domingo, 20 de novembro de 2011

Clubão

Cranio http://www.flickr.com/photos/cranioartes


Preciso da tua arte
me deixa entrar pela porta da frente.
Contemplarei os teus muros
não falarei do que for diferente.

O que alguns nas ruas olham com assombro
nas tuas paredes estão em descanso.
Não livres do sol, não livres da chuva,
mas longe daqueles que usam massas cinzentas.

Ah que bom seria,
se todos a massa cinzenta criativamente usassem.
Ah, que bom seria,
se soubessem o segredo da mistura.

Oh senhora guardiã dos muros
e de tudo que eles guardam nesse lugar
deixa eu entrar pelas portas da frente
e revelar a muitos alguns dos teus segredos.

Oh senhora que não me deixa por outros interesses.
Oh senhora que tem medo do que eu possa ver,
me deixa entrar pela porta da frente e navegar pelos teus muros,
prometo só falar daquilo que ví, só dos teus muros.



terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Escolha


Graphis http://www.flickr.com/photos/graphis_/













Ele escolhe um time com os piores da rua e para si chama a responsa, veste a camisa 8 e dá a dez para o seu melhor amigo.

O dono da bola não gosta dele, mas para este ele nada fez.
Os invejosos fazem as fracas cabeças, é só o dono da bola que não consegue ver isso.
O que ele vê somente é o que os outros dizem a respeito dele.

O menino bom de bola escolhe o time mais fraco e nesse mostra a sua força.
Seus adversários ficam envergonhados, o dono da bola não consegue perceber essas coisas.
Não consegue perceber nem o fato de que não joga nada, mas é feliz por causa daquele menino.

O menino bom de bola faz um passe para o dono da bola. O dono da bola perde o gol. Outro passe, outra bola perdida.
Depois de driblar três e por último o goleiro, abre mão da sua pintura e mais uma vez faz o passe.

O gerentaço do campo mais uma vez cambaleia, chuta para fora. Xinga.

- Ninguém gosta desse menino!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Jornal


MAAU-SP Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo
Obras em destaque: 1° plano artista Anjo, 2° plano Graphis.

Não espere morrer
para contar a história de um grande artista hoje.
Não espere-o sumir
para o emblemar num jornal.

A cicatriz anuncia a ferida,
mas o corte profundo
expressa no momento
o sucumbir do cal.

Não existe um poema,
não existe um dilema, que jamais foi xingado.
Não existe um spray,
não existe um latex, que nunca fora rejeitado.

Um futuro de glória
um passado sofrido
um presente apagado.
Um tablóide que brilha
um passado pendente
um presente amassado.

domingo, 11 de setembro de 2011

Vende-se informações

Nesse final de semana foram-me entregues dois prospectos de lançamentos de imóveis na região de Santana. Quanto aos empreendimentos, sem palavras, são templários em conforto e bem estar, porém quem os vende realmente não observa de perto o que se passa na Zona Norte de São Paulo.

Nos dois encartes, logo na capa, vêm estampadas lindas fotos do Parque da Juventude, mas tristemente a realidade deste lindo lugar no momento é outra.

Fundado em 2003 no lugar aonde existia parte do Complexo Penitenciário do Carandiru, em uma área de 240.000 metros quadrados o Parque da Juventude no lado que compreende seu "parque esportivo" hoje se encontra em ruínas com quadras sem traves, sem tabelas de basquete, pista de skate esburacada e o pior, ao cair da noite grande parte dos refletores não funcionam. Na última semana do mês de Agosto que estive lá parecia mais um lugar assombrado com o banheiro masculino todo escuro e um bebedouro ao lado da quadra de tênis quebrado jorrando água, se eu fosse criança e tivesse medo da "loira do banheiro" nunca mais iria lá.

Pois é gente, desculpe a revolta, mas na minha última visita ao parque fiquei muito chateado com  tudo isso que ví e guardei comigo, mas quando peguei os tais encartes vendendo as atrações da Zona Norte não aguentei.

