quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Mulher, te imploro! Vire esse jogo!!

Quero me dirigir às mais de 77.000.000 de eleitoras do meu, do nosso país. Vocês são mais do que 50% mais 1 do nosso eleitorado e têm em suas mãos o poder de decidirem uma eleição.

Acompanho atônito em minha cidade onde nasci e cresci duas mulheres uma eleita deputada federal e outra estadual, com recordes de votos. Atônito não porque são mulheres e conseguiram esse feito, mas sim pelo fato de fazerem oposição a um candidato que defende e valoriza as mulheres e posição a outro que votou contra a Lei das Domésticas, insulta mulheres, troca de parceiras quando envelhecem, se posiciona contra Licença-maternidade e ainda afirma que a mulher mesmo exercendo a mesma função de um homem deve ganhar menos.

Mulheres de todas as épocas sofreram e até morreram para que as mulheres de hoje tenham sua liberdade, inclusive na hora do voto. E é pela entrega dessas mulheres que peço o seu voto.
Te peço mulher que não apague essa chama e dê as costas para todos as conquistas.
Vou mais longe ainda, porque sei que tristemente há quem vote em quem a desvaloriza pela imposição de um marido, de um líder religioso ou até mesmo de um grupo de "amigos". 

O voto é livre, a democracia a todos isso garante e devem ser respeitadas as escolhas de cada um e assim deve ser para sempre.

É pela morte de Emily Davison (1872-1913), pelas prisões de  Emmeline Pankhurst (1858-1928), pelas greves de fome das sufragistas presas e humilhadas e tantas outras ao longo da história as quais sou incapaz de citar todos os nomes que suplico o seu voto.

Porque elas como você mulher também lutaram contra algum tipo de fascismo.





segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Não literal, porém verdadeiro

O que temos de falso e verdadeiro nessa postagem que circula pelas redes e o que ela tem a ver com o delicado momento político brasileiro?




“Acalmem-se! Sim, ele é louco, mas não será tão ruim assim. Afinal, somos uma democracia e temos uma constituição. A Constituição o deterá.”



Depois de fazer minuciosa pesquisa e consultar mecanismos e sites acredito ter encontrado algo muito esclarecedor.

Carlos Reiss e Michel Ehrlich, coordenadores do Museu do Holocausto, na cidade de Curitiba, chegaram a conclusão de que a referida postagem faz uma tradução interpretativa e não literal das edições judaicas que circulavam na Alemanha de 1933 marcada pela ascensão nazista de Hitler.

Trago aqui cópias dos textos, os quais considero muito peculiares ao momento presente do Brasil. Segue também o link da matéria dessa incrível pesquisa.


DER ISRAELIT – 2 de fevereiro de 1933


[...] Nós não concordamos com a visão de que Herr Hitler e seus amigos, agora finalmente em posse do poder que eles desejaram por tanto tempo, irão promulgar as propostas que circulam nos jornais Anfgriff e Volkischer Beobachter [jornais pró-nazistas]; eles não vão repentinamente alienar os judeus alemães de seus direitos constitucionais, prendê-los em guetos raciais ou sujeitá-los aos impulsos avarentos e assassinos da turba. Eles não só não podem fazer isso porque muitos outros fatores cruciais mantêm seus poderes sob controle, desde o presidente do Reich até alguns dos partidos políticos aliados a eles, mas eles também claramente não querem ir por esse caminho, pois quando se age como uma potência mundial europeia, toda a atmosfera é mais propícia à reflexão ética sobre o melhor agir [...] Não reconhecer a gravidade da situação, no entanto, seria inexoravelmente otimista. Quanto menos os novos homens no poder se provarem capazes de realizar milagres legislativos para o povo alemão enquanto eles lutam contra a fome e as mazelas, quanto mais eles vão achar atraente, em vez disso, para parecer estar fazendo algo, colocar em prática ao menos algumas partes do programa de teoria racial do Partido Nazista. [...] Do jeito que as coisas estão, parece ser o mal menor que pelo menos - através da tolerância do partido de centro com o novo governo [partido que aceitou formar uma coalização com o partido nazista] - a base de funcionamento do parlamento e seu sistema de freios e contrapesos são mantidos. [...] Este status quo é mais desejável do que um voto de desconfiança que provocaria a dissolução do Reichstag e, com ele, a ditadura sem limites e a introdução de experimentos do governo sob o manto de um estado de exceção.



