Domésticas, Extinção do 14° e 15° Salário dos Parlamentares, Royalties para a Educação.

O Fim do Financiamento Privado de Campanha não passou pelo Cunha e seus amestrados da Câmara, esse de vez enterraria uma maior parte da #elitegolpista que nunca mais ganhou no voto.



















Quanto as demais conquistas, não vou me alongar, a lista é grande, e até nessa momentânea perda ganharemos, com a história, com a democracia e com o não ao Golpe.

Me chegou agora um vídeo, passado pelo cunhado de um companheiro que me deu alguns broches.
Nesse desabafo Mano Brown fala tudo...
E mais um pouco...


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Os Dois Brasis

Tem o Brasil da Globo e o Brasil do Povo, Vilmar Godinho é Povo. De tão cristalizada a presença de um sobre o outro, Vilmar não é esse Povo, parecem que andam juntos, parece.

O Brasil da Globo é o Brasil livre e de tão livre não requer leis e caminha sem limites, sem quem ponha regras nas falácias e factoides de todos os dias fabricados. Regulação da mídia? Nem pensar, isso é coisa de bolivarianos ingleses e até argentinos pré-Macris.

O Brasil do Povo volta e meia sofre os seus reveses, Godinho é esse Povo, e sempre, diariamente, em doses homeopáticas é envenenado e decepcionado por tanta liberdade do outro.










Um é tirado da Reserva, o outro é reservado. Preservado.

Esse é o Brasil do Vilmar Godinho

Esse é o Brasil da Globo.