Nem tudo é cinza, vale a pena lembrar que o "parque central" e o "parque institucional" que completam as três esferas do Parque da Juventude são verdadeiras pérolas da Zona Norte.



Quer ir mais fundo: http://juventude.sp.gov.br/portal.php/divirta-se/parque%20da%20juventude

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Futuro Está Em Suas Mãos

Em um velho pier abandonado ao sul de Bromelia's Bay morara um velho sábio, o qual ajudava muitas pessoas com as suas parábolas passando assim uma visão diferente da vida para os turistas que ali chegavam fugindo do caus da cidade, assim como também aos moradores locais, dentre eles os surfistas que passavam boa parte do dia por ali, principalmente aos mais jovens com pouca experiência e inquietudes da vida.

Dentre essas pessoas haviam dois jovens surfistas que por sua arrogância não se conformávam em como uma pessoa tão velha e de poucas posses poderia passar ensinamentos tão maravilhosos para os outros e por terem falta de conhecimento faziam muito barulho para ofuscar o velho sábio.

Em uma tentativa dessas perguntaram ao sábio, em meio a muitos surfistas locais, para que lado quebrava a melhor onda daquela praia. Já sabendo eles que as ondas que eram surfadas ali para a esquerda, abriam muito, eram muito longas e levavam o surfista até quase à beira da praia enquanto as surfadas para a direita eram curtas e pelas fortes correntezas o surfista correria o risco de ser sugado pelo pier e ter sérias consequências materias ou físicas.
O sábio respondeu na lata: - A melhor onda é a que te faz feliz. Todos os surfistas veteranos concordaram e tendo aqueles dois jovens a má fé já conhecida por todos, saíram envergonhados.

Passaram-se anos e aqueles jovens já não moravam mais ali naquele pequeno e dobrado lugar. Aquela baía parecia ter se perdido no tempo e espaço e velho sábio continuara lá.

A implicância com o ancião parecia não ter até então acabado dentro daqueles dois jovens e mesmo longe dali, se comunicavam e procuravam de qualquer forma uma pergunta que calasse o seu desafeto, até que encontraram.

Era verão e uma vez em férias compraram passagem para o pacato lugar e descartando várias perguntas encontradas para contrariar o sábio ficaram somente com uma que teria uma dupla resposta e o deixariam sem saída.

Localizaram o sábio, e já um deles em posse de uma borboleta nas mãos fizeram-lhe a seguinte pergunta: - O que tenho nas mãos, está vivo ou morto?
Por já haverem entre si combinado, caso ele responda que está morto abrirei as mãos e viva a borboleta voará, caso responda que está vivo, a esmagarei e nunca o velho terá uma resposta certa.


E com a última reflexão daquele velho sábio ficariam aqueles jovens, pois depois daquele dia, nunca mais o veriam e assim como as eternas ondas daquele lugar, levariam para o resto de suas vidas o que ele os falou.

Ele respondeu: - Você é quem decide, pois o futuro está em suas mãos.



Adaptação


Reflexão
O futuro à Deus pertence, mas através das nossas atitudes vamos colher o que plantar-mos, morte ou vida, bem ou mal, amor ou ódio, essa é a lei natural de tudo que existe. Muitas vezes plantamos o bem e parece que não conseguimos colher desse fruto, mas há um Deus que tudo vê, O qual no devido tempo julgará todas essas coisas. Apegue-se a Ele através do Senhor e Salvador Jesus Cristo e decida-se por um futuro garantido pela sua Palavra, a bíblia.


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tudo ao Meio


Passa trem, passa trem
e leva toda a tristeza.
Passa o trem, passa o trem
e leva toda a pobreza.


A cidade passa por cima
de um homem velho, de uma mulher e uma menina.
Milhões e milhões na vertente,
mas lá em baixo nem se imagina.

Tudo acontece no asfalto
quando alguém tenta levar para o alto
uma cidade cinza e de concreto
mas quem está no andar mais debaixo te acusa de incauto.

Passa trem, passa trem.
Finge que leva toda a minha escassez.
Passa o trem, passa o trem.
Finge que leva a minha nudez.