CV-ZEITUNG – 2 de fevereiro de 1933

Em 30 de janeiro, após a nomeação do gabinete de Hitler, o Presidente da União Central [judaica] fez a seguinte declaração ao público: Estamos, é claro, confrontados com um ministério no qual os Nacional-Socialistas ocupam posições decisivas, é claro, com a maior desconfiança, mesmo que, na situação dada, não tenhamos outra opção a não ser esperar e ver. Nós

consideramos como o polo de calma as aparições do Presidente do Reich [von Hindenburg], em cujo senso de justiça e lealdade constitucional confiamos. Além disso, estamos convencidos de que ninguém ousará violar nossos direitos constitucionais. Qualquer tentativa adversa nos encontrará em defesa determinada de nossos postos. Por ora, a palavra de ordem é: espere com calma! [...] Os judeus alemães têm a profunda confiança de que a lealdade a constituição, o sentimento de justiça e a solidariedade do Senhor Presidente para com todas as partes do povo alemão, não tolerará nenhum ataque aos direitos constitucionais da sociedade alemã. O novo governo logo perceberá que tem outras questões muito mais difíceis a responder do que a chamada questão judaica.




Já o "Jüdische Rundschau" apresentava uma visão menos otimista. Esse jornal se mostrava mais preocupado com a ascensão do partido nazista. Porém, mesmo segundo seus editores, a preocupação também podia ser apreendida como uma oportunidade, de emergência do novo judeu, forte, independente e que não vê futuro na vida na diáspora – o que condiz com o posicionamento sionista desse jornal. Mesmo adotando um tom mais alarmista do que os dois exemplos anteriores, ele ambém rejeita um total pessimismo quanto ao futuro.

JÜDISCHE RUNDSCHAU – 3 de fevereiro de 1933

A verdade é que a pressão dos nacional-socialistas afetou a vida na Alemanha há algum tempo. Independentemente do fato de que os judeus estão sendo sistematicamente excluídos da vida econômica e cultural, o antissemitismo passou a dominar a atmosfera psicológica. Isso também tem o efeito de que o judeu mais uma vez sabe que é judeu, porque ninguém o deixa esquecer. [...]Estivemos sempre convencidos - e a Jüdische Rundschaure enfatizou enfaticamente – de que o movimento nacional-socialista, já há algum tempo não mais é um mero partido político, mas tornou-se a fonte autorizada da opinião pública e acabaria por tomar também posições de poder.
Seria ridículo para nós dizer que os judeus são perfeitos ou que eles não tem falhas. Somos nós mesmos que sofremos mais de certos fenômenos na vida judaica. O sionismo reconheceu claramente há quarenta anos a nossa necessidade de
renovamo-nos a partir de dentro [...] Mas nós também temos o Novo Judeu, que almeja libertar-se tanto dos resquícios do gueto como dos danos causados pela assimilação [em crítica tanto à corrente ortodoxa, como a liberal] [...] Este novo judaísmo, internamente seguro, ignora todos os insultos e agressões e mantém a cabeça erguida. Para isso funcionar, tudo depende de libertar os judeus de sua atomização e auto-alienação e uni-los pela causa judaica.



Como concluíram os pesquisadores a referida postagem faz uma tradução interpretativa e não literal das edições judaicas que circulavam na Alemanha de 1933, porém podemos observar que os sentimentos dos judeus e preocupações se assemelham muito com as preocupações de cada brasileiro que teme um novo golpe e uma nova ditadura.

Hitler era contra as minorias e contra tudo que não fosse ariano. Bolsonaro se coloca contra as minorias e diz amar Israel, só nos resta saber até quando.



quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Devia essa para o Haddad



Minha contribuição com a verdade do que foi a administração Haddad a frente da Prefeitura de São Paulo. Direto da Ponte das Bandeiras São Paulo/ SP.


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Preferiram mais a bala do que a história

















Três mortes a bala nos Estados Unidos nos anos 60 chamam a atenção.

John Kennedy - 1963

Malcolm X - 1965

Martin Luther King - 1968


E o que isso a ver com nosso Brasil de 2018?

Malcolm sofreu ataques ferrenhos da mídia ao ter sua voz calada por seu superior, o pretexto foi ter criticado Kennedy por não conter a violência e pela mesma ter padecido. Parece que lembra algo por aqui, mas ainda estamos na faca.


Num país armado até os dentes um intolerante do sul desfere todo o seu ódio em Luther King. Aqui no Brasil eu também tenho um sonho, assim como o de King, dividido em vários, e um deles é o de que as armas não se proliferem...


Malcolm não nasceu pensador, tampouco influenciador. Ele foi resgatado dentro da prisão, mas aqui em 2018 "Bandido bom é bandido morto" e um candidato diz isso não com uma Bíblia na mão, mas com o apoio de quem prega. A verdade?


Malcolm ao retornar de Meca teve um despertar, percebeu que os brancos não eram demônios, desde que não oprimissem os negros. Sua nova e melhor forma de ver a sociedade enfureceu e frustou radicais. Pode acontecer isso aqui no Brasil se Bolsonaro se arrepender de todas as suas declarações as quais arrastam multidões de radicais revoltosos?


Esses radicais o assassinaram, foram 16 tiros.


Aqui ainda estamos na faca, tem candidato querendo a bala. 

A história não muda, muda a história quem quer.