Passa hoje, passa amanhã...
...passa no dia da minha chegada.
Passa por cima do que no meio ficou.
Vê se passa na madrugada.






Percebi um paralelo entre o "meio graffiti" e a "meia vida" das pessoas que dividem esse espaço.

Texto de minha autoria, música de Oswaldo Cusco, graffiti de Binho, Chivitz, Minhau, Nove, Presto, Ricardo AKN, Zezão entre Outros.









Picuruta Por Um Dia

Era final dos anos 80, etapa da Associação Paulista de Surf e a troupe estava armada na Prainha em Itanhaém Litoral Sul de São Paulo. Era uma das minhas melhores oportunidades para ver de perto todas as feras da APS, Picuruta, Almir Salazar, Tinguinha, Neno, Amaro, Paulinho entre outros e os próprios surfistas locais, lá estava eu nas pedras do cantão esquerdo da praia curtindo o campeonato e comentando.

Vamos voltar um pouco atrás, meu nome; Alexandre Salazar, o nome de um camarada que quase ninguém conhece no surf; Alexandre Salazar Jr. ou Picuruta Salazar, logo somos quase homônimos. A última vez que o ví pessoalmente ele falou que não somos xarás porque não tem um cabelo desses... risos o Gato não perde uma chance de tirar um pelo.

Desde muito pequeno me chamam pelo sobrenome Salazar, porque tinham muitos Alexandres na escola e foi por me chamarem assim que pelo menos uma vez na vida fui Picuruta por um dia.

Voltando ao campeonato, estávamos lá o dia inteiro nas pedras curtindo e comentando bateria à bateria, lembro-me como se fosse hoje de uma direita que o Wagner Pupo pegou e veio até o costão que formou um backwash na sua direção e ele voou num aéreo por cima daquela massa de água e todos que estavam lá em cima deliraram com o seu profundo conhecimento do local.

Mas voltando ao "causo", comentando daqui, comentando dali (se tivesse twitter naquela época seria twitando daqui, twitando dali) e os amigos: Salazar pra lá, Salazar pra cá, nessa jogada um jovem achou que eu era o "cara" e colou na minha.
Para mim era somente uma nova amizade, mas para ele uma super amizade. "Eu sei o que ele sentiu". A primeira vez que eu falei com o Picuruta "ff", fiquei muito feliz pois só o tinha visto passando, surfando ou nas revistas e o pior, eu estava na condição de vendedor e na sua Surf Shop. De longe, era um dos lugares que eu era sempre bem melhor recebido.

Outra vez voltando. Passamos o dia inteiro ali, no final do campeonato teve até um show do Inocentes, mas foi a noite que a bomba estourou, os moleques do S. Fernando, praia vizinha de Gaivota foram lá para me falar que tinha um jovem muito feliz falando para todo mundo que passou o dia todo com o Picuruta, que fez amizade com ele e tinha ficado o seu amigo.

Bom o final já dá para imaginar. Juntaram as peças e descobriram quem era o Picuruta de quem ele estava falando. Dizem que riam tanto, que rolavam no chão, ninguém parava em pé.

Isso rendeu azaração por um bom tempo e eu sem saber fui com toda honra Picuruta por um dia. Aloha.



Quer ir mais fundo:

terça-feira, 31 de maio de 2011

Cicatrizes

Não me lembro em qual revista especializada de surf e quem escreveu há uns 2 ou 3 anos sobre a alma da prancha. A matéria falava que a prancha tem alma, concordo e acrescento, cicatriz também.

Reencontrar a minha primeira prancha, uma Lightning Bolt biquilha rabeta swallow 6'1'' vermelha e amarela com dois raios azuis no botton shapeada pelo Roberto Ribeiro com um surfista na Praia Grande foi de mais, conhecia cada porradinha da prancha e ainda pude dar alguns conselhos ao atual dono. Mas não eram dessas "cicatrizes" que ia falar.

No final dos anos 80 Pottz era o cara, seus aéreos, rasgadas e snaps não agradavam aos juízes e inconformavam a galera que não entendia como tanta radicalidade não valia nada. Ainda bem que isso mudou e em 89 ele foi campeão mundial. A prancha dessa lenda, acreditem veio parar na minha praia. Foi um frisson, era aquele model que lembrava umas rodelas de abacaxi fatiado e colorido. Por incrível que pareça não consegui uma sequer foto dessas pranchas do Martin Potter na internet, mas em visita ao FestivAlma'11 quando olhei para exposição de livros de surf pensei comigo, aí tem. E tinha.



Na época essa prancha foi comprada pelo Cebola do Guarujá das mãos do Potter, depois veio para o Centro de Itanhaém, aí um moleque do Balneário S. Fernando comprou e aí ele foi pegar onda em Gaivota. A exemplo da prancha do Tom Carrol com a qual ele venceu um dos Pipe Masters que eu pude ver em uma das edições da Mostra de Arte e Cultura Surf, quando você se depara com um foguete de uma fera dessas é como se o visse em espelho ou parte dele.



Na borda esquerda da prancha próximo do bico tinham marcas de dedos "cicatrizes" das decolagens com a mão na borda, que ficávamos pensando será que foi naquela foto que ví que isso aconteceu?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Deeper Shade of Blue

No Festival Internacional RVCA de Cinema Surf dentro do FestivAlma'11 curti muito o filme "A Deeper Shade of Blue". O que mais poderia se esperar de um gênio da Sétima Arte?
No filme Jack McCoy trás uma dinâmica história das pranchas, digo dinâmica história porque não se trata somente da evolução dos foguetes, dos quais ficou bem claro que vira e mexe estão sempre buscando inspiração nas origens. O filme é muito bom e consegue cumprir a sua missão sem aquela monotonia passando por cada época, é um tremendo vai e vem com alguns "breaks" relacionando o power de uma onda ou de um surfista ao equipamento prancha.




Tudo nesse filme muito me impressionou, mas destaco mais ainda a performace de Derek Hynd com suas pranchas sem quilhas e as monstruosas e emburacadas ondas na Tasmânia. Aloha.



Quer ir mais fundo: http://www.adeepershadeofblue.com/trailers
                              http://www.festivalma.com.br/

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Globo sempre agourenta com sua porção de água para chopp

Não esqueço quando há anos atrás a Record fez com exclusividade a cobertura de Barretos na Festa do Peão de Boiadeiro e lá estavam eles. Colocaram no Fantástico ao vivo a Renata Ceribelli lá na festa com a seguinte pauta: "Não tem mulher em Barretos", aí eram entrevistados vários turistas homens reclamando da falta de fêmeas, pura baixaria editorial.

Pulando outras "águas no chopp" volto ao ano passado quando morrendo de ciúmes do circuto de rua da Indy300, exclusividade da Band e inédito no Brasil a Rede Globo pelo portal do Globo Esporte desferiu a seguinte manchete: Pilotos da Indy criticam pista: ‘Há risco de algo acontecer, está perigoso’, diz Kanaan, com direito até a sub-manchete: Brasileiro reclama das ondulações: ‘Se chover, não quero nem pensar...’ 13/03/2010.

Que baixaria, o engraçado é que eles fazem eventos e ninguém vai lá por pitácos, mas quando é das outras emissoras nunca querem ceder a sua decadente audiência.

Podem falar o que quiser a Indy300 2011 será, ou melhor já é um sucesso nas ruas de São Paulo!

*Até o momento dessa postagem ainda a emissora supra citada não tinha publicado nenhuma maldade.




Quer ir mais fundo: http://www.saopauloindy300.com.br/noticias/carros-entram-na-pista-neste-sabado-confira-a-programacao/



terça-feira, 26 de abril de 2011

Indy300 Montagem do Circuito

Para os aficionados pela Indy300 registrei alguns momentos dos preparativos do evento, só mesmo um circuito de rua poderia dar essa condição de proximidade com o traçado:



















A corrida é no Domingo 1º de Maio às 13:00 h, mas desde o Sábado pela manhã o bicho pega com os treinos e classificatórias tanto da Indy como do GT Brasil. Confira no http://www.saopauloindy300.com.br

domingo, 24 de abril de 2011

Malucão queima fios em frente a Telefônica em São Paulo

Quem nas grandes cidades nunca ficou sem telefone, luz ou internet por causa de um vandalismo? Só falta começarem a retirar os canos também...

Isso não justifica todos os momentos de falta desses serviços por parte das empresas que deles cuidam, no caso da Telefônica mesmo ainda tem muito o que melhorar, mas seguem os fatos:

Passando por esta movimentada avenida da Zona Norte de São Paulo, ví uma fumaça preta e não pude acreditar que fosse o que eu estava pensando. Resolvi conferir de perto e não era que o cidadão estava depurando fios de cobre sem nenhum constrangimento.

 

O mais irônico de tudo é que isso se passou em frente ao Centro Operacional da Telefônica, uma das vítimas em potencial dessa prática em São Paulo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Cidade Cinza

Faz tempo que fraguei esse momento, foi antes do SOPA DE LETRAS - ZN LOVERS - RE EDIÇÃO e não tinha vontade alguma de postar esse crime. Sim isso é crime de verdade não o que estavam fazendo esses artistas: http://graffitibrazil.wordpress.com/2011/04/12/11-grafiteiros-detidos-em-sp-devem-responder-por-crime-ambiental/.




É triste demais ver alguém usar o nosso dinheiro para nos oferecer "A Cidade Cinza". O cinza com todo o respeito à todas as cores não pode ser a cara de São Paulo. Já não bastasse o "Sê oh! Dois" (isso é uma outra história) oferecido pelos nossos veículos.



    (Amo esse graffiti)






Na mesma avenida da ZN, uma estação abaixo, após essa tragédia os artistas Locones, Minhau e Chivitz grafitaram algo que interte qualquer pessoa que passa e com certeza descontrai qualquer motorista preso a um trânsito. Um convite para sorrir.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Oficina de Graffiti

Nesse final de semana na Biblioteca do Estado:

Graffiti


A história do hip-hop por meio de uma de suas linguagens mais expressivas: o graffiti. Com o arte-educador e grafiteiro Otito (Família 2000).

Sábados, 9 e 16 de Abril das 11h às 14h
Domingos, 10 e 17 de Abril das 11h às 14h

Parque da Juventude, Av. Cruzeiro do Sul, 2630, Metrô Carandiru
Tel.: (11) 2089.0800







Sê forte e corajoso:


terça-feira, 22 de março de 2011

Mirante de Santana

Faz tempo que eu subo lá, não tanto quanto ela existe pois o funcionamento da Estação Climatológica data de 1943, nessa época como relatam moradores antigos do bairro de Santana não havia nem asfalto nas ruas.

Falando com os meteorologistas que acompanham o Mirante pude saber que as informações colhidas ali não são importantes somente para a cidade de S. Paulo, mas também para quem está a meia volta do globo em relação a esse lugar, ou seja, do outro lado do mundo. Na era da internet os dados colhidos ali se juntam com informações do Sul do país, do Norte, dos EUA, Europa, Polo Norte, Polo Sul... e através de dados globais temos as previsões, estatísticas e tomadas de decisões.

O nosso Mirante tem uma importância que vai além do que eu pensava, ele é visitado 3 vezes ao dia para leitura dos instrumentos, assim o observador tem a oportunidade de checar também as formações de nuvens e ver detalhes como luminosidade e aspectos externos, essa é a Leitura Convencional. Junto tem a Leitura Automática aonde os dados são enviados via satélite de forma contínua não tendo a interferência do homem.

É, quem nunca adiou uma viagem ou como eu pulou de alegria na contra mão da maioria ao saber de uma frente fria com previsão da altas ondas, ou ainda programou um churrascão para o final de semana previsto de sol sem nuvens por causa do trabalho de um "Homem ou Mulher do Tempo"?

No dia 23 de Março pode subir nos "mirantes" e dizer parabéns hoje é o seu dia.

Fica a dica para as escolas levarem ali os seus alunos, que entendendo como o homem observa o clima podem respeitar bem mais o meio ambiente.


End.: Rua Condessa Siciliano, 255 - São Paulo - SP - Tel.: (11)2971.2839
Como chegar: Google Maps

Go Domma!

O ano era 1987, Itamambuca lotada, Final Hit, entrando na água aquele que seria o campeão mundial daquele ano Damien Hardman vs Rob Page, uma final aussie na etapa do Circuito Mundial no Brasil.

Todos gritavam Damien, Damien, vai lá Damien, go Damien, quando um muleque em meio a tantas vozes grita: - Go Domma! O cara tava super centrado, caindo para fazer uma final e sem olhar nem para direita nem para esquerda e então o futuro campeão parou, olhou para trás, sorriu e fez um positivo com a mão.

Esse muleque era eu. Na adolescência sempre fui muito estrovertido (dá pra ver pelo vídeo), mas naquela hora eu travei. O cara era Top e em meio a tanto auê de apoio receber um joinha foi melhor do que 10 autógrafos.

Naquela época eu comia mídia especializada em especial o Jornal Staff que veio a se tornar o Jornal Now depois Inside Now...
Esses Jornais tinham feras como Fred d'Orey, Rosaldo Cavalcante, Carbone, Zobaram... por trás e acredito que pela frente e me traziam muita informação.
Não esqueço de uma matéria aonde um surfista, não lembro se profissional ou amador do Rio de Janeiro descia a lenha no sistema do surf competição. Terem publicado aquela revolta me passou muita credibilidade na época.

Voltando ao Domma, tempos antes de ir ao memorável Sundek Classic eu havia curtido uma matéria aonde o futuro campeão havia arrepiado em sua cidade natal North Narrabeen e a galera local fez uma faixa com essa frase "Go Domma", então foi o que gritei em meio a multidão.


Esse vídeo dos anos 80 na casa do brother Salada fala tudo. Eu e meus amigos ficamos muito fãns do Domma, da Sundek e de toda a vibração do Circuito Mundial o qual acompanho até hoje. Aloha.

terça-feira, 1 de março de 2011

SEM INFORMAÇÃO NÃO DÁ

Não dá mesmo. Quando passei por essa praça no Jardim São Paulo ví uma cena muito triste. Um CET descendo a caneta nos carros estacionados na praça que fica entre a R. Carlos Camargo Aranha e a R. Prof. Joaquim Osório de Azevedo próximo do metrô.

Me chamou a atenção o fato de não ter nenhuma placa de proibido estacionar no local.

Esperei o CET ir embora e comecei a tirar fotos. Um grupo de moradores conversava do outro lado, quando para minha surpresa sai um morador vizinho da praça e eu lhe pergunto: - Poxa, aqui não tem placa de proibido estacionar e desceram a multa mesmo assim.
Ele responde/pergunta: - De onde você é? Aonde mora? Multou seu carro? Tenta recorrer...





Para o meu espanto aquele cidadão que pensei que iria se condoer comigo estava era apoiando aquela chacina.
Estão errados os motoristas, estão errados, mas cadê a orientação, cadê a sinalização. São Paulo é uma cidade "Googol Voltz", a correria, a hora marcada, os problemas urbanos não deixam o cidadão de bem sequer pensar se pode parar ou não em um local, o que dá uma luz é a BENDITA DA PLACA.

Uma vez no Parque do Ibirapuera uma agente da Zona Azul acabou com o meu passeio, levei 15 minutos para achar o guichê, comprar o cartão e voltar no carro e então a pessoa já estava me multando.

Voltando para o Jardim São Paulo eu pergunto, adianta ficar multando as pessoas que vão parar lá agora nesse momento, mais tarde ou amanhã. Sempre vai ter um OFICIALMENTE DESAVISADO, tragado pela correria, tragado pelo dia a dia.